segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

HUMANITAS Nº 90 – DEZEMBRO 2019 – PÁGINA 8



NATAL: FESTA CAPITALISTA DA HIPOCRISIA
Especial do Humanitas

Quando buscamos a verdadeira história do natal, acabamos diante de rituais e deuses pagãos. Jesus Cristo foi colocado como penetra numa festa que nada tinha a ver com ele. Afinal de contas, não existem provas de que tal indivíduo existiu e muito menos que nasceu em um 25 de dezembro. O verdadeiro simbolismo do natal oculta uma antiga história criada pelo homem. A festa tem origem no paganismo.
Era um dia consagrado à celebração do Sol Invicto. O Sol é representado pelo deus greco-romano Apolo, e seus equivalentes entre outros povos pagãos são diversos: Ra, o deus egípcio; Utudos, na Babilônia; Surya da Índia; e também Baal e Mitra.
Mitra era um deus muito apreciado pelos romanos. Aureliano (227-275 da Era Comum), imperador de Roma, estabeleceu no ano de 273 da Era Comum, o dia do nascimento do Sol em 25 de dezembro “Natalis Solis Invicti”, que significava Nascimento do Sol Invencível. 
O Império Romano passou a comemorar nesse dia o nascimento de Mitra Menino, deus indopersa, que, segundo diz a lenda, ao nascer foi visitado por reis magos e presenteado com mirra, incenso e ouro.
Era também nessa noite o início do Solstício de Inverno, segundo o Calendário Juliano, que seguia a Saturnália (17 a 24 de dezembro), festa em homenagem a outro deus chamado Saturno.
Essas festividades pagãs estavam arraigadas nos costumes populares desde tempos imemoriais até serem suprimidas com o advento do cristianismo, imposto (através de decreto) como religião oficial por Constantino (317-337 da Era Comum), então imperador de Roma.
Como antigo adorador do Sol, e influenciado por isso, Constantino fez do dia 25 de dezembro uma festa cristã. Constantino transformou as celebrações de homenagens à Mitra, Baal, Apolo e outros deuses, na festa de nascimento de Jesus Cristo.
Já sobre Papai Noel, esse velhote de longas barbas brancas já era capa de revistas, livros e jornais, no final do Século XIX, aparecendo em propagandas do mundo todo.
Em 1931, a The Coca-Cola Company contrata um artista e transforma Papai Noel numa figura totalmente universalizada.
Assim, sua imagem terminou por ser adotada como o principal símbolo do natal.
No ateísmo não existe uma figura de deus ou deuses para crer e adorar. Portanto, não faz sentido para o ateu festejar o dia 25 de dezembro. Afinal, essa data é a do hipotético aniversário de um deus imaginário, denominado Jesus Cristo.
Então o ateu deve ficar trancado no quarto de sua casa até a data passar? Nada disso!
Para o ateu todo dia deve ser de festa e de homenagem à vida. Assim, o ateu participa da festa de natal pelo mesmo motivo dos cristãos: para comer, beber, cantar, dançar e ficar batendo papo com a família e com os amigos depois da meia-noite.
Por outro lado, o comportamento humano nessa data realça uma tremenda hipocrisia em cerca de 90% das pessoas.
Por que será que nessa época todos ficam tão solidários com os mais necessitados?
Por que será que doam cestas básicas para os pobres e presentes para as crianças órfãs, e, no resto do ano, esquecem que essas pessoas existem?
Em outras palavras a festa de natal é uma festa capitalista onde predomina a hipocrisia. 
No mais, tudo é mitologia.

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