quarta-feira, 27 de maio de 2015

JORNAL HUMANITAS Nº 36 – MÊS DE JUNHO DE 2015 – PÁGINA 3

Refúgio Poético

Amor Ita
Moacir Eduão – Irecê/BA

O amor nasceu,
semente de pedra.
O amor morreu,
pedra cativa.
A dor não conhece a Lua.
A Lua a emotiva.
É que a pedra não ama
o duro amor que a imita.
É que o amor, das pedras difere,
enquanto é uma pedra escrita,
sem o receio de ser duro
o amor não dura
quando a irrita.
O amor é pedra quando fere
e quando fere a pedra é dita,
porque o amor nunca interfere
na dor que o amor jamais evita.
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Intervalo

Antonio Carlos Gomes
Guarujá/SP

Vida:
Intervalo entre a chegada e a despedida.
Espaço do meio,
Não definido
Entre o amor e a solidão...

Começo e fim se cruzam
Na alegria e tristeza.
O pé que se fixa ao solo
É sempre passado,
O outro busca o futuro.

A mente dividida
Entre o antes e o depois
Vê o presente
Apenas como rabiscos no ar...
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HOMENAGEM A POETA VÂNIA MELO

Vânia Melo é a homenageada deste mês de junho. Nascida em Salvador, no ano de 1980, ela possui graduação em Letras Vernáculas pela Universidade Federal da Bahia e é especialista em História e Cultura Afro-brasileira pela Faculdade São Salvador. Participou de eventos de poesia como o Porto da Poesia, na VII Bienal do Livro Bahia (2005), o projeto Poesia na Boca da Noite (2005), a Praça do Cordel e da Poesia, na IX Bienal do Livro Bahia (2009) e Caruru dos Sete Poetas, em Cachoeira, Bahia (2009). Atualmente leciona Literatura e Língua Portuguesa.
Vânia acredita que existe uma grande necessidade das escritas afirmativas enquanto legitimação da fala de um grupo que algumas forças contrárias ocultam. Na sua vivência como poeta salienta que a partir do momento em que se atribuem nomes para formar grupos, há também interesses de grupos hegemônicos em rotulá-los para julgá-los e, por vezes, depreciá-los.
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CARTAS DOS LEITORES

Sobre o Humanitas de abril! Às vezes, para o presente ser limpo é preciso extirpar qualquer nódoa do passado. Ana Maria Leandro – Belo Horizonte/MG
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Um pequeno grande/jornal que não tem medo de divulgar a verdade. Carlos Campolinni – Lisboa - Portugal
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Belos poemas. Ótimos textos. Crônicas muito especiais. Muito bom! Vera Gomes – Olinda/PE
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Algum colunista poderia escrever algo sobre o que ocorreu de verdade na Guerra do Paraguai? Pedro Ricardo da Silva – Porto Alegre/RS
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Acho que está faltando no Humanitas um espaço para tratar de assuntos relacionados com a vida nos presídios brasileiros. Roberto Arruda Pessoa de Castro – Santos/SP
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Gosto do Humanitas, mas acho que deveria ter fotos coloridas para ilustrar os textos. Maria do Rosário da Silva – Olinda/PE

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