Refúgio Poético
Considerações sobre a violência de Estado
Antonio Carlos Gomes - Guarujá/SP
A história não muda
Mas os retardados
Tentam retardá-la
Não como saudosistas
Nem como arqueólogos
Mas como ratos
No paiol queimado
Procurando o grão de milho
Que se escondeu nas frestas
O homem mata o homem
Não como defesa
Mas para que este
Não perceba sua fraqueza
E sua ignorância
Pois nos destroços
Do seu palácio de quimeras
Tenta fazer à areia da demolição
Pedras da nova construção
Aparando o vento
Deixe a história andar
O rei não para a história
Apenas coloca na masmorra
Quem um dia será algoz
E a cabeça decepada
Dirá:
- Fui rei
Mais nada!
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TRIBUTO A MÁRIO QUINTANA
Mário de Miranda Quintana foi
um poeta, tradutor e jornalista, nascido em 30 de junho de 1906. É considerado
um dos maiores poetas brasileiros do século 20. Em 1926 foi premiado no
concurso de contos do jornal Diário de
Notícias de Porto Alegre com A
Sétima Passagem.
Na década de 40, Quintana é alvo de
elogios dos maiores intelectuais da época e recebe uma indicação para a
Academia Brasileira de Letras, que nunca se concretizou. Sobre isso ele compõe
- com seu afamado bom humor - o conhecido Poeminha
do Contra.
Em agosto de 1966 o poeta é homenageado na
Academia Brasileira de Letras. E na década de 80 recebe o Prêmio Machado de
Assis, da Academia Brasileira de Letras pelo conjunto da obra.
Em 1989 é eleito o Príncipe dos Poetas
Brasileiros, pela Academia Nilopolitana de Letras, Centro de Memórias e Dados
de Nilópolis e pelo jornal carioca A
Voz. Faleceu com 88 anos, em 5 de maio de 1994.
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CARTAS DOS LEITORES
O Humanitas vem de uma cidade banhada por rios, cidade marcada por lutas
libertárias e também mostra isso em sua linha editorial. Karla Francisca de Assis – Recife/PE
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Uma pérola rara o Humanitas!
Maria do Carmo Silva – Santos/SP
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Difícil definir o que sinto após
terminar cada leitura deste jornal e de sentir o quanto faz bem descobrir
coisas que nos foram escondidas pelos religiosos. Joelma Fraga – Olinda/PE
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Trazendo mais conhecimento aos leitores
o Humanitas faz seu
papel de propagar a verdade. Gosto muito de ler esse pequeno/grande jornal.
Goretti Assunção – Olinda/PE
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Uma coisa que falta ao Humanitas é
falar da arte cinematográfica e sobre as grandes obras e astros do cinema.
Sugestão dada. Antonio Pedro Oliveira – Rio de Janeiro/RJ
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Ler o Humanitas para mim é um prazer. Espero que essa
publicação continue crescendo para o bem dos livres pensadores e daqueles que
amam a verdade. Rogério Lima –
Recife/PE
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