EDITORIAL
O parque de maio
Os
jardins e parques públicos melhoram bastante a qualidade de vida da população
de uma metrópole.
Esses
locais verdes trazem benefícios para a promoção da saúde física e mental, e
favorecem as mais diversas práticas sociais e de relacionamento entre as
pessoas.
Tais
espaços proporcionam suporte social, ao possibilitarem atrativos para as
famílias e para os mais diversos tipos de seres humanos, fato que resulta em
uma maior integração entre comunidade e espaço.
O
Recife possui muitos parques públicos, mas ainda são poucas as áreas verdes
para a grandeza espacial da cidade.
O
mais famoso parque público do Recife é o Parque 13 de Maio.
Mesmo
sendo o mais famoso, antes dele surgir já existiam outros espaços públicos como
o Parque do Derby, a Praça Sérgio Loreto (ambos entregues à população no ano de
1925) e a atual Praça do Entroncamento, em 1928.
Mas
a aspiração dos recifenses era por um parque maior e que possuísse um espaço
verdejante superior a todos esses.
Assim,
quando de sua entrega ao povo do Recife, em agosto de 1939, na gestão do
prefeito Novaes Filho, o engenheiro José Estelita, em seu discurso de abertura,
disse que o Parque 13 de maio (com seus 11,3 hectares) estava
sendo entregue à população recifense, seguindo “o argumento americano da busca de um meio ambiente
saudável usado na criação do Central Park (em Nova Iorque) e a função recreativa dos parques defendida
pelos ingleses”.
O Parque 13 de Maio tem uma romantização
particular em todos aqueles que dele usufruíram e usufruem, desde as “meninas” da Escola Normal, dos casais
de namorados dos anos 1960, 1970, 1980, 1990, até as garotas feministas e aos jovens
de hoje.
Ele se tornou um marco da cidade do Recife,
sendo um empreendimento causador de grande impacto urbanístico e de efeito humano,
cívico e de lazer para a cidade.
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O planejamento
e a infraestrutura escolar
Divina
de Jesus Scarpim – São Paulo/SP
Na verdade, nem acho que falta alguma
disciplina no currículo das escolas públicas. O que falta é mais planejamento
do conteúdo das disciplinas que já estão no currículo.
História, por exemplo, é uma matéria que
deveria ter mais horas de aula.
E que seus conteúdos relacionassem o
passado com o presente em cima de temas específicos como a história das
religiões, das guerras, da mídia, da política.
Destacando não apenas os benefícios e
avanços, mas, principalmente, os danos causados por essas criações humanas.
Não sei se estou me expressando bem, não é
a minha disciplina, mas acho que seria de grande importância que, muito
mais do que contar o que aconteceu, a disciplina pudesse colocar aquele tema
sempre em uma relação de tempo que o trouxesse do passado para o presente e
trabalhasse outras questões relacionadas àquela passagem; questões filosóficas,
geográficas, artísticas, éticas etc.
Muito importante seria que nunca
sequer se pensasse em aceitar a hipótese de eliminar disciplinas como filosofia
e artes, mas, ao contrário, dar mais tempo e mais condições a profissionais professores
de atuarem efetivamente e de forma mais autônoma levando seus conhecimentos
para além das salas de aula e dos horários estipulados na grade.
E, para falar da minha disciplina, que os
currículos se preocupassem menos com uma sequência de temas de gramática e - muito
mais - com leitura e compreensão de textos e críticas reescritas,
paráfrases e textos paralelos.
Não esquecendo, porque é muito
importante: a interdisciplinaridade. Com professores de disciplinas diferentes
planejando, preparando e aplicando conteúdos conjuntamente. O chato é que isso
demandaria mais tempo do professor para a preparação e correção das atividades,
demandaria a necessidade de aulas conjuntas com professores de disciplinas
diferentes na mesma sala, no mesmo momento, fazendo o mesmo trabalho; e não se
paga professor para isso. Além de tudo - e chovendo no molhado - é preciso que
as escolas tenham condições mínimas de trabalho, com material e estrutura
suficiente.
Em muitas escolas falta até aquele bastão
branco ultrapassado chamado giz, mais ainda outras coisas como condições de
fazer cópia de um texto, colocar uma música ou passar um vídeo em sala de aula.
Só temos, e muitas vezes funcionando bem mal, uma sala de vídeo cujo uso os
professores têm que praticamente disputar no tapa.
E nem vou falar em computadores!
Enfim, falta muita coisa além de mudança de
currículo, mas nossos governantes preferem repassar o dinheiro da educação para
sei lá quem produzir material inútil como apostilas e "provas
oficiais" que têm como objetivo "mostrar" como os professores
são os culpados, como estão “despreparados” e, por isso, é justo atrelar
seus salários às "melhoras" nas notas dos alunos.
Eu queria muito mesmo saber quantos
empresários estão enriquecendo com a produção das apostilas e provas periódicas
que são impostas às escolas.
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