sexta-feira, 8 de março de 2019

HUMANITAS Nº 81 - MARÇO DE 2019 - PÁGINA SETE

As duas cidades libertárias ficam mais idosas
Especial do HUMANITAS

Uma metrópole histórica, moderna, líquida e vanguardista. Assim é a cidade do Recife, capital do estado de Pernambuco, que neste 12 de março de 2019, completa 482 anos.
Construída em cima do mangue e cortada pelos mais diversos rios, cujos principais o Capibaribe e Beberibe, juntam-se por trás do Palácio do Governo, criando o delta para o Oceano Atlântico, a cidade do Recife é famosa por suas pontes, pelas suas lendas urbanas, pela sua história de lutas libertárias, pelas inúmeras igrejas, pelos seus clubes carnavalescos, pelas lindas mulheres e belas praias.
É no Recife que em todo sábado de carnaval sai às ruas o maior bloco carnavalesco do mundo: o Galo da Madrugada. É no Recife que acontece a Noite dos Tambores Silenciosos, cerimônia de sincretismo religioso realizada em pleno carnaval do Recife, na noite de segunda-feira, no Pátio do Terço.
O natural da cidade possui natureza revolucionária. Briga pelos seus direitos e é dono de uma natureza crítica, e, ainda que sejam desconfiados, são amistosos com os forasteiros. O recifense tem orgulho de sua cidade, pois para ele é no Recife que existe o maior e o melhor sonho do mundo.
Já Olinda - denominada também de Marin dos Caetés - é Patrimônio Histórico da Humanidade, e completa neste 2019, na mesma data, 484 anos.
Olinda é uma cidade boêmia. O olindense é cool e odeia pretensão. Dona de um casario colorido, a cidade abriga artistas, como Alceu Valença e, no carnaval, bonecos gigantes saem às ruas homenageando as mais diversas personalidades brasileiras, seguidos por clubes como Elefante, Pitombeira dos Quatro Cantos e outros.
Recife e Olinda são duas cidades guerreiras. O seu povo valoriza suas conquistas, defende suas bandeiras ainda que ambas possuam as mais diversas cores e contrastes. O Humanitas deseja para essas duas cidades um feliz aniversário e que seus habitantes não abdiquem da luta contra a tirania, a opressão e a intolerância.

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