O DINOSSAURO
VIROU BEIJA-FLOR
Especial para o Humanitas
Texto de Antonio Carlos Gomes - Guarujá/SP
Especial para o Humanitas
Texto de Antonio Carlos Gomes - Guarujá/SP
Certa vez li em
um veículo respeitável de imprensa que o beija-flor provinha da evolução do
dinossauro. E mais: de um dos maiores e mais violentos. Passou muito tempo, não
tenho mais como verificar a origem da notícia.
Lembro bem que esta assertiva fez-me pensar muito tempo, e a recordo de vezem quando. Ela vai
totalmente contra a lógica de nosso raciocínio.
Lembro bem que esta assertiva fez-me pensar muito tempo, e a recordo de vez
O mundo, como o
imaginamos, evolui para acumulação e não para esvaziamentos.
Posteriormente, lendo os modernos autores sobre cérebro, deparei-me com a afirmação que o tamanho do órgão não é proporcional ao nível de inteligência, podendo uma massa encefálica diminuta levar vantagem significativa a um volume infinitamente maior de tecido cerebral; provavelmente a transformação do beija-flor de um animal de toneladas e grande cérebro, para um ser de gramas e um mínimo cérebro proporcional, tornou-o apto para seu viver e, portanto, foi vantajoso.
Posteriormente, lendo os modernos autores sobre cérebro, deparei-me com a afirmação que o tamanho do órgão não é proporcional ao nível de inteligência, podendo uma massa encefálica diminuta levar vantagem significativa a um volume infinitamente maior de tecido cerebral; provavelmente a transformação do beija-flor de um animal de toneladas e grande cérebro, para um ser de gramas e um mínimo cérebro proporcional, tornou-o apto para seu viver e, portanto, foi vantajoso.
A lógica social
que usamos não é a da natureza. No mundo capitalista vale a quantidade e a
acumulação, sempre mais, sempre avolumando, jamais diminuindo.
Não se admite
em nenhuma hipótese que um ser, para crescer, diminua.
A sociedade em que vivemos, jovem em relação ao planeta, (somos uma das espécies mais jovens que aqui se desenvolveu), segue um pensamento único de acumulação.
A sociedade em que vivemos, jovem em relação ao planeta, (somos uma das espécies mais jovens que aqui se desenvolveu), segue um pensamento único de acumulação.
Os estudos de
antropologia do século XVIII em diante, em contato com povos em formação,
indicam claramente que tudo começou com o comércio à base de trocas de alimento
e seres humanos (escravos e mulheres).
O contato de
cada grupamento em fase inicial era restrito à troca de mercadorias, alimentos
e pessoas, principalmente mulheres, muito valorizadas (a fase anterior, a do
rapto, acompanhava o saque e era agressão, não troca).
A partir dessa
fase inicial foi criado o líder sempre no lugar de deus, o sacerdote, os juízes
formando os três poderes que ainda persistem, acompanhados pela imprensa mais
recentemente.
O mundo desde
então passou a ser poder via acumulação de mercadorias. As guerras, antes
restritas à necessidade de alimento ou sexo, se multiplicaram, já que passaram
a visar o poder e a posse criando uma lógica única.
O exemplo que
apresentei sem dúvida contesta esta versão. Não há nenhuma solução única, temos
que pensar em outras saídas, que promovam mais prazer e menos miséria.
Foi exatamente
em busca de novos pensares que o jornalista Rafael Rocha reuniu diferentes
visões com o objetivo de que se incentive a discussão em busca de um mundo
menos agressivo.
Hoje, o
Humanitas está completando três anos, um marco importante por um trabalho
gratuito e idealista que procura ajudar com polêmicas a sociedade para que esta
caminhe para uma nova solução mais igualitária, na contramão de uma imprensa
capitalista e hegemônica.
Parabéns ao
jornalista Rafael Rocha e a todos os colaboradores por esta marca importante de
três anos do nosso querido Humanitas.
Os frutos
certamente virão.
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