quarta-feira, 27 de julho de 2016

HUMANITAS Nº 50 – AGOSTO 2016 – EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO – PÁGINA 8

AGOSTO, HUMANITAS E SUPERSTIÇÕES

Especial para o Humanitas
Rafael Rocha é jornalista, poeta e editor-geral deste Humanitas.
Mora no Recife/PE

Neste mês em que o HUMANITAS completa quatro anos de existência seria de bom tom recordar a difamação que agosto ganha por meio dos supersticiosos.
Em todo o mundo, especialmente nos países latinos, agosto é o mês das assombrações, dos azares, das infelicidades, das coisas horríveis que acontecem com as pessoas. Isso é o que diz o folclore. E, inclusive, agosto é o mês do folclore.
As pessoas supersticiosas acreditam nessa má fama que o mês possui, arraigada desde épocas remotas. Assim, muitos deixam de casar, deixam de fazer negócios e mudar de residência e ainda acreditam em bruxas como se estivessem vivendo na Idade Média.
Como mês do folclore no Brasil, agosto traz à tona as maiores riquezas de nossas tradições e crenças populares, também existentes em todos os meses do ano.
A cultura de um povo, em primeiro plano, é medida por suas tradições folclóricas que jamais deveriam ser contaminadas por uma visão prática da vida. A riqueza cultural brasileira está sendo mantida em ebulição e cheia de vivacidade no Nordeste, Norte e no Centro-Oeste do país.
Ainda que agosto seja considerado rima de desgosto devemos levar em conta que as superstições inerentes ao mês fazem parte do folclore de cada nação.
Os nossos vizinhos argentinos acreditam que lavar a cabeça e os cabelos nesse mês vai dar azar a quem fizer isso. “No lavarse la cabeza em el mês de agosto porque se llama a la muerte”, diz um ditado argentino.
Muitos fatos ocasionaram esse estigma. Em agosto ocorreram coisas ruins tanto no âmbito natural do planeta como no político. É difícil afirmar qual a origem exata dessa crendice. Sabemos, sim, que foram os romanos quem deram este nome ao oitavo mês do ano, numa homenagem ao imperador Augusto.
Os romanos, naquela época, já acreditavam no mau agouro do mês, período em que uma criatura horripilante cruzava os céus da cidade expelindo fogo pelas ventas, mas a criatura era nada mais e nada menos que a constelação de Leão.
O dia 24 de agosto de 1572 ficou gravado na História quando, por ordem de Catarina de Médici, rainha da França, ocorreu o massacre da noite de São Bartolomeu. Matança promovida pelos católicos franceses e que praticamente dizimou os crentes huguenotes habitantes de Paris. Outros fatos também marcam o mês de agosto como nefasto: no Brasil a superstição ganhou mais fama ainda no inicio da Primeira Guerra Mundial que eclodiu no dia 1º de agosto de 1914.
Eis uns versos publicados no “Correio da Manhã”, do Rio de Janeiro: “Mês terrível, funesto mês de agosto/ Mês de desgosto, mês trágico e fatal!/ Soou pelo espaço o tom da guerra/ Corre na terra sangue em caudal”.
Na área política, o suicídio de Getulio Vargas em 24 de agosto de 1954 e a renúncia de Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961, incrementaram ainda mais a ideia de mês fatídico.
Luiz Gonzaga, o nordestino Rei do Baião, morreu em 2 de agosto de 1989; o poeta Carlos Drummond de Andrade, em 17 de agosto de 1987; Hiroshima foi destruída por uma bomba atômica no dia 6 de agosto de 1945; o Muro de Berlim começou a ser construído em 13 de agosto de 1961.
Mais: em 2 de agosto de 1976 morreu Juscelino Kubitschek outro ex-presidente do Brasil, em acidente automobilístico; e no dia 12 de agosto de 1985 ocorreu o maior desastre da aviação que matou 524 pessoas
Não devemos acreditar no azar ou na sorte. O mês de agosto é igual a tantos outros meses, apenas a tradição folclórica resolveu colocá-lo no pedestal de mês fatídico como podia ter colocado qualquer outro mês do ano.
  Um bom exemplo disso é que este HUMANITAS nasceu no 1º dia de agosto de 2012 e sempre estamos aqui a comemorar essa data com o ufanismo comum a todos os livres pensadores.

HUMANITAS Nº 50 – AGOSTO 2016 – EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO – PÁGINA 7

Antes da chegada dos cristãos europeus os nativos
norte-americanos reconheciam cinco gêneros

Especial para o Humanitas
Francine Oliveira é Mestra em Teoria Literária e Crítica da Cultura. 
Mora em Juiz de Fora-MG

Muitos conservadores continuam a insistir em uma “ideologia de gênero” que negaria a “natureza” humana ao afirmar que os gêneros são culturalmente construídos.
Para eles, só existiriam dois gêneros, correspondentes aos sexos “masculino e feminino”, algo que já estaria determinado por "Deus" antes do nascimento.
No entanto, a “ideia restrita dos papéis de gênero”  como a conhecemos hoje, baseada no binário homem/mulher, apenas foi incorporada pelas tribos norte-americanas após a chegada dos europeus, com a imposição das crenças cristãs.
A visão diferenciada dos gêneros, que existia em muitas comunidades indígenas, não apenas na América do Norte, mostra como a cultura de um povo influencia os papéis de gênero e a maneira como  enxergamos as expressões e sexualidades de acordo com nossas crenças. .
Para os nativos norte-americanos, havia um grupo de regras específicas que tanto homens quanto mulheres deveriam obedecer para que fossem considerados “normais” dentro de uma tribo.
Segundo o site “Indian Country Today”, especializado em notícias sobre povos indígenas, entre os índios norte-americanos eram reconhecidos cinco gêneros diferentes: masculino, feminino, dois-espíritos masculino, dois-espíritos feminino e o que hoje chamaríamos de transgênero.
As nomenclaturas são diferentes para cada tribo, de acordo com os dialetos, mas referem-se a identidades de gênero semelhantes.
A crença dos indígenas norte-americanos era a de que algumas pessoas nasciam com um espírito feminino e outro masculino que se expressavam perfeitamente em um mesmo corpo.
Não havia questões morais associadas nem aos gêneros nem à sexualidade; uma pessoa era julgada pela sociedade conforme seu caráter e de acordo com o que contribuía para a tribo.
Desde 1989, nativos americanos que militavam pela diversidade sexual e de gêneros resgataram o termo dois-espíritos (em inglês, two-spirit) para reafirmar sua identidade trans.
Assim, dois-espíritos passou a ser uma expressão universal para identificar nativos e seus descendentes, que se considerassem transgênero, entre as tribos norte-americanas. 
Quando chegaram ao território norte-americano, exploradores que testemunharam a presença desses indivíduos que não se encaixavam no padrão binário do masculino e feminino consideraram aquilo um pecado, uma espécie de maldição que recaiu sobre aquelas comunidades por não se dedicarem ao cristianismo.
A extinção das crenças nativas também aconteceu por todo o continente americano.
Colonizadores espanhóis também se empenharam em destruir códices (manuscritos gravados em madeira) astecas que mencionavam dois-espíritos e seus poderes mágicos.
 No Brasil, os portugueses igualmente se esforçaram para erradicar as identidades de gêneros e comportamentos sexuais que hoje seriam considerados transgeneridade e homossexualidade.

HUMANITAS Nº 50 – AGOSTO 2016 – EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO – PÁGINA 6

História escrita durante quatro anos 
pelos colaboradores humanistas
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O homem é e será sempre o
centro de todas as coisas

Ser humanista é exaltar as potencialidades do homem e afirmar sua dignidade.
É valorizar o homem como um ser em busca de si mesmo e de seu desenvolvimento.
É ver o homem como um ser livre e autônomo que faz suas escolhas e define o seu sentido.
O Humanismo considera o homem como centro de todas as coisas e o seu valor como ser humano é infindável.
O homem conta com ele mesmo e só pode confiar em sua própria percepção de mundo, em seus sentidos, em seus critérios, em suas potencialidades.
Não queremos dizer que o homem deve tender ao individualismo ou ao egoísmo. 
Propomos que ele se desfaça das ideias preconcebidas das religiões e das superstições milenares e conheça a verdade das coisas para se autodeterminar.
Que seja um ser digno, conhecendo seus direitos, respeitando e dignificando os direitos de todos os seres humanos deste planeta.
É esse sentido e apenas essa filosofia que os colaboradores deste HUMANITAS seguem. Qualquer outro tipo de Humanismo que não tenha o homem como centro de todas as coisas é charlatão.
Quatro anos se passaram e a nossa busca do conhecimento e da verdade continua sendo nossa linha editorial que, diga-se de passagem, muito nos agrada e nos faz felizes.


Saudações do Editor

HUMANITAS Nº 50 – AGOSTO 2016 – EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO – PÁGINA 5

O TERRORISMO CRISTÃO NO MUNDO (Parte final)
Especial para o Humanitas

Pedro Rodrigues Arcanjo - Olinda/PE

Semelhança com o atual fundamentalismo islâmico não
é mera coincidência
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No ano de 1961 ocorre a última edição do Índex (Índex Additus Librorum Prohibitorum), que proibiu para leitura pelos católicos, ainda no século XX, obras de Jean-Paul Sartre, Alberto Moravia, André Gide e outros.
A Igreja Católica Romana, depois de um período de aparente liberalização sob as ordens do papa João XXIII, elege como Sumo Pontífice o polonês Karol Józef Wojtyła que adota o nome de João Paulo II. Esse papa rende-se às mais terríveis tradições da Igreja.
Entre as suas ações destacam-se a condenação do preservativo, como modo de luta contra a Aids. Isso provoca a ocorrência de muitas mortes pelo planeta até hoje difícil de estimar.
O novo papa também orienta os bispos, padres e demais religiosos a seguirem e colocarem em prática uma política ativa de sabotagem às medidas de controle da natalidade.
As consequências podem ser medidas em termos de fome, miséria, criminalidade e falta de assistência médica nos continentes mais pobres, entre eles a América do Sul e a África.
Ele faz retornar a caçada aos hereges em pleno século XX, suspendendo A divinis dois teólogos alemães que ousaram duvidar, um da infalibilidade papal, e o outro da imaculada concepção de Maria.
A partir de 1981, o papa João Paulo II recebeu, muitas vezes, agentes da CIA norte-americana no Vaticano. Nesses encontros, os americanos contavam ao Pontífice suas estratégias no mundo inteiro.
Por seu lado, o papa transmitia dados coletados em todos os continentes pela extensa rede de bispos e padres da Igreja Católica.
O Vaticano durante a gestão de João Paulo II adotou também a política de nunca criticar os norte-americanos, mesmo se isso significasse apoiar ditaduras na América Latina.
Em um livro lançado em fevereiro de 2005 no Brasil, o papa João Paulo II considera muito relativo um dos valores mais entranhados do nosso tempo: a democracia. Ele diz que o importante é viver com e em Cristo – e questiona as democracias laicas, que ele considera uma nova forma de totalitarismo.
O papa João Paulo II acabou com as mudanças liberalizantes do Concílio Vaticano II e perseguiu dissidentes. Sob o comando do cardeal alemão Joseph Ratzinger, que depois seria seu sucessor, a Congregação pela Doutrina da Fé, que sucedeu à Inquisição, acusou muitos clérigos e teólogos.
Qualquer um que ousasse defender casamento de padres, ordenação de mulheres ou outras teses polêmicas era obrigado a se calar. Os julgamentos não davam direito à defesa e alguns réus nem sabiam que estavam sendo investigados.
Uma das regiões do mundo onde mais gente foi punida nessa época pela Igreja Católica foi a América Latina. O povo latino-americano viveu sob ditaduras sanguinárias durante muito tempo, mas não eram ditaduras comunistas.
Nos anos 1970, bispos latino-americanos desenvolveram nova maneira de ver a religião, criando a Teologia da Libertação. Eles pregavam um retorno aos primeiros tempos do cristianismo, quando as comunidades viviam sob o jugo do Império Romano. Seria função da Igreja resistir à opressão e defender os pobres contra os ricos.
O papa João Paulo II, porém, via na Teologia da Libertação apenas uma coisa: comunismo. O frei brasileiro Leonardo Boff foi um dos religiosos expulsos da Igreja Católica pelo papa por professar esse tipo de ideia.
Nos anos 1990 os dirigentes mundiais tentaram descrever as guerras ocorridas nesse período como sendo guerras étnicas. Na verdade, foram guerras religiosas.
O caso da guerra da Croácia é o mais flagrante. Sérvios e croatas têm a mesma origem étnica e até a mesma língua, o croata-servo. O mais irônico é que servo-croata, escrito em caracteres latinos, é hoje a língua oficial dos soldados do exército iugoslavo que combateu em Kosovo contra a OTAN, depois de ter lutado contra os croatas no início dos anos 1990.
A religião separa tudo! Os croatas foram cristianizados por Roma. São católicos. Os sérvios foram cristianizados pelos bizantinos e são ortodoxos.
Quando Slobodan Milošević começa a agitar o espectro da Grande Sérvia, a Croácia declara a independência. Imediatamente, o Vaticano e a Alemanha, cujo chanceler se declarava um católico convicto, reconhecem a Croácia católica como estado independente.
O Vaticano pediu que os países reconhecessem o novo estado católico e o papa João Paulo II multiplicou os apelos pela independência da Croácia.
As guerras da Iugoslávia são um caso emblemático da catastrófica intolerância que é típica das religiões reveladas.

HUMANITAS Nº 50 – AGOSTO 2016 – EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO – PÁGINA 4

O TERRORISMO CRISTÃO NO MUNDO (Parte 9)
Especial para o Humanitas

Pedro Rodrigues Arcanjo -  Olinda/PE

Semelhança com o atual fundamentalismo islâmico não
 é mera coincidência
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O Zentrum, partido católico na Alemanha, cujo líder era o prelado católico Prälat Ludwig Kaas, vota plenos poderes para o chanceler Adolf Hitler, em janeiro de 1933. Com essa ação, Hitler pôde atingir a necessária maioria de dois terços para suspender os direitos garantidos pela Constituição.
O bom prelado católico também aceita fechar os olhos para os procedimentos dos nazistas, como a prisão dos deputados comunistas antes da votação.
A seguir, a Igreja Católica negocia nova concordata com a Alemanha, sacrificando o Zentrum, que até aquele momento era o único partido significativo que os nazistas não proibiram. Na realidade, esse partido tinha ajudado Hitler a alcançar o poder.
No dia 5 de julho de 1933, o Zentrum é dissolvido sob solicitação da hierarquia católica, deixando o caminho livre para o NSDAP de Hitler, então partido único.
Hitler declara-se católico no Mein Kampf, livro onde ele anuncia seu programa político e nele também afirma que está convencido de ser um instrumento de deus na terra.
A Igreja Católica jamais colocou o Mein Kampf no seu Índex. Portanto, podemos acreditar que o programa antissemita do futuro chanceler alemão agradava à Igreja.
Hitler mostrará o seu reconhecimento tornando obrigatória uma prece a Jesus nas escolas públicas alemãs e reintroduzindo a frase Gott mit uns (Deus está conosco) nos uniformes do exército alemão.
No ano de 1938, as SS e SA hitleristas organizam a Noite de Cristal. Com trajes civis, os milicianos nazistas atacam sinagogas e lojas pertencentes a judeus. A população alemã fica horrorizada e aterrorizada.
O bispo católico de Freiburg, monsenhor Gröber, declara então, em resposta às perguntas sobre as leis racistas e os pogroms da Noite de Cristal: Não podemos recusar a ninguém o direito de salvaguardar a pureza da sua raça e de elaborar medidas necessárias a esse fim.
Mais além das terras alemãs, na Espanha, um general tenta um golpe de estado militar, que é abortado, mas termina por se transformar em uma guerra civil. Ele é apoiado pela Igreja de Roma e os padres e bispos benzem os canhões do general Francisco Franco Bahamonde, celebrando com muita pompa o Te Deum pelas suas vitórias contra o governo republicano legítimo.
Essa guerra civil enche as terras espanholas com mais de um milhão de mortos.
O general Franco fuzila todos os que foram feitos prisioneiros e depois mostra reconhecimento aos seus piedosos aliados, nomeando diversos membros da Opus Dei para o seu governo.
A influência da Opus Dei crescerá ao longo da ditadura franquista, ao ponto de mais de metade dos ministros serem membros dessa venerável instituição católica cristã.
Na França, já sob domínio alemão, a Igreja Católica Apostólica Romana declara, que desde 1940 Petain é a França, e os bispos e padres mostram horror ao termo Liberté-Égalité-Fraternité preferindo o termo fascista Trabalho-Família-Pátria.
Durante a 2a  Guerra Mundial, o Vaticano sabia do extermínio dos judeus. Só após o fim do conflito soube-se que o papa Pio XII se absteve de condenar o extermínio devido à sua comunistofobia, por considerar que uma vitória soviética seria muito pior.
Em 1948, o papa Pio XII declara que todo cristão que votar nos comunistas ou que ajudar esse partido será excomungado. Essa medida dividiu as famílias, provocando exclusões socialmente intoleráveis para muitos, e levando numerosos comunistas a se tornarem clandestinos nas zonas rurais.
 Os prelados italianos apressaram-se a traduzir essa decisão em fatos, pedindo que os católicos votassem no grande partido anticomunista (DC - Democrazia Cristiana). No futuro, o DC será desmoralizado, ao se afundar na corrupção generalizada dos anos 1990.

terça-feira, 26 de julho de 2016

HUMANITAS Nº 50 – AGOSTO 2016 – EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO – PÁGINA 3

REFÚGIO POÉTICO COM QUADRO/POEMA INVICTUS DE ERNEST HENLEY NA TRADUÇÃO DE ANDRÉ MASINI
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CARTAS DOS LEITORES

Com muita satisfação congratulo-me com o jornal Humanitas e com o amigo Rafael Rocha, pelo aniversário dessa fonte inesgotável de rara apreciação. O título já diz tudo o que todos gostariam de dizer, mas não encontravam palavras até o momento da leitura. Pelo menos, comigo aconteceu demais. Daí me veio a grata e prazerosa constatação de que, na verdade, somos todos tão diferentes para sermos profundamente iguais. Obrigado, jornalista Rafael Rocha. O Humanitas nos mostra isso. Um carinho na consciência é o que esse jornal nos vem oferecendo como alternativa à mediocridade reinante. Sucesso sempre! Ivani Medina – Rio de Janeiro/RJ
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O Humanitas é o espaço fiel dos livres pensadores, Parabéns! Kátia Rocha – Recife/PE
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Nesses dias em que a velocidade das informações coincide em ser diretamente proporcional à sua superficialidade, o Humanitas é um sopro de vida e inteligência para além do trivial. Suas matérias tratam, dentro da diversidade de temas, de fatos que importam para a sociedade, mesmo que parte dela sequer se dê conta, trazendo reflexões sempre pertinentes. Orgulhosamente digo que faço parte da família Humanitas, contracenando com grandes expoentes do pensamento humano, colunistas nesse espaço. Parabéns por mais um ano de existência. Perimar Moura – Ilhéus/BA
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Felicitaciones por el cuarto aniversario, Humanitas! Carmén Vazquez – Barcelona/Espanha
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Parabéns ao Humanitas e aos seus leitores. Paulo Gualberto – Recife/PE
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Parabéns, Humanitas! João Marcus – Recife/PE
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Muito me apraz constatar que o Humanitas vem conseguindo sobreviver mesmo em períodos de crise. Neste agosto aniversaria mais uma vez. Se não pudermos expressar  nossas ideias através deste jornal, que outro veículo poderá oferecer-nos essa facilidade? Simplesmente não existe! Que o Humanitas seja como o aço inoxidável, que não se deteriora, que está sempre a brilhar! Jorge Oliveira de Almeida – Rio de Janeiro/RJ
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Não poderia deixar de registrar meus parabéns ao jornal Humanitas, que em sua trajetória tem contribuído de maneira muito competente para a divulgação da cultura neste país tão carente disso. Que sua jornada continue com sucesso sob o comando de meu amigo Rafael Rocha! Celso Mendes – Itapira/SP
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Neste mundo de mentiras, o jornal Humanitas é uma grande referência para a juventude ávida de informações e em busca de verdades históricas. Parabéns ao seu editor-geral Rafael Rocha, que não por acaso tem esse sobrenome forte e verdadeiro. Meus parabéns ao jornal da verdade e que tenha muitos anos de vida, pois ele é necessário à cultura popular. Gilberto Nogueira de Oliveira – Nazaré/BA
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Nestes quatro anos do Humanitas pude deliciar-me com a diversidade de opinião, conhecer a opinião de ateus e agnósticos, ler ótimos artigos e poetas, tudo que é inexistente em nossa imprensa direcionada a formar opiniões únicas. Parabéns, Humanitas! Antonio Carlos Gomes – Guarujá/SP
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Desejo de coração vida longa ao Humanitas. Juarez Pedrossiano Goitá – Fortaleza/CE
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Humanitas, meus parabéns pelo seu quarto aniversário! Pedro Rodrigues Arcanjo – Recife/PE
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Parabéns, Humanitas! Roberto Arruda Pessoa de Castro – Santos/SP

HUMANITAS Nº 50- AGOSTO 2016 - EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO – PÁGINA 2

EDITORIAL
 Vida longa para o HUMANITAS

Neste mês de agosto estamos vivenciando mais um aniversário deste Humanitas, o jornal dos livres pensadores.
Esta edição de número 50 marca uma extensa gama de ideias e ideais proclamados durante quatro anos em benefício da cultura e da raça humana.
Do Recife para o Brasil e para o Mundo, o Humanitas defende com denodo a verdade histórica, sempre em contato direto com o ideal humanista que tem o homem como centro de todas as coisas e acima de deuses e de superstições.
Todos os colaboradores desta publicação são responsáveis pela concretização de mais um ano de existência deste jornal.
A eles, os nossos parabéns. A eles, o pedido maior para que continuem a postos sempre em defesa da humanidade.
Eis aqui nosso apreço para Antônio Carlos Gomes (SP), Ana Maria Leandro (MG), Perimar Moura (BA), Manfred Grellmann (PE), Francisco de Assis Coelho (PE), Jacqueline Ventapane (RJ), Cristina Obredor (RJ), Ivani Medina (RJ), Rod Brito (RJ), Juarez Pedrossiano Goitá (CE), Sarita Cordeiro (BA), Pedro Rodrigues Arcanjo (PE), Gilberto Nogueira (BA), Araken Vaz Galvão (BA), Thomas de Toledo (SP), Carmén Vázquez (Espanha/Portugal) e outros colaboradores.
Uns ajudando financeiramente. Outros ajudando na editoração e distribuição. Mas todos eles irmanados na certeza de que estão a seguir o rumo da verdade neste caótico início de século.
Neste mês em que completa quatro anos, o Humanitas reconhece que a solidez de princípios e a defesa da verdade histórica devem sempre vir em primeiro lugar, de forma tal, que possam desmascarar as mentiras das mídias empresariais e religiosas que tentam dominar as consciências, o País e o Mundo.
Seremos sempre contrários a todos os que exploram o homem através da mentira religiosa e do poder político.
Os que fazem isso apenas pretendem dominar e atrasar o desenvolvimento do homem como o próprio autor dos seus dias e de suas histórias no mundo.
Vida longa para o Humanitas!
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UMA CARTA DE PARABÉNS BASTANTE ESPECIAL

Prezado humanista Rafael Rocha:

Devo ao amigo comum Wladimir Gomide a satisfação de ter te conhecido, pelo menos te ter conhecido por leitura mútua de textos e troca de correspondência, porque o momento de nos encontrarmos infelizmente ainda não chegou.
E esta constatação leva-me a declaração que Pablo Neruda fez ao se despedir de Thiago de Mello, quando este teve que abandonar seu exílio no Chile: Lejos, mas no separados, distante, pero infinitamente cerca, o que, no nosso caso, criaria uma contradição, pois não estamos nos separando, mas aprofundando nosso contato.
Milagre das letras ou da literatura se quiseres ser suficientemente tolerante para com este escrevinhador que ora se dirige a ti.
Referia-me a Wladimir Gomide, que fez a aproximação entre nós; gesto nobre que, talvez, tenha resultado em um equívoco, já que eu, como escrevinhador, sou ligado mais à ficção, com particular ênfase para com os textos longos ou de períodos mais longos ainda – coisa que, diga-se de passagem, está em desuso.
Mas eu, do alto do orgulhoso pedestal que quase 80 anos de vida ergueram para mim, teimo em postar-me (mais orgulhoso ainda), sem omitir, porém algo que escrevi quando morava no Peru – sem saber que seria a confissão básica de minha vida - consubstanciada na sentença: Vês, digo coisas que não creio e creio em coisas que não digo.
Prezado Rocha, e ao evocar teu nome, algo sou obrigado a te dizer, pois me vem à mente outra sentença, esta basilar, de um cantador do Ceará, o cego Aderaldo, em seu embate com Zé Pretinho do Tucum, o que (na voz do segundo) diz: (...) Sou bravo como um leão/ Sou forte como uma penedo/ é um dia, é um dedo, é um dado/ É dado, é um dia, é um dedo.
E eu, como se estivesse fazendo a segunda voz (e sabendo que com a viola na mão, frente a ti, iria perder o desafio), lembro-te (se fosse o caso) que penedo é o mesmo que rocha – teu sobrenome –, material com que são cinzelados os homens de tua têmpera, com teu caráter, com teu conhecimento.
Com esta frágil metáfora, desejo expressar a alegria de ter te conhecido e da honra de julgar-me teu amigo. E, desta forma, parabenizar-te pela criação do Humanitas e pelo seu 4º aniversário. Araken Vaz Galvão – escritor - Valença/BA.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

HUMANITAS – EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO Nº 50 – PÁGINA 1

SAUDAÇÕES À LIBERDADE DE PENSAMENTO!
QUATRO ANOS DE EXISTÊNCIA!

Do Recife para o Brasil e para o Mundo o HUMANITAS defende com denodo a verdade histórica, sempre em contato direto com o ideal humanista que tem o homem como centro de todas as coisas e acima de deuses e superstições (página 6).
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A PIEDADE CRISTÃ PREGADA PELOS PAPAS
Texto de Pedro Rodrigues Arcanjo (páginas 4 e 5 - Final)

O papa Pio XII se absteve de condenar o extermínio dos judeus
pelos nazistas devido à sua comunistofobia, por considerar
que uma vitória soviética seria muito pior.
Já o papa João Paulo II, outro que seguia a mesma linha da
comunistofobia, considerava as democracias laicas
uma nova forma de totalitarismo.
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Na PÁGINA 2 o escritor Araken Vaz Galvão
parabeniza o HUMANITAS pela passagem de
mais um ano de existência, com uma
mensagem bastante especial.
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A mestra de Crítica Literária, Francine Oliveira,
diz na PÁGINA 7 que antes da chegada dos europeus
os índios dos EUA reconheciam cinco gêneros.
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AGOSTO

Na PÁGINA 8, o jornalista Rafael Rocha
disseca as crendices e os acontecimentos
que marcaram o folclore do mês de agosto.
Até as bruxas da Idade Média retornam
nesse mês prontas para assustar
as pessoas supersticiosas.