EDITORIAL
Crítica religiosa não é intolerância
religiosa
O
Brasil é um Estado Laico tal como determina a sua Constituição.
De acordo com
nossa Carta Magna, a religião e a crença de um ser humano não devem ser
barreiras às relações humanas.
Todos devem ser
respeitados e tratados de maneira igual perante a lei, independente da
orientação religiosa.
Importante
observar que a crítica religiosa não é igual à intolerância religiosa.
Este Humanitas faz crítica religiosa,
pois os direitos de criticar dogmas e encaminhamentos de uma religião são
assegurados pelas liberdades de opinião e expressão.
A intolerância
não é crítica religiosa. É uma atitude ofensiva. Em casos extremos e radicais é
uma perseguição. É um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade dos
seres humanos.
A intolerância
é marca registrada dos crentes radicais de quaisquer religiões.
É de extrema
gravidade, pois costuma se caracterizar pela ofensa, discriminação e até mesmo por
atos que atentam contra a vida de um determinado grupo que tem em comum certas
crenças.
Criticar uma
religião não é ser intolerante. A crítica, bem definida e seguida por este Humanitas é e será feita de modo
que não haja desrespeito e ódio a nenhum grupo religioso.
Criticar é um
exercício de debate democrático que deve ser exercido e respeitado.
Criticamos as
religiões e seus dogmas, mas também condenamos os atos de vandalismo contra os
símbolos religiosos, como anda ocorrendo em ações coordenadas por grupos
cristãos radicais que atingem e destroem patrimônios das religiões
afro-brasileiras.
Os inúmeros ataques
às comunidades religiosas de matriz africana no Brasil são criminosos e
devem ser julgados como caso de polícia. São contraditórios com a pregação
do amor ao próximo e a busca pela paz.
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A glória e o poder do nosso sol
Texto do professor Msc Thomas Henrique
de Toledo Stella - São Paulo/SP
Nosso
Sol tem 4,5 bilhões de anos e provavelmente viverá mais 4,5 bilhões de anos,
quando se transformará numa gigante vermelha e em seu processo de expansão,
consumirá Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Depois ele começará a contrair-se e
tornar-se-á uma estrela anã branca pelos próximos bilhões de anos.
Por
mais que o sol seja 333 mil vezes maior que a Terra, ele é uma estrela de 5ª
grandeza, pois existem no universo outros sóis milhares ou mesmo milhões de
vezes maior que ele.
Tais
sóis, devido à sua massa e tamanho, são capazes de gerar reações no interior de
seu núcleo de modo que quando chegar ao seu ponto máximo, eles se explodirão
numa super-nova e converter-se-ão em um buraco negro, capaz de engolir toda luz
ao redor em seu horizonte de eventos que hoje a física não é capaz de explicar.
No
centro de nossa galáxia, onde orbita nosso sistema solar, está um buraco negro
que os maias chamavam de Hunab Ku.
Em
nosso sistema solar o Sol reina como o senhor soberano e em seu processo de
fusão nuclear cria a energia que regenera e alimenta todos os seres vivos de
nosso planeta.
Se
existe um Deus que todos vemos e que podemos afirmar com precisão científica
que todos somos filhos, seu nome é Sol ou Kinish Ahau para os maias, Rá para os
egípcios, Apolo para os gregos, Helius para os romanos, Inti para os incas e
tantos outros nomes.
Se
o Sol é nosso pai, a Terra é nossa mãe, pois todos fomos gestados em seu ventre
e nos nutrimos daquilo que nela é gerado.
Eis
o resumo do paganismo universal: somos filhos do Sol e da Terra, com as bênçãos
da Lua, permeados pelos mais belos mitos que ensaiam dramas psicológicos
profundos, capazes de explicar a razão de nossa existência pela riqueza
literária.
Enquanto
as religiões dogmáticas ficam brigando com a ciência por doutrinas, com o
paganismo tudo é fácil e visível.
Basta
agradecer, honrar e respeitar os astros e nosso planeta, reconhecendo-se como
filho do Cosmos. Já pensaram que ética maravilhosa deriva disto?
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