Helen Keller: exemplo de luta
contra a deficiência
Especial do HUMANITAS
Helen Keller (1880-1968) foi uma escritora
e ativista social norte-americana. Cega e surda formou-se em filosofia e lutou
em defesa dos direitos sociais, em defesa das mulheres e das pessoas com
deficiência. Foi a primeira pessoa cega e surda a entrar para uma instituição
de ensino superior.
Helen Adams Keller (1880-1968) nasceu em
Tuscumbia, Noroeste do Alabama, Estados Unidos, no dia 27 de junho de 1880.
Filha de um capitão aposentado e editor do jornal local, com 19 meses de idade
contraiu uma doença diagnosticada como febre cerebral, que a deixou cega e
surda.
Tornou-se uma criança difícil, gritava e
tinha acessos de mau humor. Em 3 de março de 1887, antes de completar sete anos
de idade, Helen passou a contar com a ajuda da professora Anne Sullivan que foi
contratada pela família e passou a morar em sua casa.
A professora, que aos cinco anos perdera
parte da visão e aos dez ficou órfã de mãe, foi abandonada pelo pai e colocada
em um albergue. Em 1886 graduou-se na “Perkins
School for the Blind”, uma escola para cegos e começou a procurar um
emprego.
Com muito trabalho e paciência, a partir de
abril de 1887, Anne consegue fazer Helen entender o significado das palavras
que eram soletradas em sua mão, pela professora. A primeira palavra foi água,
que era soletrada em uma das mãos e sentida na outra, despertando o
entendimento da palavra. Em um só dia Helen aprendeu trinta palavras. Mais
tarde, numa rápida assimilação ela aprendeu os alfabetos Braille e o manual, o
que facilitou sua escrita e leitura. Em 1890 Helen pediu a sua professora para
aprender a falar.
Foi matriculada no Institute Horace Mann
para surdos, em Boston e em seguida na Escola Wright-Humason Oral School de
Nova York, onde durante dois anos recebeu aulas de linguagem falada e de
leitura labial.
Além de conseguir aprender a ler, escrever
e falar, Helen estudou as disciplinas do currículo regular da escola. Antes de
se formar, escreveu a autobiografia “A
História de Minha Vida”, publicada em 1902.
Em sua árdua luta para se integrar à
sociedade, escreveu uma série de artigos para o “Ladies Home Journal”. Em seus trabalhos literários, usava a
máquina de datilografia de Braille preparando os artigos e depois os copiava na
máquina de datilografia comum.
Em 1904 graduou-se bacharel em Filosofia
pelo Radcliffe College.
Desenvolveu diversos trabalhos em favor das
pessoas com deficiência, participou de campanhas pelo voto feminino e pelos
direitos trabalhistas.
A partir de 1924, Helen foi nomeada membro
e conselheira em relações nacionais e internacionais da “American Fundation for the Blind”, fundada em 1921, uma
instituição para informações sobre a cegueira.
Em 1924 foi também o ano em que começou sua
campanha para levantar verbas para a criação da Fundação Helen Keller.
A partir de 1946 deu início a uma série de
viagens, visitando 35 países.
Em 1952 foi nomeada “Cavaleiro da Legião de Honra da França”.
Recebeu a “Ordem do Cruzeiro do Sul”, no Brasil, o “Tesouro Sagrado”, no Japão, o
prêmio “Medalha de Ouro do Instituto
Nacional de Ciências Sociais”, entre outros.
Tornou-se membro honorário de sociedades
científicas e organizações filantrópicas dos cinco continentes.
Helen Keller faleceu em Easton,
Connecticut, Estados Unidos, no dia 1 de junho de 1968.
Nesse mesmo ano foi lançado o filme “O Milagre de Anne Sullivan”, um
drama biográfico baseado no livro de Helen.
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