CARTAS DOS LEITORES
Fico sempre ansiosa para receber o Humanitas. Karla da Silva Varejão - Olinda/PE
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Um jornal que traz fatos novos para a cultura. Antonio Carlos de Almeida – Recife/PE
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O Humanitas cria
novos rumos para o saber. Maria do
Rosário de Oliveira – Belo Horizonte/MG
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A verdade histórica está bem viva no Humanitas. Ricardo Silveira – Olinda/PE
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Um jornal pequeno, mas muito especial. Geraldo José de Lima – Recife/PE
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REFÚGIO POÉTICO
Loucura
Rafael Rocha
Recife-PE
Do livro Poemas
Escolhidos
Levante a
noite estrelas como um dístico
A tempestade
ponha raios sobre as águas
Terremotos
criem sons apocalípticos
Antes de um
corpo inteiro trazer mágoas
A dissolver
dentro de mim o abandono
Como se
raízes não possam ter na terra
A desejar
para meu tempo eterno sono
Quando as
mãos se preparam para a guerra
Matando
anseios de paixões tormentosas
Renascidas
do ventre e dentre as pernas
Onde o poeta
glorifica a causa louca
E onde põe
desvairado a própria boca
Pronta a
sugar todo o doce mel das rosas
A deslizar
dessas vermelhas pétalas
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Intimidade
Juareiz Correya
Recife/PE
eu gosto
do teu cheiro de dentro
de dizer que te mato
de prazer de cansaço
de perder os meus braços
navegando em teu mar
do teu cheiro de dentro
de dizer que te mato
de prazer de cansaço
de perder os meus braços
navegando em teu mar
eu gosto
dessa carne que arde
mais cedo e mais tarde
pelos cantos da casa
de fazer minha rede
no vaivém dessas pernas
(no aconchego das coxas)
de cair de cabeça
nos segredos da gruta
dessa carne que arde
mais cedo e mais tarde
pelos cantos da casa
de fazer minha rede
no vaivém dessas pernas
(no aconchego das coxas)
de cair de cabeça
nos segredos da gruta
eu gosto
desse gosto mais doce
que o teu corpo oferece
de tanto gozar
do teu longo arrepio
dessas voltas do cio
desse amor sem parar
desse gosto mais doce
que o teu corpo oferece
de tanto gozar
do teu longo arrepio
dessas voltas do cio
desse amor sem parar
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Pessoa
Koló Farias Eduão
Irecê/BA
Pessoa!
venha me consolar
a estrada não me espera
é tempo da nova era
de vera; mas vai passar.
venha me consolar
a estrada não me espera
é tempo da nova era
de vera; mas vai passar.
Pessoa!
deixe a vida me levar
é hora de acontecer
tenho tudo pra fazer
se o vento me levar.
deixe a vida me levar
é hora de acontecer
tenho tudo pra fazer
se o vento me levar.
Pessoa!
eu quero subir o rio
e preciso do meu barco
é nele que eu embarco
na hora de navegar.
eu quero subir o rio
e preciso do meu barco
é nele que eu embarco
na hora de navegar.
Pessoa!
não me deixe andar só
e se quiser uma companhia
eu sou versos e sou poesia
e a vida chama para amar.
não me deixe andar só
e se quiser uma companhia
eu sou versos e sou poesia
e a vida chama para amar.
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