quinta-feira, 5 de junho de 2014

Editorial e mais Rei Pelé – Magia negra do futebol do mundo


FUTEBOL NO AR

O Brasil respira futebol! Futebol está no ar! A ligação do brasileiro com esse esporte é direta. Se o futebol nasceu na Inglaterra, foi em terras bem brasileiras onde ele se tornou a mais pura expressão da arte! Onde se impregnou no cotidiano das pessoas. Hoje, a coisa mais difícil é vê-las deixar de conversar sobre seus times de coração, seus clubes, os jogadores e os gols marcados e não marcados.
Existem muitos esportes no mundo, mas o brasileiro se identifica mais com o futebol. O futebol tem um algo a mais dentro da alma do povo brasileiro, desde que aqui aportou pelas mãos de Charles Willian Miller. O ângulo social e humanista é extenso, pois tem ligação com a liberdade criativa que o futebol nos oferece para se exprimir como arte e por ser um esporte de superação.
Ao contrário dos outros esportes, o futebol é um esporte barato por excelência. Uma bola pode ser feita até de uma velha meia, preenchida com papel de jornal amassado. As traves podem ser marcadas por sandálias e tijolos ou mesmo pedras.
O campo pode ser um pequeno beco, um descampado, a rua onde se mora, ao contrário, por exemplo, do basquete e vôlei que necessitam de elementos como espaços apropriados redes, aros e bolas específicas.
No futebol não há mazela social que retire o brilho nos olhos das crianças de todas as classes, cores e idades. Todos se rendem à emoção de tirar aquele grito preso na garganta, muitas vezes representando o extravasar de todas as frustrações e maus-tratos a que nosso povo é submetido há mais de 500 anos.
Qualquer pessoa que chegar numa cidade brasileira onde não conheça ninguém pode ir a um campo de várzea, e logo ao chegar alguém irá perguntar se deseja jogar. Se aceitar, eis a receita para ganhar novos tantos amigos quanto jogadores estiverem em campo.
Assim, o futebol aproxima as pessoas e sentencia ao esquecimento, mesmo que temporário, as diferenças existentes entre elas, quaisquer que sejam.
A maioria do povo brasileiro (menos alguns imbecis e idiotas, mísera parte da população) está em festa neste mês de junho de 2014.
Vamos ter Copa do Mundo de Futebol no Brasil! Pela segunda vez vamos celebrar em nosso país a paixão pelo esporte em ligação direta com a cultura que nos cerca!
E vamos torcer pela nossa Seleção para que ela ganhe e não repita o fiasco de 1950!
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REI PELÉ - MAGIA NEGRA DO FUTEBOL DO MUNDO

Texto de Ismael López/El Norte - versão Patrícia Fook

Falar de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, é falar não somente do melhor jogador de futebol de todos os tempos, mas também do maior esportista do século. Em qualquer parte do planeta Pelé é reconhecido e venerado pelos amantes do futebol. Reis, príncipes, chefes de estado e até o Papa, conhecem suas extraordinárias qualidades de esportista e ser humano. Pelé não foi somente um jogador excepcional, para o povo brasileiro Pelé é um deus.

Em 1994 - 36 anos depois de aparecer frente aos olhos do mundo, conquistando pelo Brasil a primeira de suas três Copas do Mundo, na Suécia em 1958 -, o "Rei" foi ratificado por todo o continente europeu como o melhor jogador da história do futebol, título que antes já havia sido dada a ele por toda a América.

Quase 20 anos antes, em 1973, Pelé havia recebido a indicação de "Atleta do Século", o qual foi outorgado em Paris, superando outras lendas do esporte como Juan Manuel Fangio e Mohammed Ali.

Ninguém foi como Pelé, ganhou três das quatro Copas do Mundo que participou: Suécia (58), Chile (62) e no México em 70. A única que lhe faltou foi a da Inglaterra em 1966, húngaros e portugueses tiraram o Brasil da Copa.

No total vestiu a camisa verde e amarela 111 vezes (92 em jogos oficiais e 19 em partidas não oficiais), somando 95 gols, 77 deles em partidas oficiais. Na sua carreira marcou 1.285 gols, em 1.321 partidas que jogou entre o amador e profissional.

Com a equipe do coração, o Santos, de 1956 a 1974 também ganhou todas: duas Copas Intercontinental de clubes, duas Libertadores, cinco Copas Brasil, uma Taça de Prata e 10 Campeonatos Paulista. "O futebol é o mais simples do mundo, só precisa jogar", afirmaria Pelé mais tarde, imortalizando essa frase. Diz o ditado que um bom jogador não se faz, nasce, e Pelé é o melhor exemplo que existe.

Sua carreira no futebol começou cedo. Depois de jogar alguns anos em equipes amadoras, como Baquinho 7 de Setembro, foi descoberto pelo jogador Waldemar de Britto com 11 anos, quando jogava numa equipe chamada Ameriquinha. Brito convidou-o para formar parte da equipe que estava organizando, o Clube Atlético de Bauru. Em 1956, quando tinha 15 anos o levou para o Santos.

Quando chegou ao clube santista com o garoto, Waldemar de Brito disse: "Esse menino vai ser o melhor jogador de futebol do mundo". Previsão que logo começaria a se tornar realidade. No dia 7 de setembro do mesmo ano faria seu primeiro "show" quando entrou na partida e marcou o sexto gol da vitoria de 7 x 1 do Santos sobre o Corinthians, de Santo André.

Depois, na primeira partida do torneio regular marcou 4 gols. Na campanha seguinte foi titular e se transformou no maior artilheiro do campeonato Paulista. No dia 7 de julho de 1957 estrearia na seleção brasileira, frente à da Argentina. Os argentinos ganharam de 2 x 1, mas Pelé marcou o gol brasileiro. No mundial da Suécia, em 1958, com apenas 17 anos, transformou-se no jogador mais jovem a ganhar uma Copa do Mundo. Marcou dois gols na grande final contra os donos da casa, que os brasileiros derrotaram por 5x2. Foi assim que começou a lenda que cresceria até se transformar em Pelé, o Rei do futebol e o atleta do século.

Números - Onze vezes artilheiro do campeonato paulista, sendo 9 vezes seguidas; 3 campeonatos mundiais pela seleção (58, 62 e 70); 2 campeonatos interclubes pelo Santos (58 e 62); 1.284 gols na carreira; Fez o milésimo gol com 29 anos; 96 gols pela seleção brasileira; 8 gols em um jogo pelo paulistão contra o Botafogo em 1964; 58 gols em um único campeonato paulista em 1958; Mais jovem campeão mundial com 17 anos; Qualidades - possuía um excelente arranque e velocidade incrível; chutava com as duas pernas, não importando a distância; pensava muito rápido e visão de jogo apuradíssima; driblava sempre em progressão do gol; era capaz de jogadas geniais numa fração de segundos; cabeceava muito bem, apesar de seus 1,72m, tinha uma impulsão excelente; não importava quantos os marcavam, ele conseguia passar na maioria das vezes; resistência física, Pelé poucas vezes se machucou; ele e, sempre se manteve no topo; e soube quando parar.

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