domingo, 28 de junho de 2015

JORNAL HUMANITAS – Nº 37 – JULHO/2015 – PÁGINA 3

Refúgio Poético

Considerações sobre a violência de Estado
Antonio Carlos Gomes - Guarujá/SP

A história não muda
Mas os retardados
Tentam retardá-la
Não como saudosistas
Nem como arqueólogos
Mas como ratos
No paiol queimado
Procurando o grão de milho
Que se escondeu nas frestas

O homem mata o homem
Não como defesa
Mas para que este
Não perceba sua fraqueza
E sua ignorância
Pois nos destroços
Do seu palácio de quimeras
Tenta fazer à areia da demolição
Pedras da nova construção
Aparando o vento

Deixe a história andar
O rei não para a história
Apenas coloca na masmorra
Quem um dia será algoz
E a cabeça decepada
Dirá:
- Fui rei
Mais nada!
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 TRIBUTO A MÁRIO QUINTANA

Mário de Miranda Quintana foi um poeta, tradutor e jornalista, nascido em 30 de junho de 1906. É considerado um dos maiores poetas brasileiros do século 20. Em 1926 foi premiado no concurso de contos do jornal Diário de Notícias de Porto Alegre com A Sétima Passagem.
Na década de 40, Quintana é alvo de elogios dos maiores intelectuais da época e recebe uma indicação para a Academia Brasileira de Letras, que nunca se concretizou. Sobre isso ele compõe - com seu afamado bom humor - o conhecido Poeminha do Contra.
Em agosto de 1966 o poeta é homenageado na Academia Brasileira de Letras. E na década de 80 recebe o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras pelo conjunto da obra.
Em 1989 é eleito o Príncipe dos Poetas Brasileiros, pela Academia Nilopolitana de Letras, Centro de Memórias e Dados de Nilópolis e pelo jornal carioca A Voz. Faleceu com 88 anos, em 5 de maio de 1994.
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 CARTAS DOS LEITORES

O Humanitas vem de uma cidade banhada por rios, cidade marcada por lutas libertárias e também mostra isso em sua linha editorial. Karla Francisca de Assis – Recife/PE
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Uma pérola rara o Humanitas! Maria do Carmo Silva – Santos/SP
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Difícil definir o que sinto após terminar cada leitura deste jornal e de sentir o quanto faz bem descobrir coisas que nos foram escondidas pelos religiosos.  Joelma Fraga – Olinda/PE
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Trazendo mais conhecimento aos leitores o Humanitas faz seu papel de propagar a verdade. Gosto muito de ler esse pequeno/grande jornal. Goretti Assunção – Olinda/PE
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Uma coisa que falta ao Humanitas é falar da arte cinematográfica e sobre as grandes obras e astros do cinema. Sugestão dada. Antonio Pedro Oliveira – Rio de Janeiro/RJ
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Ler o Humanitas para mim é um prazer. Espero que essa publicação continue crescendo para o bem dos livres pensadores e daqueles que amam a verdade. Rogério Lima – Recife/PE

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