EDITORIAL
Democracia e
mídia
O pilar maior e de mais vital importância
para a democracia é a liberdade de expressão. Se em um país não existe a
possibilidade de discutir e opinar abertamente sobre os temas ligados a todas
as esferas sociais e políticas então a democracia não existe.
Mas até
onde podemos levar nossa liberdade de opinião e de expressão? Podemos ir longe,
sim. Devemos defender essa liberdade com unhas e dentes, mas também devemos
assumir responsabilidade sobre ela. Responsabilidade essa, principalmente
criminal, pois difamar, injuriar e caluniar, prática comum em certos setores da
mídia televisiva e impressa, tem de receber sanção penal.
A nenhuma
pessoa ou instituição é entregue graciosamente o direito de argumentar
desconhecimento da lei dentro de um Estado Democrático de Direito.
Ora, a Constituição brasileira
garante a liberdade de expressão, por lei, no seu Artigo 5º, mas não garante a
anarquia pura e simples como estão a fazer os grupelhos fascistas de plantão,
pregando o ódio, solicitando o retorno da ditadura militar, e incitando as
mentes doentias a matar a chefe do Executivo e seus seguidores da esquerda.
A
Grande Mídia é um poderoso instrumento de manipulação. Nomes
como Adorno e Horkheimer, os primeiros pensadores a realizar análises mais
sistemáticas sobre o tema, concluíram que os meios de comunicação em larga
escala moldam e direcionam as opiniões de quem recebe as notícias.
Todo cidadão
deve duvidar e manter certa ressalva quanto às preposições imediatistas e
aparentemente fáceis propostas pelos canais midiáticos da direita organizada.
Consideramos
necessário que questões como a democratização dos meios de comunicação,
restrição de propriedades cruzadas de veículos midiáticos, regulamentação da
programação e o incentivo ao surgimento de rádios comunitárias sejam postas em
discussão e posteriormente aprovadas.
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NOTAS VARIADAS
A cruz não é propriedade do
cristianismo. Era um instrumento de tortura do Império Romano. Ela é sagrada
porque nela morreu crucificado um homem que se dizia filho de um deus? Nada
disso! A crucificação era a pena de
morte típica em Roma para os escravos e os não cidadãos. Acredita-se que o
método tenha sido criado na Pérsia, sendo trazido para o Ocidente no tempo de
Alexandre, o Grande (ano 330 de antes da Era Comum), onde foi copiado pelos
romanos. Ao longo da História muitos homens morreram crucificados. No ano 332 AEC, quando Alexandre e seu
exército invadiram a cidade de Tiro, na Fenícia, foram crucificados dois mil
habitantes às margens do Mar Mediterrâneo como vingança pelos assassinatos de
seus embaixadores naquela cidade. No ano
71 de antes da Era Comum, 6 mil seguidores do escravo Spartacus também foram
crucificados na Via Ápia como parte de uma celebração da vitória romana.
Mas as histórias do escravo Spartacus e seus seguidores possuem embasamento
histórico. Coisa que o tal Cristo nunca teve. (Rafael
Rocha)
***
O primeiro requisito para a
felicidade dos povos é a abolição da religião. (Karl Marx)
***
A ideia de um
ente supremo que cria um mundo no qual uma criatura deve comer outra
para sobreviver e proclama uma lei dizendo “Não matarás” é tão
absurda, que não consigo entender como a humanidade a tem aceito por tanto
tempo. (Peter De Vries, Nobel de literatura de 1938)
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Eles vieram com uma bíblia e sua
religião - roubaram nossa terra, esmagaram nosso espírito - e agora nos dizem
que devemos agradecer ao deus deles por termos sido salvos. (Pontiac, chefe indígena americano)
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Guerras religiosas são,
basicamente, pessoas se matando para decidir quem tem o melhor amigo
imaginário. (Napoleão Bonaparte)
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Deus deseja prevenir o mal, mas
não é capaz? Então não é onipotente. É capaz, mas não deseja? Então é
malevolente. É capaz e deseja? Então, por que o mal existe? Não é capaz e nem
deseja? Então por que o chamamos Deus? (Epicuro
– 341/271 AEC)
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Só o ateísmo pode pacificar o
mundo de hoje. (André Gide – Prêmio
Nobel de 1947)
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