EDITORIAL
Crendice e
alienação
O dia
25 de dezembro é uma data que tem como objetivo explorar a crendice popular e
lucrar com a alienação humana. O dia 25 de dezembro possui uma história simples
que começou pelo menos há 7 mil anos antes da Era Comum.
Tão antiga quanto a civilização!
Celebrava-se o solstício de inverno no hemisfério norte, ou seja, a noite mais
longa do ano. Da madrugada desse dia em diante, o sol fica cada vez mais tempo
no céu, até o auge do verão. É o ponto de virada das trevas para a luz: o
renascimento do Sol.
Numa época em que o homem deixava de ser um
caçador errante e começava a dominar a agricultura, a volta dos dias mais
longos significava a certeza de colheitas no ano seguinte. Então, tudo era
festa.
Na Mesopotâmia durava doze dias. Na Grécia,
cultuava-se Dionísio, o deus do vinho e da vida mansa. No Egito, lembrava-se a
passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Na China, as homenagens eram
(e ainda são) para o símbolo do yin-yang, que representa a harmonia da
natureza.
Na Grã-Bretanha, os povos comemoravam o Dia
do Sol em volta de Stonehenge, monumento que começou a ser erguido em 3100
antes da Era Comum.
Na Roma Antiga, o deus Mithra ganhou
celebração exclusiva: o festival do Sol
Invicto, evento que passou a fechar outra festa dedicada ao solstício:
a Saturnália, que durava uma semana e servia para homenagear Saturno, senhor da
agricultura.
Depois, o cristianismo romano incorporou
todos os festejos dedicados ao deus Mithra, criando, repaginando e perpetuando,
violentamente, através da cruz e da espada, essa data de 25 de dezembro como
sendo a do nascimento de uma lenda chamada Jesus
Cristo.
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A noção de
alma
Décio
Schroeter – Porto Alegre/RS
Toda a noção
de "alma" é imaginária. O conceito de "alma"
foi inventado pela religião, porque muitas pessoas têm dificuldade para
enfrentar sua própria mortalidade. Ela até pode fazer as pessoas se sentirem
melhor com essa auto-ilusão, mas o conceito é uma completa invenção.
É quando
você pensa sobre as reações químicas que alimentam a sua vida e seu cérebro que
você percebe o quão completamente imaginário sua "alma" é
verdadeiramente. E nesse ponto, tudo sobre religião é desvendado e
desmistificado.
Volte para
sua infância quando você era criança e percebeu que o Papai Noel era
imaginário. Assim você descobriu o que, era óbvio. Renas não voam. Um homem não
pode deslizar para dentro de chaminés. Não há nenhuma maneira de um trenó poder
transportar todos os brinquedos para todas as crianças do mundo.
É óbvio que
os seres humanos são grandes reações químicas. Sua "alma" é
fazer lhe crer como santa durante e após a morte. Quando as reações químicas
param, o sonho acaba, você morre. Esse é o fim de tudo.
Sabendo
disso, você pode ver que tudo sobre a religião é imaginação. É tudo ficção ter
acreditado em todas essas crendices e dogmas religiosos por séculos. O comércio
de alma é um comércio muito rentável, ou pelo menos costumava ser.
Exemplos de
pessoas que colocaram suas almas no mercado são algumas estrelas de cinema,
João de Deus, (p)Edir Ma(is)cedo, Silas Mala(cheia).
O homem tem
sido condicionado pelas diferentes religiões a viver na miséria e em sofrimento
e autotortura até a sua morte.
A ele são
dadas promessas e grandes recompensas na Terra do Nunca para depois da morte
como possibilidade real.
Quanto mais
ele sofre, tortura a si mesmo, é masoquista, destrói sua dignidade, mais ele
será recompensado.
Esse é um
conceito muito conveniente para o sistema, porque o homem que está pronto para
sofrer pode ser facilmente escravizado.
O homem que
está pronto para sacrificar o hoje por um amanhã desconhecido, já declarou sua
inclinação para ser escravizado.
O futuro se
torna uma escravidão. Essa ilusão é a psicose coletiva criada pelas religiões.
Como disse o
escritor e pesquisador, Alfredo Bernacchi: “Acho
que essa palavra [sobrenatural] nem deveria existir, porque tudo é natural,
provém da Natureza. Esse negócio de espiritual é pura fantasia disseminada pela
religião que quer o seu dinheiro. Só isso".
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