CARTAS DOS LEITORES
"Religiosos" não passam
de cafetões da fé. Se Deus existisse esses hipócritas, exploradores,
alienadores seriam dizimados, e não arrecadadores de DÍZIMOS dos pobres e
inocentes fiéis. Antonio Moraes –
São Paulo/SP
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Bom saber que existe uma
publicação que gosta de falar a verdade que a Grande Mídia não mostra – Carlos Ezequiel Lima – Niterói/RJ
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Acompanho daqui do Rio o esforço
do jornalista Rafael Rocha para que o Humanitas
não pereça devido ao rolo compressor a que pode ser submetido por querer
mostrar a verdade ao mundo. Jorge
Oliveira de Almeida – Rio de Janeiro/RJ
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POETA DO MÊS
Talis Andrade é pernambucano da cidade de Limoeiro. Poeta,
jornalista e professor. Mora no Recife. Foi diretor de redação em diversos
jornais pernambucanos e professor dos cursos de Jornalismo e Relações Publicas
da Universidade Católica de Pernambuco. É autor dos livros Esquife Encarnado (1957), Poemas (1975), Cantiga para um Ícone Dourado (1977), O Tocador de Realejo (1979), O Sonhador
Adormecido, Vinho Encantado (2004), Os
Herdeiros da Rosa, Os Sertões de Dentro e de Fora, Romance do Emparedado
(2007), Os Cavalos da Miragem, A Partilha
do Corpo (2008) e O Enforcado da
Rainha (2011)
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O poeta e o vinho
Rafael Rocha
– Recife/PE
Do livro Meio a
Meio/1981
É
uma coisa bem própria dos poetas
O
beber vinho amargo como a vida
E
amar a própria vida como um vinho
Na
amplidão de todas as mulheres
É
uma coisa muito própria dos poetas
Perder
as forças em todo amanhecer
Ouvir
o silêncio precisando de escuta
Ao
sabor do sangue de uvas entre os lábios
Beber
a vida é coisa própria de poetas
Escutar
pela saliva um aroma puro
De
noites amplas onde o vinho é uma música
Que
torna um instante de hoje em dois instantes
O
poeta é um bêbado que sorve o hoje
Não
discute os problemas do amanhã
É
uma estrela mergulhada em um cálice
Que
a morte beberá após a vida
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Verso que sente
Koló Farias Eduão
Irecê/BA
Eu sou a vida na
estrada
e sou a estrada na vida
eu sou a vida e mais nada
na faca que fere a ferida.
e sou a estrada na vida
eu sou a vida e mais nada
na faca que fere a ferida.
Sou a linha do
horizonte
nas cores daquele arrebol
sou a luz detrás dos montes
e nas noites eu sou o farol.
nas cores daquele arrebol
sou a luz detrás dos montes
e nas noites eu sou o farol.
Sou sombra pro teu
descanso
e o balanço está na rede
se o rio tranquilo é remanso
e o sertão com tanta sede.
e o balanço está na rede
se o rio tranquilo é remanso
e o sertão com tanta sede.
A história à minha
frente
para outro tempo contar
no conto o meu verso sente
e se sente então vou rimar.
para outro tempo contar
no conto o meu verso sente
e se sente então vou rimar.
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Absinto
Antonio Carlos Gomes
Guarujá/SP
Nunca tente forçar a
utopia.
Não queiras que
habite a terra.
Pois,
Ficarás louco como os
poetas
Aturdidos pelo ocaso.
Deixe que ela viva ao
acaso
Das passagens
ligeiras no planeta.
Beba!
Beba aguardente em
sua companhia
Ficarás louco como
ela
E poderás
conversar...
Na linguagem do
traçado
estarás com ela,
Verás que estás
certo,
(-Todos te acharão
errado.)
De longe
Verás pessoas
trombando
Achando que é amor...
Cegos!
O amor apenas existe
Num trago de absinto
Acompanhado da utopia.
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