sábado, 8 de março de 2014

A fragilidade da mulher é a força maior dela mesma

Texto de Serena Roberta Souza Borges – Recife/PE
Publicado no HUMANITAS nº 20 - Março/2014 
 Na realidade, a mulher não precisa ter um dia específico. Todos os dias são dias das mulheres, pois elas  estão vivas e atuantes

O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher. Neste dia, em 1857, operárias de Nova York entraram em greve ocupando uma fábrica, para reivindicar redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Essas operárias, que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde de repente aconteceu um incêndio e 130 mulheres morreram queimadas.
No ano de 1903, profissionais liberais norte-americanas criaram a Women´s Trade Union League, associação que tinha como principal objetivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho. Em 1908, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova York reivindicando o mesmo que as operárias do ano de 1857, bem como o direito ao voto. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem a essas mulheres, festejar o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher.
Consideremos que estabelecer uma data específica para as mulheres não é lá grande coisa, porque a mulher não precisa de um dia específico. Todos os dias são dias das mulheres, pois elas estão vivas e atuantes! Ainda hoje, em muitos lugares do mundos, sabemos que as mulheres continuam sendo discriminadas, ficando em segundo lugar na escala de valores devido ao regime patriarcal e machista. Porém, elas estão cada vez mais conquistando espaço e lugar na sociedade.
Já foi comprovado estatisticamente, que a mulher sofre discriminação, principalmente na parte profissional, ainda que seja competente, quando ocupa o mesmo cargo de um homem, seu salário é menor. No entanto, a culpa disso não é somente dos homens, pois essa discriminação existe também por parte das próprias mulheres. Uma mulher, quase sempre não confia em outra para exercer um cargo importante e de confiança.
Ser "feminista" não foi e nunca será a solução.
A mulher não precisa se masculinizar para ser respeitada, achando que somente dessa forma ela poderá ser reconhecida e valorizada, pois mesmo sendo feminina, ou melhor, principalmente sendo feminina, ela pode mostrar o seu valor e a sua capacidade.
Toda mulher deve saber transformar a rotina do seu dia-a-dia numa sucessão de novidades e descobertas, nunca desistindo dos seus sonhos.
Ela com delicadeza soube galgar e conquistar degraus na escada da vida, profissional, familiar e pessoal. Assim, ela nunca deve tentar se impor pela força, querendo mostrar "igualdade" com os homens, pelo contrário, deve fazer questão de ser sempre o "sexo frágil" e ter consciência, que "fragilidade", não significa fraqueza. Significa "sensibilidade".
Ela com delicadeza soube galgar e conquistar degraus na escada da vida, profissional, familiar e pessoal. Assim, ela nunca deve tentar se impor pela força, querendo mostrar "igualdade" com os homens, pelo contrário, deve fazer questão de ser sempre o "sexo frágil" e ter consciência, que "fragilidade", não significa fraqueza.
Significa "sensibilidade". A mulher inteligente deve fazer questão de ser tratada e considerada com um "vaso frágil", para ser tratada com respeito, com carinho, com amor, com cuidado, e é nesse momento que ela mostra a "força" que tem.
Por isso tudo, parabéns à mulher, não somente no dia 8 de março, não apenas no segundo domingo do mês de maio (dia das mães). Vamos parabenizar a mulher todos os dias, todas as horas, todos os minutos e todos os segundos, porque ela é sempre "mulher" o tempo todo.

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