CARTAS DOS LEITORES
Um jornal especial que dá gosto de ler. Maria do Carmo Oliveira – Salvador/BA
***
A verdade que o HUMANITAS propaga vem
do sangue pernambucano. João Marcus –
Recife/PE
***
Uma sugestão: cinema. Falem algo sobre filmes
antigos. Maria Clara Arcanjo – Olinda/PE
***
O HUMANITAS representa uma resistência em tempos em que muitos
confundem o ser politicamente correto
com o ser conveniente omisso. Perimar
Moura – Ilhéus/BA
.......................................
Imprevisto
Rafael Rocha – Recife/PE
Do livro Meio
a Meio/1981
Veio o amor como uma roupa nova
Que posta à prova
Viu-se maior que meu esqueleto
Veio o amor como um sapato novo
Que depois de calçado
Sobrava espaço a mais dedos
Enviei tudo para conserto às pressas
Às pressas, pois necessitava pôr-me
Em plenas vestes novas
Esqueci nessa prontidão
Que nunca fui sapateiro
E muito menos alfaiate
..................................................
O
poema que não fiz
Valdeci
Ferraz
Caruaru/PE
O
poema que não fiz andou me cutucando,
Ameaçou paralisar o tempo
Para que as flores não brotassem,
Espalhou tachinhas no leito
Para atiçar um sentimento adormecido.
Pela manhã tingiu o céu com uma cor cinzenta
E inspirou um canário sonolento.
Ameaçou paralisar o tempo
Para que as flores não brotassem,
Espalhou tachinhas no leito
Para atiçar um sentimento adormecido.
Pela manhã tingiu o céu com uma cor cinzenta
E inspirou um canário sonolento.
O poema que não fiz se
fez surdo
Para não me deixar ouvir um pranto,
E envolveu minhas lembranças
Com uma fita de saudade,
Na intenção de provocar meu verso.
Como um menino mau
Escondeu todas as minhas rimas
Para não me deixar ouvir um pranto,
E envolveu minhas lembranças
Com uma fita de saudade,
Na intenção de provocar meu verso.
Como um menino mau
Escondeu todas as minhas rimas
Por fim sentou-se à
janela de minh’alma
E se banhou na primeira lágrima que surgiu
Ouvi a sua risada rasgar a noite
E vi algumas mulheres na sua companhia
Cada uma levando consigo pedaços do meu tempo.
E se banhou na primeira lágrima que surgiu
Ouvi a sua risada rasgar a noite
E vi algumas mulheres na sua companhia
Cada uma levando consigo pedaços do meu tempo.
.........................................
Ilusões
passadas
Antonio
Carlos Gomes
Guarujá/SP
Ouço o mar
Ao longe
Cantando na enseada
Murmúrio
Lânguido
Dor do adeus
À amada.
Ouço o vento
Soprando
No nunca esquecer.
São poeiras de sonho
Jamais do viver.
Ouço a vida
Dançando,
É descompensada:
Sempre dança assim
Enfastiada
Nas isoladas
Ruas das madrugadas.
E tudo se perde
Em cinzas...
Ilusões passadas...
......................................
“Construí amigos, enfrentei derrotas, venci obstáculos, bati na porta
da vida e disse: Não tenho medo de vivê-la”. Augusto Cury
.......................................
POETA DO MÊS DE NOVEMBRO
Micheliny Verunschk mora
em São Paulo /SP.
É poeta e escritora.
Escreveu Geografia Íntima do
Deserto, O Observador e
o Nada e A Cartografia da Noite.
o Nada e A Cartografia da Noite.
Nenhum comentário:
Postar um comentário