domingo, 27 de agosto de 2017

HUMANITAS Nº 63 – SETEMBRO DE 2017 – PRIMEIRA PÁGINA





O GOLPE CONTRA SALVADOR ALLENDE

Traído pelos militares, nos quais depositava grande confiança,
entre eles, o general Augusto Pinochet, o presidente eleito
pelo povo chileno praticou suicídio, em 11 de setembro
de 1973, sepultando o sonho de milhares de eleitores de seu
país de um socialismo nascido através do voto popular
PÁGINA 6
No dia 11 de setembro de 1973, há 34 anos, começou uma das ditaduras mais sangrentas da história do Chile. Neste dia, o general Augusto Pinochet liderou o golpe militar que derrubou o presidente socialista Salvador Allende, eleito três anos antes. Aos olhos de Allende, o general Pinochet era um homem leal, mas revelou-se como mais um traidor da pátria a inserir-se na história da Humanidade
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Os Direitos Humanos existem para impedir que o Estado se torne bandido, diz, na PÁGINA 7, a jornalista Ana Maria Leandro
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Na PÁGINA 4, o ex-guerrilheiro Antonio Roberto Espinosa diz que o Brasil ainda não sabe o que é democracia
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Araken Vaz Galvão, Valença/BA, fala sobre McCarthy e
Macartismo, na PÁGINA 5
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O jornalista Rafael Rocha, do Recife/PE, disserta sobre a artista plástica Tarsila do Amaral e suas obras na PÁGINA 8

terça-feira, 1 de agosto de 2017

HUMANITAS Nº 62 – AGOSTO DE 2017 – PÁGINA 8

Nada acima do ser humano e nenhum ser humano abaixo de outro

Já transcorreram exatos cinco anos desde o lançamento, no mês de agosto de 2012, do número 00 deste Humanitas. De lá para este 2017 o mundo deu muitas voltas. A tiragem aumentou, bem como a quantidade de leitores e colaboradores: homens e mulheres que buscam levar mais conhecimento a outros homens e mulheres.
Nossa luta é clara. Estamos a fazer de tudo para retirar as pessoas da ignorância a que são levadas através da manipulação pelos poderosos de plantão através da manipulação e do medo, e outras apenas por falta de um veículo de comunicação que as ajudem.
Batalhamos contra a intolerância e contra o preconceito, sempre abertos ao livre pensar e à verdade, ainda que essa luta incomode àqueles que preferem viver como marionetes nas mãos dos opressores políticos e religiosos. 
Não queremos mudar o mundo e muito menos entrar em com flito com entidades religiosas e políticas. Levamos ao conhecimento do ser humano fatos que são escondidos pela “história oficial”.
As pessoas devem pensar e descobrir por si mesmas que não existe “nada acima do ser humano e nenhum ser humano abaixo de outro” como a mídia venal e os estelionatários da religião querem fazer crer.

HUMANITAS Nº 62 – AGOSTO DE 2017 – PÁGINA 7

O HUMANITAS e o seu ideal humano
Ana Maria Leandro colaboradora do Humanitas é escritora e jornalista. Atua em Belo Horizonte/MG

Comemora-se neste mês de Agosto, de muitos ventos e com muito “gosto”, os cinco anos do nascimento desta mídia humana. Humana porque é feita de mãos e mentes humanas e ideais libertadores, que se juntam e escrevem, mesmo distantes uns dos outros, sobre o ideal comum da supremacia do Ser!
Sim, não nasceu o Humanitas para apresentar “furos de notícias sensacionalistas”. O Humanitas sabe que o que há de essencial no universo é o ser humano e para alcançar sua supremacia, ele precisa se libertar do medo. Se a espécie humana não atingiu seu ápice, é porque ainda nos permitimos atar-nos às correntes criadas para nos aprisionar.
Através de conteúdos conscientes das diferenças humanas, o Humanitas procura refletir junto com o leitor o direito fundamental de viver pela sua própria importância. E de usufruir desta vida sem alienações, num livre pensar, sem medos impostos pelas civilizações e culturas alienantes.
O medo é paralisante do “pensar”. Sob a égide do medo o indivíduo passa a se julgar prisioneiro de crenças várias, muitas vezes levando ao cúmulo da autodestruição do Ser, por outro mundo que se considera possa ser melhor, assimiladas em versões surgidas nos interesses vários de sustentação de classes dominantes.
Sim, o dominado é um prisioneiro de seu dominador. Uma prisão treinada, sedimentada em milênios, para o cerceamento do “pensar”, ou condicionante de um pensamento dirigido.
Alinhada à sua concepção de libertação humana, essa mídia propõe uma visão humanística de valorização da pessoa.
Todos somos importantes, quando nos livramos da obsessão de que “o outro possa ser melhor”.
Nesta sintonia de autodesamor com insuficiência de coragem, as pessoas muitas vezes passam a vida se destruindo, julgando-se vítimas de uma engrenagem da qual não se veem capazes de se libertar.
Num pérfido aperfeiçoamento dessa engrenagem, os dominadores colocam esses seres com sentimento de “dependência externa a si mesmo” para simples sobrevida, sentindo-se como disse o grande poeta/músico Raul Seixas: “Um grandessíssimo idiota / saber que é humano/ ridículo, limitado / que só usa dez por cento / de sua cabeça animal/ ... Com a boca escancarada / cheia de dentes / esperando a morte chegar...” Mas a força de cada um é “interior” e não “exterior” ao Ser, quando ele se “descobre”.
É esta a meta do Humanitas. Através do “livre pensar”, descobrir que a Força da vida está na própria vida!
Está na sua possibilidade de caminhar e ir em frente pelo seu próprio esforço, sem se “vender” a apologias que no fundo querem apenas “comprar o seu pensar”.
Respeitando o próximo também como ser humano, que tem direito às suas próprias conquistas.
Se chegássemos num mundo assim, os ódios não teriam razão de ser, a somatória de ideais comuns seria mais alcançável, e a paz seria um atributo natural das relações.
O bem estar do mundo é o bem estar de cada um. “Todo Ser Humano tem quatro dons: autoconhecimento; consciência; vontade independente; imaginação criativa. Isso nos dá a liberdade humana decisiva – o Poder de Escolher, Responder, Mudar” (Stephen R. Covey).
É um orgulho saber que o Humanitas é um veículo em direção a essa liberdade humana de Ser.
Orgulhosos de nosso quinquênio vitorioso, cujos resultados já atingem o território nacional e o  internacional, queremos nos somar aos leitores, para que a temática se expanda como um grito de libertação e de direito à vida plena.
Sim, não queremos “sobrevida”, sustentados por esmolas dos “donos do mundo”. Somos mais, queremos todos juntos, viver de maneira ampla, com soluções resultantes da criatividade humana. No uso de nossas próprias forças, livres seremos. 
Eis o ideal do Humanitas e o convidamos, caro leitor, a nele se unir.

HUMANITAS Nº 62 – AGOSTO DE 2017 – PÁGINA 6

Humanismo? A escolha é sua
Décio Schroeter é escritor e colaborador do Humanitas. Mora em Porto Alegre/RS

Você não precisa responder nem sim nem não. Pois essa não é uma proposição de “ou isso ou aquilo”.
O Humanismo está à sua disposição – você pode adotá-lo ou recusá-lo. Pode pegar um pouquinho ou pegar bastante. Ou até continuar acreditando na grande estupidez de que o mundo – o cosmos inteiro - tem 6 mil anos de idade, que os dinossauros sobreviveram aos pares na arca de Noé, que o homem foi modelado a partir do barro e do hálito divino em um jardim com uma cobra falante, pela mão de um deus imaginário invisível, e na volta (prestes a acontecer) de um mitológico Jesus Cristo para julgar os vivos e os mortos.
Cada indivíduo precisa encontrar a verdade e as mudanças por si mesmo. A liberdade de escolha é sua.
Isso é com você!
É possível explicar, em termos claros o que é exatamente a filosofia Humanista Moderna.
É fácil resumir as ideias básicas sustentadas em comum tanto pelos humanistas seculares como pelos humanistas religiosos.
O Humanismo é uma daquelas filosofias para pessoas que pensam por si mesmas.
Não existe área do pensamento em que um humanista tenha receio de desafiar e explorar. Essa filosofia se concentra nos meios de compreender a realidade.
Os humanistas não afirmam possuir ou ter acesso a um suposto conhecimento transcendental. É uma filosofia de razão e ciência em busca do conhecimento.
Quando se coloca a questão de qual é o meio mais válido para se adquirir conhecimento sobre o mundo, os humanistas rejeitam a fé arbitrária, a autoridade, a revelação e os estados alterados de consciência.
Eles reconhecem que sentimentos intuitivos, especulação, centelhas de inspiração, pressentimentos, emoção, estados alterados de consciência, e até “experiência religiosa”, embora não válidos como meios de se adquirir conhecimento, são fontes úteis de ideias. Essas ideias depois de racionalmente acessadas por sua utilidade, podem em seguida ser postas para funcionar, geralmente como abordagens alternativas para a solução de problemas.
O Humanismo é uma filosofia para o aqui e agora. Os humanistas encaram os valores como tendo sentido apenas no contexto da vida humana, mais do que na promessa de uma suposta vida após a morte. O Humanismo é uma filosofia de compaixão.
A ética humanista preocupa-se em atender às necessidades humanas e em responder aos problemas humanos – do indivíduo e da sociedade – e não dedica atenção à satisfação dos desejos de supostas entidades teológicas.
O Humanismo é uma filosofia realista. Os humanistas reconhecem a existência de dilemas morais e a necessidade de cuidadosa consideração sobre as consequências imediatas e futuras na tomada moral das decisões.
O Humanismo está em sintonia com a ciência de hoje.
Os humanistas reconhecem que vivemos em um universo natural de grande tamanho e idade, que evoluímos neste planeta no decorrer de um longo período de tempo.
Que não existe uma evidência premente de “alma” dissociável, e que os seres humanos têm determinadas necessidades inatas que formam efetivamente a base de qualquer sistema de valores orientado para o homem.
Humanistas são compromissados com as liberdades civis, os direitos humanos, a separação entre Igreja e Estado, a extensão da democracia participativa, não só no governo, mas no local de trabalho e na escola, uma expansão da consciência global e permuta de produtos e ideias internacionalmente, e uma abordagem aberta para a resolução dos problemas sociais, uma abordagem que permita a experiência de novas alternativas.
O Humanismo está em sintonia com novos avanços tecnológicos.
Os humanistas têm boa vontade em participar de descobertas científicas e tecnológicas emergentes, de modo a exercerem sua influência moral sobre essas revoluções à medida que surgem especialmente no interesse de proteger o meio ambiente.
O Humanismo, em suma, é uma filosofia para aqueles que amam a vida.

HUMANITAS Nº 62 – AGOSTO DE 2017 – PÁGINA 5

Precisamos falar sobre a invisibilidade lésbica

Francine Oliveira é mestra em Teoria Literária e Crítica da Cultura. Mora e atua em São João Del Rei/MG


A violência simbólica contra mulheres lésbicas e bissexuais começa pela invisibilidade e pela falta de informações oficiais

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A invisibilidade lésbica é uma violência simbólica ainda enfrentada pelos movimentos de mulheres.
Uma das maiores dificuldades em se pesquisar a respeito da violência contra mulheres lésbicas e bissexuais no Brasil está na falta de dados e de estudos oficiais sobre o tema. O pouquíssimo material produzido é sintomático de uma invisibilidade que precisa, urgentemente, ser combatida.
A opressão sofrida por mulheres lésbicas e bissexuais é fruto não apenas da “discriminação contra a homossexualidade”, mas também de uma sociedade ainda patriarcal e machista, para a qual a sexualidade feminina só existe a partir da sexualidade masculina dominante. O resultado é uma persistente fetichização e objetificação dessas pessoas em relacionamentos homoafetivos, como se um casal de mulheres fosse incapaz de se satisfazer sem o "elemento fálico"..
Um exemplo claro desse pensamento machista pode ser visto nos comentários de notícias como a de Bruna Linzmeyer que, para beijar a namorada na praia sem ser incomodada por fotógrafos, usou uma canga para se cobrir.
Além da invasão de privacidade já costumeira por parte da mídia, as "opiniões" sobre o casal demonstram como lésbicas são vistas a partir da fetichização e as falas mais comuns são que "falta homem", que "só querem aparecer" e expressões chulas em geral.
A diminuição e/ou negação da sexualidade da mulher também se revela na falta de políticas públicas voltadas especificamente para lésbicas, incluindo informações sobre DSTs e práticas sexuais seguras.
Ademais, há uma necessidade de se tratar do chamado "estupro corretivo", ameaça com a qual lésbicas que se assumem são obrigadas a conviver diariamente - violência que faz parte também da realidade de homens transgêneros.
De acordo com uma reportagem exibida pelo SBT em agosto de 2015, o Hospital Pérola Byington, especializado em atendimento a mulheres que foram vítimas de violência, registra pelo menos um caso de estupro corretivo por mês.
Um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do ABC estima que 18% das mulheres lésbicas, bissexuais ou dos homens transgêneros já sofreram ou devem sofrer violência sexual ao longo da vida, estatística significativamente maior que a de mulheres heterossexuais (cuja chance de ser estuprada é de 12%).
É ainda recorrente que “os abusos sexuais ocorram por parte de indivíduos próximos” (inclusive parentes) e, principalmente, de ex-parceiros, após a descoberta da homossexualidade ou da bissexualidade da mulher.
Soma-se a esse problema a rejeição da família que, por vezes, apoia a ideia do estupro corretivo como forma de "transformar" a mulher em heterossexual.
Se a mulher já sente vergonha de denunciar o estupro devido à falta de confiança nas autoridades e ao medo de ser julgada, mesmo sendo vítima, no caso de lésbicas essa vergonha é ainda maior. Além de haver subnotificação, muitas preferem não revelar sua orientação sexual e os crimes são registrados com motivações outras que não a lesbofobia.
A maior parte das vítimas é de jovens que têm entre 16 e 23 anos e esse crime leva a outro quadro estarrecedor: são muitas as mulheres que acabam contraindo o vírus HIV por meio dessa prática brutal.
Para homens transexuais, o descaso e a transfobia institucional são empecilhos adicionais para a não notificação quando sofrem estupro - uma vez que, até mesmo dentro de grupos LGBTs, são frequentemente tratados como lésbicas masculinizadas.
Segundo a Liga Brasileira de Lésbicas (LBL), em pesquisa realizada entre 2012 e 2014, 9% das mulheres que acessam o Disque 100, serviço para denúncia de violação dos Direitos Humanos, são lésbicas.
A desinformação leva ainda a uma subnotificação de agressões domésticas, em que a algoz é a própria companheira. Poucas mulheres sabem, mas a Lei Maria da Penha também se aplica aos casais lésbicos. Em 2013, por exemplo, a Central de Atendimento à Mulher (o Ligue 180) registrou que apenas 1% das denúncias recebidas correspondem a casais homoafetivos.

HUMANITAS Nº 62 – AGOSTO DE 2017 – PÁGINA 4



Reflexões sobre o ciclo da vida humana 
Antonio Carlos Gomes é médico e colaborador do Humanitas Mora e atua em Guarujá/SP 

Se o ciclo da vida no planeta acompanha o das estações, todos os seres vivos têm sua primavera, verão, outono e inverno. Nosso viver é o viver do tempo e cada minuto se inspira na natureza.
Todo ser nasce com três qualidades: liderança, adaptação e resistência ao sofrimento. Nenhum ser nasce inferior ou escravo, isto se falando de seres sadios.
Ao nascer, o ser busca a liderança de seu meio ou seu grupo. Se assim não fosse a morte do líder deixaria um vazio no grupo e o extinguiria. A busca de liderança gera as guerras, para que se desfrute a paz transitória com o novo líder. O mundo será humano apenas quando aprendermos a buscar nossa liderança sem guerras e sem mortes, o que ainda é utópico.
Somos seres da natureza buscando um equilíbrio e tentando fazer prevalecer nossos genes em detrimento de outros.
Nosso grau de violência pode ser medido pelos filmes, esportes e lutas que assistimos, os quais além de prender a atenção dos humanos são aclamados pelos humanos.
Um filme de guerra com a vitória daquele com o qual nos identificamos nos faz sair do cinema alegres e leves de espírito, não importando quantos “inimigos” morreram no desenrolar da cena.
Como nem todos podem ser líderes, a adaptação inclui ampla estrutura social, que é muito maior que a das estatísticas.
Cada classe compõe-se de subclasses e cada uma elege um líder. Uma espécie de castas dentro das castas. É fácil observar isso numa pessoa em seu trabalho.
Por exemplo: um operário ao ser promovido de função para líder de grupo começa a se relacionar com seus novos companheiros hierárquicos, e abandona e, muitas vezes, hostiliza seus amigos anteriores, já que os considera, a partir da promoção, subalternos e socialmente inferiores, esquecendo seu status anterior.
Para que esses dois movimentos anteriores possam existir, tem-se a necessidade de outro. Tais movimentos são sempre dolorosos e provocam ansiedade. Se não houvesse algum mecanismo o indivíduo sucumbiria em profunda melancolia e morreria. O ser humano é adaptado ao sofrimento e até zomba dele.
Freud chamou de masoquismo o movimento de se ter prazer com a dor. Foi uma das grandes surpresas que teve em seu trabalho. Apesar de considerar isso como algo básico ao ser humano, pouco conseguiu relatar sobre ele.
Vamos pensar o seguinte: o noticiário da TV mostra uma família de catadores de lixo no lixão de algum lugar. Os personagens participam da vida normalmente, com suas alegrias e angústias.
Se considerarmos que o potencial de liderança, do ponto de vista da sociedade foi totalmente sufocado deles, sendo os mesmos jogados em condições socialmente humilhantes, caso não houvesse adaptação, por certo eles não sobreviveriam, não se relacionariam e nem iriam ao lixão para enfrentar o cheiro insuportável e procurar e catar restos.
Só a condição de tirar algum prazer da situação permite que suportem esse tipo de vida e vivam e se reproduzam sob essas condições insalubres.
Creio que a Humanidade ainda está muito distante de se tornar humana e deixar todos seus membros iguais por serem humanos e não pelo serviço social que desempenham.
Portanto, vamos, como todos os seres vivos, usando os três dotes (liderança, adaptação e resistência ao sofrimento) e nos reproduzindo, para que a espécie humana não desapareça.  

HUMANITAS Nº 62 – AGOSTO DE 2017 – PÁGINA 3



Refúgio Poético
Poeta do Mês
Cecília Meireles (1901-1964) poeta, professora, jornalista e pintora brasileira. Primeira voz feminina de grande expressão na literatura brasileira, com mais de 50 obras publicadas. Com 18 anos estreia na literatura com o livro "Espectros".  A maioria de suas obras expressa estados de ânimo, sentimentos de perda amorosa e solidão. Uma das marcas do lirismo de Cecília Meireles é a musicalidade de seus versos. Nasceu no Rio de Janeiro em 7 de novembro de 1901, onde também faleceu em 9 de novembro de 1964.
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CARTAS

O jornal Humanitas nasceu para nos esclarecer sobre cultura, política, sociedade bem como fatos históricos que aconteceram no país e que não são noticiados pela grande mídia. Além disso, nos faz conhecer poetas e escritores que até o momento não tiveram chance de se mostrar ao conhecimento popular. Parabéns! Gilberto Nogueira de Oliveira – Nazaré/BA
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Penta congratulação ao Humanitas e ao seu idealizador, o jornalista Rafael Rocha. Ivani Medina – Rio de Janeiro/RJ
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Felicitaciones por el quinto aniversario. Diego Espinal de Farias – Madri/ES
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Parabéns pelo aniversário! Pedro Rodrigues Arcanjo – Recife/PE
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Parabéns! Anne Christine Mendes – Olinda/PE
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O Humanitas é um espaço para os livres pensadores que ousam retratar a realidade deste mundo e da vida. É com orgulho que faço parte do Humanitas. Parabenizo o jornalista Rafael Rocha, por essa magnífica criação.  Perimar Moura – Ilhéus/BA
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Neste quinto aniversário do Humanitas quero dizer que não existe progresso sem o conhecimento da Verdade. É isso que divulga esse pequeno grande jornal. Parabéns por mais um ano de atividades! Jorge Oliveira de Almeida – Rio de Janeiro/RJ
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Parabéns, Humanitas! Claudia Correa de Araújo - Olinda/PE
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Felicitaciones por los cinco años de existencia. ¡Larga vida! Jesus Saldivar Taborda – Barcelona/ES
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Somos todos Humanitas! Meus sinceros parabéns! Valdir Abraão de Lemos – Vitória/ES
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A imprensa, como um todo, dá a impressão de que as mesmas pessoas escrevem para todos os jornais. Qualquer fato tem análise bem parecida. Quase não há divergências, fora o marcante aspecto do cuidado de não melindrar quem detêm o poder. O Humanitas, além de diversificar as análises, não mede sofrimentos de feridos seja de quem for. Parabéns neste mundo hipócrita e mentiroso é mais do que elogio. Manfred Grellmann – Camaragibe/PE
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Felicitaciones por el quinto año de existencia, Humanitas! Adelaide de Bivar – Barcelona/ES
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Continuem com este valioso trabalho jornalístico. Essa publicação é uma excelente alternativa que se contrapõe à grande mídia comercial. Paulo Gualberto – Recife/PE
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Parabéns pela entrega e pela luta. Paula Duarte – Aveiro/Portugal

HUMANITAS Nº 62 – AGOSTO DE 2017 – PÁGINA 2

EDITORIAL
 Buscando o conhecimento
Apenas uma mísera fração de saber chega ao nosso cérebro. Uma parte ínfima, incompleta, inacabada.
Na verdade, quanto mais conhecemos mais desconhecemos, e a linha socrática do “só sei que nada sei” define o nosso livre pensar.
Neste século XXI, as pessoas que se acham inteligentes conversam entre si e dizem: “nunca imaginamos que já estivéssemos sabendo tanto e que o conhecimento cientifico humano fosse capaz de avançar com tamanha velocidade”.
No entanto, alcançamos apenas uma parcela ínfima do conhecimento. O desconhecido permanece vivo e ainda ignoramos muitas e muitas coisas. Cada vez que mergulhamos no conhecimento mais somos ignorantes, porque a tudo desconhecemos quando buscamos conhecer.
O Humanitas permanece comprometido com o livre pensar sem ligação alguma com os velhos e arcaicos jornais impressos e muito menos com a mídia manipuladora. Há cinco anos lutamos e procuramos divulgar o pensamento múltiplo!
Para nós que fazemos o Humanitas ninguém é melhor por saber muito. Sabemos tanto quanto os demais. E qualquer verdade ou novo conhecimento que angariamos é um nada diante do universo desconhecido e infinito.
Sim, buscar o conhecimento e a verdade pode transformar o mundo em que vivemos. Para isso precisamos duvidar e pensar.
Duvidar principalmente das coisas prontas que as religiões e o poder político ofertam. Não podemos crer em algo sem antes utilizarmos o benefício da dúvida. Duvidando, conheceremos.
Uma coisa é certa: sempre que nos deixamos levar pela voz da dúvida, descobrimos ideias novas, verdades escondidas e novos potenciais a serem trabalhados.
Como bem disse o nosso amigo Carl Sagan: O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida”.
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CARTAS DOS LEITORES

Tive o privilégio de conhecer o Humanitas na sua gestação, quando trocas ricas de conhecimentos mais diversos foram trazidas nas muitas conversas surgidas em uma rede social. E foi dali, desses profícuos debates, junto à bagagem de Rafael Rocha, o bravo companheiro que resiste às intempéries para manter o jornal, que o conceito de humanismo ganhou outra dimensão para mim, como algo que vai além do comum e abraça tantos saberes. E que continue assim por muitos anos! Jacqueline Ventapane – Rio de Janeiro/RJ
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Qual é o projeto que você conhece que não visa lucro e que continua indo adiante? Pois é! O jornal Humanitas leva cinco anos nessa empreitada e não mostra sinais de cansaço.  Só este fato já é digno de elogio, porém, há mais.  É que ele é feito por livres pensadores e seu conteúdo é produto desse pensar livre, fora do lugar comum, nos inspirando à reflexão sobre nosso comportamento e nossas crenças. Valeu, Humanitas! Cristina Obredor – Rio de Janeiro/RJ
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Vida longa ao Humanitas! Portugal agradece! Maristela Martins Morgado – Lisboa/Portugal
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Cordiais congratulações minhas e de meus familiares! Gostamos demais desse jornal! Edward Spinoza – Nova York/EUA
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Do Humanitas posso dizer que todos os artigos que suas páginas estampam são de altíssima qualidade, abordando tópicos de interesse, questões políticas, religiosas e filosóficas pelo olhar humanista. Não é em qualquer lugar que encontramos todo esse material, cuidadosamente selecionado por dedo de mestre. Os textos são variados, de leitura agradável e nada cansativa. E ainda conta com uma página destinada a divulgar poesias. Parabéns ao jornalista Rafael Rocha pelo trabalho. Ivo S. G. Reis – Campo Grande/MS
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Parabéns à equipe do Humanitas pela passagem dos cinco anos de existência. A leitura do Humanitas pode mudar a forma como pensamos e ajudar a ver a vida sob outra perspectiva. Ele separa o joio do trigo, ou seja, a ficção da realidade. Todos que se interessam em saber o que é verdadeiro e o que é falso encontrarão respostas às suas indagações. Décio Schroeter – Porto Alegre/RS
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Longa vida ao Humanitas, amigo Rafael Rocha! É importante que continuem existindo os que navegam contra a corrente da desumanização; mesmo que os resultados não surjam de imediato, são sementes que hão de frutificar em dias melhores! Celso Lungaretti – São Paulo/SP
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Parabéns pelas cinco estrelas! Maria Galardo – Miami/EUA