25 de dezembro: a antiga comemoração de uma lenda
Rafael Rocha –
Recife/PE
A escolha do dia de natal para comemorar o nascimento de uma lenda
chamada Jesus Cristo foi um aproveitamento pelos romanos de uma importante
festa pagã que acontecia todos os anos no dia 25 de dezembro. Os romanos "cristianizaram" a data no ano de 354 da era comum. A festa
pagã, chamada de Natalis Solis
Invicti (nascimento do sol
invencível), era uma homenagem ao deus persa Mitra, bastante
popular em Roma e ocorria durante o solstício de inverno, o dia mais curto do
ano. No hemisfério norte, o solstício não tem data fixa e costuma ser perto de
22 de dezembro, mas pode cair até no dia 25.
A comemoração da data surgiu alguns séculos depois com o objetivo de
conter os cultos pagãos e fazer com que a Igreja Católica ganhasse mais força e
poder. Tudo que o cristianismo fez foi
incorporar no seu próprio calendário de celebrações as tradições populares
pré-existentes. Ainda mais porque os chefões da igreja perceberam que os
próprios cristãos manifestavam forte inclinação para os festejos pagãos, e
seria muito difícil desviá-los dessa tendência.
Portanto, nada mais simples e melhor do que trazer os cultos pagãos
para dentro da Igreja para dessa forma controlar melhor os povos.
Jesus Cristo, o pretenso deus cristão é, na
realidade, uma lenda copiada de outras lendas dos deuses de mistério também
nascidos em 25 de dezembro, tais como Mitra
(persa/romano), Hórus (egípcio), Dionísio (grego),
Krishna (hindu/indiano), dentre outros. Um mero plágio desses mitos. Portanto, Cristo não é outro senão uma velha e
antiga lenda. O último dos plágios do também mitológico Mitra.
No dia 25 de Dezembro, os cristãos
comemoram o nascimento de um deus solar, adorado pelos antigos persas e pelos
romanos. Essa adoração é passada de geração a geração.
Os antigos romanos,
bastante tolerantes em matéria de religião, incorporaram Mitra ao
seu panteão divino, tal como fizeram com os deuses gregos e de outros locais
por eles conquistados. O sincretismo romano adaptou Mitra aos costumes de Roma, inclusive vários
deuses anteriores ao messianismo judeu, dando assim origem à lenda do
nascimento do Cristo.
Os poderes
religiosos e estatais teimam em repetir sempre o mito de que existe apenas um
deus verdadeiro nascido de uma virgem no dia 25 de Dezembro. Continuam a insistir em tornar esse dia um
símbolo, propagando-o como uma data especial para atuar em fraternidade,
exercer o amor, o perdão, a paz etc. Será que é preciso apenas um dia para ser
fraterno, amoroso e pacífico?
Ora, se o ano tem
365 dias no calendário, por que apenas uma data serve para isso? O amor, a
fraternidade, o perdão e a paz devem ser coisas a serem esquecidas nos outros
dias do ano?
E sobre a árvore de natal? Também é um ritual pertencente à tradição
pagã europeia. A árvore constitui um tema pagão recorrente, céltico e druídico,
presente tanto no mundo antigo quanto no medieval, de onde foi assimilado pelo
cristianismo.
Deve
remontar ao século 16 na Alemanha. O professor de etnologia em Marburgo,
Ingeborg Weber-Keller, identificou entre as primeiras referências históricas da
tradição, uma crônica de Bremen de 1570, segundo a qual uma árvore da cidade
era decorada com maçãs, nozes, tâmaras e flores de papel. Na Letônia, a cidade
de Riga é uma das que dizem que a primeira árvore de natal da história ali
nasceu no ano de 1510.
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