EDITORIAL
Mulheres e mais mulheres
Mulheres e mulheres e mulheres! Elas
são as deusas da vida em todos os sentidos. Marias, Paulas, Jucélias,
Patrícias, Cleonices, Terezas, Irenes, Anas, Lúcias...
Sejam
quais forem seus nomes, elas são as donas deste mês de março em todo o planeta.
Fortes,
duronas, lutadoras, radicais elas jamais irão perder espaços, pois dentro de
cada uma habita (ainda que escondidamente em algumas) a suavidade e a singeleza
próprias do gênero.
Idiota
é todo aquele que olha a mulher e a observa pela ótica machista. Criminoso é
todo aquele que maltrata, bate, ofende e machuca a mulher.
Mulher
não é para ser dominada, nem tolhida. Mulher não é para ser entendida. Apenas
deve ser amada, venerada.
Nos
tempos de hoje a tecnologia deixou as mulheres mais donas de si próprias. Cada
vez mais afoitas, compartilhando lado a lado suas ideias com as dos grandes
pensadores, sejam eles da Antiguidade Clássica ou dos tempos de hoje.
Cada
vez mais femininas, curtindo a beleza, a vontade de viver, a liberdade de ser e
de criar, de ser mãe, tia, irmã, amante, esposa, amiga e trabalhadora.
Beijos,
abraços, palmas para todas elas neste março, principalmente no dia 8 de março,
quando precisam e devem reverenciar a luta de seu gênero e serem cada vez mais
respeitadas e amadas.
E
este Humanitas apregoa aos
quatro ventos o brado: Abram alas!
Elas nos ajudam a viver com mais intensidade!
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Amélia foi embora...
Ana Maria Leandro – Jornalista Belo Horizonte/MG
Julieta é uma mulher madura e
determinada. Tem origem humilde e uma história de lutas desde a infância cheia
de necessidades.
Segundo
ela “melhor nem lembrar...”.
Mas
tem um brilho especial no olhar. Levanta-se cedo e vai para o serviço de faxina
de um prédio de vários andares.
Ao
meio-dia para e desembrulha a marmitinha, que conserva a comida quentinha e
consegue almoçar com prazer.
Depois
sai de lá, já no início da tarde, corre para as casas de clientes cativas de
suas habilidades de manicure e pedicure, tarefa que aprendeu sozinha, mas que
realiza sem machucar ninguém.
Como
diz ela: “Deus me livre; nunca tirei um
bife em ninguém”.
Lixa
daqui, esmalta dali e o sol começa a se pôr quando ela volta para casa.
Sempre
correndo... Parece que agora ainda tem mais pressa.
Precisa chegar rápido para fazer um jantarzinho (que sobre
para o almoço do outro dia, que deixa pronto).
Serve
a família, toma um banho enquanto apressa o filho adolescente para também ser
rápido, pois eles vão juntos para a escola pública noturna. Sim; Julieta está
fazendo a sétima série do Ensino Fundamental.
De
acordo com o que ela diz, começou só para incentivar o filho a ser frequente, e
também acompanhá-lo à escola.
“O mundo está muito difícil, preferi ir com
ele, para evitar que más companhias o desviem da escola”, completa, como se
pudesse controlar tudo pessoalmente. Entretanto, acabou que agora ela também
adora estudar. Estão cursando juntos a mesma série. Dividem as tarefas
escolares e se ajudam nos estudos para a próxima prova, ou na pesquisa que o
professor determinou.
Julieta
faz parte da legião de mulheres que está mudando a história. Acreditem: ela
chegará à universidade e fará parte das pessoas capazes de mudar o mundo...
Pois somente são capazes de mudar o mundo, aqueles que
promovem mudanças em si mesmos.
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