AMAZONAS:
MAIOR BACIA HIDROGRÁFICA
DO MUNDO
Rafael Rocha é jornalista e editor deste
Humanitas. Atua na cidade do Recife/PE
Nos dias que correm, quando o tema
ecologia está em pauta e quando as agressões ao
meio ambiente evidenciam cada vez mais o homem como animal destruidor, temos de
lembrar aqui neste espaço o Rio Amazonas.
Maior rio da Terra,
tanto em volume d'água quanto em extensão (6.992,06 km), o Rio
Amazonas tem sua origem na nascente do rio
Apurímac (alto da parte ocidental da Cordilheira dos Andes no lago Láurico, também
conhecido como Lauricocha), no sul do
Peru, e deságua no Oceano Atlântico junto ao rio Tocantins no grande Delta do Amazonas, no norte brasileiro.
Nos Andes peruanos ele tem o nome de “Ucayali”. Quando entra em território brasileiro, passa a se
denominar Solimões, e somente após o encontro com o rio Negro, é que o chamamos de Rio
Amazonas.
O nome Amazonas se originou através de frei Gaspar
de Carvajal, primeiro cronista europeu a viajar pelo
rio durante a expedição de Francisco de Orellana.
De acordo
com o frade, o rio foi batizado assim por causa da mitologia grega.
Ele disse em
seus escritos que sua embarcação tinha sido atacada por mulheres que pretendiam
escravizar os homens para procriar antes de matá-los. Na mitologia grega essas
mulheres eram conhecidas como Amazonas.
O rio está
presente em três países: Peru, Colômbia e Brasil, mas a sua bacia hidrográfica
pertence, também, à Bolívia, Equador,
Venezuela e Guiana. A presença em tantas nações faz com que o rio tenha vários
nomes.
Em um único
dia, o Amazonas despeja no Oceano Atlântico mais água do que toda a vazão do
Rio Tâmisa, em Londres, durante um ano inteiro. Além disso, o volume de terra
que o rio joga no mar é tão grande que o litoral da Guiana Francesa e do Amapá
vem crescendo, a mudança é visível em imagens de satélites.
Até recentemente, acreditava-se que o Nilo
era o mais extenso rio do mundo. Pesquisa feita por um grupo de cientistas no
ano 2000 demonstrou, no entanto, ser o Amazonas maior do que o rio africano.
Ele possui mais de mil afluentes em território peruano e brasileiro, sendo o
rio Negro o maior. Entre os mais conhecidos afluentes do Amazonas estão
os rios Juruá, Purus, Madeira, Javari, Tapajós, Trombetas e Xingu.
A largura do
Amazonas é de seis a oito quilômetros, mas em alguns trechos pode chegar a
incríveis 50
quilômetros, chegando a ser impossível enxergar a outra
margem.
Agora, no
que tange ao desmatamento criminoso da floresta amazônica tanto a mata, a fauna
e o rio são afetados.
Os incêndios
criminosos trazem consequências ainda não de todo mensuráveis, mas, no longo
prazo, ocorrerá uma desestabilização tremenda e progressiva do ciclo das águas.
Tudo isso
porque o principal papel da Amazônia em nível global é a manutenção do ciclo
das águas, porque essas águas, alimentadas pela evaporação, representam 20% de
todo volume vertido nos oceanos.
Caso essas
ações criminosas tenham continuidade e não seja tomada nenhuma posição contra
isso o ecossistema será completamente desestabilizado, com a ocorrência de
eventos extremos como grandes inundações e seca.
O rio também
está sendo contaminado por uma grande quantidade de cloro devido à extração de
petróleo e de gás em sua bacia, assim como pela garimpagem de ouro.
De acordo
com os estudiosos, essa contaminação e a mudança de qualidade das águas
amazônicas induzidas pelo desmatamento criminoso, podem ser responsáveis, em
parte, pelo aquecimento do Oceano Atlântico e influenciar o nascimento de
ciclones tropicais.
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