Machistas, fascistas, evangélicos e
reacionários reclamam do Enem 2015
“Ninguém
nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico
define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da
civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado
que qualificam de feminino”. Simone
de Beauvoir visitou a juventude brasileira, desta vez nas provas do Enem 2015,
com uma questão retirada do seu livro “O
Segundo Sexo”, colocando em xeque a ideologia machista que ainda
persiste no país.
Os conservadores e os que não têm
embasamento histórico criticaram tanto o uso dessa questão como as abordagens
referentes ao educador Paulo Freire e ao filósofo marxista Slavoj Zizek,
esquecendo-se de falar sobre filósofos de direita que também foram abordados
nas questões da prova, como David Hume e São
Tomas de Aquino
Os reacionários vomitaram
besteiradas. E no segundo dia de prova em vez de vômitos tiveram de cagar
imbecilidades ao tomarem conhecimento do tema da redação “A persistência da violência
contra a mulher na sociedade brasileira”.
Até dentro do Congresso Nacional
vieram as caganeiras nas pessoas dos deputados Jair Bolsonaro e Marcos
Feliciano, os quais declararam que o Enem 2015 foi uma “doutrinação ideológica do
governo Dilma Rousseff”.
Doutrinação
ideológica? E aqueles que andam com uma bíblia debaixo do braço visitando as
pessoas porta a porta não fazem doutrinação ideológica?
O que será que tais reacionários
entendem como doutrinação?
Valeu para as mulheres! Valeu para as
feministas! Vale nota zero para quem não se posicionou corretamente dentro do
tema da redação, que teve a ousadia de avaliar questões de desigualdade de
gênero.
Sim! Muita gente substituiu o
machismo pela nota zero na prova do Enem deste ano.
A direita reacionária do Brasil quer
porque quer que as escolas e as faculdades (públicas ou particulares) funcionem
de tal forma que possam manter no auge a ignorância dos estudantes brasileiros,
censurando tudo que diga respeito às questões de gênero, ao racismo, à
comunidade LGBT e outros segmentos minoritários.
A crítica dos reacionários ao Enem
2015 chega a ser infantil de tão pobre, por desconhecimento total da História da
Humanidade.
Essa ignorância intelectual envolve
uma grande parte da sociedade brasileira, tudo isso fruto de um ódio exacerbado
alimentado pela oposição retrógada e pela Grande Mídia ao Partido dos
Trabalhadores, bem como pela falta total de visão social.
As reclamações contra o tema
feminismo, no Enem 2015, mostram o machismo e a falta de leitura de uma parte
da juventude e de grande parcela da sociedade de nosso país.
Falou muito bem a presidente Dilma
Roussef quando se manifestou favorável às questões postas na prova do Enem,
realizadas entre os dias 24 e 25 de outubro: “A sociedade brasileira precisa
combater a violência contra a mulher”.
Veja o que o professor
Thomas Henrique de Toledo escreveu em seu blog na internet, visando os fascistas
e fundamentalistas que estão a reclamar da presença de Simone de Beauvoir na
prova do Enem deste ano:
“Ninguém
nasce homem, torna-se homem. Para ser homem, é preciso respeitar a mulher e
reconhecer seus direitos e aspirações na sociedade moderna. Foi isso que as
feministas vieram ensinar aos homens que se acostumaram a pisar nas mulheres
por causa dos valores anacrônicos do patriarcado que vocês (fascistas e evangélicos
fundamentalistas) tentam promover”.
Estou de acordo! Parabéns ao MEC!
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