REFÚGIO POÉTICO
Morre-se de amor?
Karline Batista – Aracati/CE
Não se morre de amor
Nem de amor se fartará
A alma retém o que a interessa
A alma desata o que a separa
Não se morre de amor
Vive-se dele
Funde-se a ele
Existe-se nele.
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Vou, ficando
Marisa Soveral – Porto/PT
Dunas, declives,
colinas
e abismos
rumos tumultuosos
atalhos e vielas,
rumos tumultuosos
atalhos e vielas,
vertigem ensandecida
nas empolgantes
nas empolgantes
viagens
imaginadas
esculpida na pedra
esculpida na pedra
que me prende.
O tempo parece parar,
O tempo parece parar,
mas
impetuosamente
Esgueirou-se num instante.
enquanto
Esgueirou-se num instante.
enquanto
"estive do outro
lado do espelho”
num imaginário correndo,
num imaginário correndo,
liberta
e reinventando-me veementemente…
Voo, sonho, paixão, anjo…
e reinventando-me veementemente…
Voo, sonho, paixão, anjo…
com o coração
rasgado
num instante o
num instante o
desequilíbrio,
oscilo e caio
na profundeza
na profundeza
intranquila,
da realidade,
no buraco escuro
cheio
cheio
de reminiscências
inquietantes!
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