quarta-feira, 13 de agosto de 2014

HUMANITAS nº 26 – Agosto/2014 – Página 3

REFÚGIO POÉTICO

Morre-se de amor?

Karline Batista – Aracati/CE

Não se morre de amor
Nem de amor se fartará
A alma retém o que a interessa
A alma desata o que a separa
Não se morre de amor
Vive-se dele
Funde-se a ele
Existe-se nele.

*********

Vou, ficando
Marisa Soveral – Porto/PT

Dunas, declives, colinas
e abismos
rumos tumultuosos
atalhos e vielas,
vertigem ensandecida
nas empolgantes
viagens imaginadas
esculpida na pedra
que me prende.

O tempo parece parar,
mas impetuosamente
Esgueirou-se num instante.
enquanto
"estive do outro
lado do espelho”
num imaginário correndo,
liberta
e reinventando-me veementemente…

Voo, sonho, paixão, anjo…
com o coração rasgado
num instante o
desequilíbrio,
oscilo e caio
na profundeza
intranquila,
da realidade,
no buraco escuro
cheio
de reminiscências
inquietantes!

Nenhum comentário:

Postar um comentário