Texto de Ana
Maria Leandro – Jornalista - Belo Horizonte/MG
Publicado no HUMANITAS nº 20 – Março/2014
Ele
chega e você nem percebe. Não pergunta se pode entrar; invade e pronto! Se você
o recebe ele sorri, se o ignora ele o massacra. Se lhe oferece resistência ele
zomba... Pois ele sabe que será o vencedor!
Também não se preocupa se você está ocupado com o que já passou. Esta é a vez dele e ele não aceita rivais. Não quer saber de suas saudades. Prefere participar de suas esperanças. Ao longo de sua vida, todos os dias, ele lhe dará oportunidade de renovação. Se você for capaz deste “renascer” diário, se eternizará. Mas se insistir na imutabilidade, provavelmente morrerá em vida... E sem dúvida, esta é a pior das mortes!
Se você não aceitar sua companhia, a velhice lhe enrugará o espírito, antes mesmo de lhe deixar marcas na face. Mas a juventude permanecerá sempre em você, se aceitar sua impetuosidade. Porque ele exige um revisar constante de suas ideias; uma disposição incansável de redirecionamento; uma exigência implacável de crescimento e evolução.
Ele viverá a desafiá-lo. Vai lhe colocar barreiras aparentemente intransponíveis, só para testá-lo. Se você recuar ele o derrubará. Vai deixá-lo no chão: frustrado, arrasado, se sentindo impotente. E não pense que lhe dará algum gesto de misericórdia. Se você quiser, que se levante. Se fizer isto, será no mínimo uma demonstração, de que começa a aceitá-lo. Mas não significa que haverá complacência. Apenas lhe será dado o direito de reaver suas forças. Entretanto a luta continua; e ela é sua...
Este parceiro indomável jamais chora o tempo que passou. Está ocupado demais com o hoje e tem vistas longas para o amanhã. Em sua onipotência ele pouco se preocupa com suas crenças e preconceitos, pois ele não vive de utopias e quer que você não necessite de bengalas para suportar a vida. Sua vida é questão sua e será sempre tão frágil quanto você for crédulo e submisso a ordens exteriores à sua interioridade.
Nessa revisão constante, ele recria, inova. Não é a “pedra do caminho” de Drummond, pois o poeta esqueceu-se de avisar que esta pedra é você, que tem medo, se paralisa e tropeça em si próprio.
Suspeita-se que tenha sido ele o responsável pela implosão universal, que gerou a terra e os demais astros, em sua insaciável sede de transformações. Foi ele que colocou na boca de Lavoisier, a verdade insofismável de que “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Chamam-no de “Novo”, mas seu cognome é “Mudança”. Aceite este companheiro e projete-se na eternidade que você tanto confunde com outra vida. A outra vida são seus efeitos. E nesta parceria suas realizações terão efeitos mais duradouros, do que sua própria vida...
Também não se preocupa se você está ocupado com o que já passou. Esta é a vez dele e ele não aceita rivais. Não quer saber de suas saudades. Prefere participar de suas esperanças. Ao longo de sua vida, todos os dias, ele lhe dará oportunidade de renovação. Se você for capaz deste “renascer” diário, se eternizará. Mas se insistir na imutabilidade, provavelmente morrerá em vida... E sem dúvida, esta é a pior das mortes!
Se você não aceitar sua companhia, a velhice lhe enrugará o espírito, antes mesmo de lhe deixar marcas na face. Mas a juventude permanecerá sempre em você, se aceitar sua impetuosidade. Porque ele exige um revisar constante de suas ideias; uma disposição incansável de redirecionamento; uma exigência implacável de crescimento e evolução.
Ele viverá a desafiá-lo. Vai lhe colocar barreiras aparentemente intransponíveis, só para testá-lo. Se você recuar ele o derrubará. Vai deixá-lo no chão: frustrado, arrasado, se sentindo impotente. E não pense que lhe dará algum gesto de misericórdia. Se você quiser, que se levante. Se fizer isto, será no mínimo uma demonstração, de que começa a aceitá-lo. Mas não significa que haverá complacência. Apenas lhe será dado o direito de reaver suas forças. Entretanto a luta continua; e ela é sua...
Este parceiro indomável jamais chora o tempo que passou. Está ocupado demais com o hoje e tem vistas longas para o amanhã. Em sua onipotência ele pouco se preocupa com suas crenças e preconceitos, pois ele não vive de utopias e quer que você não necessite de bengalas para suportar a vida. Sua vida é questão sua e será sempre tão frágil quanto você for crédulo e submisso a ordens exteriores à sua interioridade.
Nessa revisão constante, ele recria, inova. Não é a “pedra do caminho” de Drummond, pois o poeta esqueceu-se de avisar que esta pedra é você, que tem medo, se paralisa e tropeça em si próprio.
Suspeita-se que tenha sido ele o responsável pela implosão universal, que gerou a terra e os demais astros, em sua insaciável sede de transformações. Foi ele que colocou na boca de Lavoisier, a verdade insofismável de que “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Chamam-no de “Novo”, mas seu cognome é “Mudança”. Aceite este companheiro e projete-se na eternidade que você tanto confunde com outra vida. A outra vida são seus efeitos. E nesta parceria suas realizações terão efeitos mais duradouros, do que sua própria vida...
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