EDITORIAL
Vida longa para o HUMANITAS
Neste
mês de agosto estamos vivenciando mais um aniversário deste Humanitas, o jornal dos livres
pensadores.
Esta edição de número 50 marca uma extensa
gama de ideias e ideais proclamados durante quatro anos em benefício da cultura e da raça humana.
Do Recife para o Brasil e para o Mundo, o Humanitas defende com denodo a
verdade histórica, sempre em contato direto com o ideal humanista que tem o homem como centro de todas as coisas e
acima de deuses e de superstições.
Todos os colaboradores desta publicação
são responsáveis pela concretização de mais um ano de existência deste jornal.
A eles, os nossos parabéns. A eles, o
pedido maior para que continuem a postos sempre em defesa da humanidade.
Eis aqui nosso apreço para Antônio Carlos
Gomes (SP), Ana Maria Leandro (MG), Perimar Moura (BA), Manfred Grellmann (PE),
Francisco de Assis Coelho (PE), Jacqueline Ventapane (RJ), Cristina Obredor
(RJ), Ivani Medina (RJ), Rod Brito (RJ), Juarez Pedrossiano Goitá (CE), Sarita
Cordeiro (BA), Pedro Rodrigues Arcanjo (PE), Gilberto Nogueira (BA), Araken Vaz
Galvão (BA), Thomas de Toledo (SP), Carmén Vázquez (Espanha/Portugal) e outros
colaboradores.
Uns ajudando financeiramente. Outros
ajudando na editoração e distribuição. Mas todos eles irmanados na certeza de
que estão a seguir o rumo da verdade neste caótico início de século.
Neste mês em que completa quatro anos, o Humanitas reconhece que a
solidez de princípios e a defesa da verdade histórica devem sempre vir em
primeiro lugar, de forma tal, que possam desmascarar as mentiras das mídias
empresariais e religiosas que tentam dominar as consciências, o País e o Mundo.
Seremos sempre contrários a todos os que
exploram o homem através da mentira religiosa e do poder político.
Os que fazem isso apenas pretendem dominar
e atrasar o desenvolvimento do homem como o próprio autor dos seus dias e de
suas histórias no mundo.
Vida longa para o Humanitas!
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UMA CARTA DE PARABÉNS BASTANTE ESPECIAL
Prezado humanista Rafael Rocha:
Devo
ao amigo comum Wladimir Gomide a satisfação de ter te conhecido, pelo menos te
ter conhecido por leitura mútua de textos e troca de correspondência, porque o
momento de nos encontrarmos infelizmente ainda não chegou.
E esta
constatação leva-me a declaração que Pablo Neruda fez ao se despedir de Thiago
de Mello, quando este teve que abandonar seu exílio no Chile: Lejos, mas no separados, distante, pero
infinitamente cerca, o que, no nosso caso, criaria uma contradição, pois
não estamos nos separando, mas aprofundando nosso contato.
Milagre das
letras ou da literatura se quiseres ser suficientemente tolerante para com este
escrevinhador que ora se dirige a ti.
Referia-me a
Wladimir Gomide, que fez a aproximação entre nós; gesto nobre que, talvez,
tenha resultado em um equívoco, já que eu, como escrevinhador, sou ligado mais
à ficção, com particular ênfase para com os textos longos ou de períodos mais
longos ainda – coisa que, diga-se de passagem, está em desuso.
Mas eu, do alto
do orgulhoso pedestal que quase 80 anos de vida ergueram para mim, teimo em
postar-me (mais orgulhoso ainda), sem omitir, porém algo que escrevi quando
morava no Peru – sem saber que seria a confissão básica de minha vida -
consubstanciada na sentença: Vês, digo
coisas que não creio e creio em coisas que não digo.
Prezado Rocha,
e ao evocar teu nome, algo sou obrigado a te dizer, pois me vem à mente outra
sentença, esta basilar, de um cantador do Ceará, o cego Aderaldo, em seu embate
com Zé Pretinho do Tucum, o que (na voz do segundo) diz: (...) Sou bravo como um leão/ Sou forte como uma
penedo/ é um dia, é um dedo, é um dado/ É dado, é um dia, é um dedo.
E eu, como se
estivesse fazendo a segunda voz (e sabendo que com a viola na mão, frente a ti,
iria perder o desafio), lembro-te (se fosse o caso) que penedo é o mesmo que
rocha – teu sobrenome –, material com que são cinzelados os homens de tua
têmpera, com teu caráter, com teu conhecimento.
Com esta frágil
metáfora, desejo expressar a alegria de ter te conhecido e da honra de
julgar-me teu amigo. E, desta forma, parabenizar-te pela criação do Humanitas e pelo seu 4º
aniversário. Araken Vaz Galvão –
escritor - Valença/BA.
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