Legítima defesa
Especial para o Humanitas
Ivani Medina
é artista plástico e pesquisador autodidata. Mora no Rio de Janeiro/RJ
O islamismo
mudou muito de atitude no mundo inteiro, e só não vê quem não quer.
Aqui no Brasil, já não pode ser visto como a religião do
comerciante libanês, gente boa que se dava com todos na rua do seu comércio.
A crença daquele senhor afável que almoçava e jogava
cartas com outros comerciantes judeus, enquanto outros da mesma origem se
matavam no Oriente Médio.
Tudo mudou porque o mundo mudou e muitos comerciantes
daquelas ruas de comércio popular, hoje, são coreanos. Mas os coreanos nada têm
a ver com isso.
Há anos, refugiados das guerras do Oriente Médio correm
pra cá em busca de vida melhor.
Não sei se a minha opinião a esse respeito é estritamente
pessoal, no entanto, recebê-los bem, mesmo com as dificuldades de emprego para
o próprio brasileiro, me parece quase uma tradição em nossos costumes.
O Brasil é jovem e sabe que foi construído assim, por
estrangeiros. Não há de haver um único brasileiro que não os carregue no sangue
e, em muitos casos, na consciência.
Farei uma comparação bem simples para mostrar a minha
opinião a respeito de uma questão aparentemente complicada e verdadeiramente
rumorosa: muitas vezes nos surpreendemos com alguém com quem nos dávamos bem,
mas que, por circunstâncias alheias à nossa vontade, mostrou-se mais tarde bem
diferente daquela pessoa que imaginávamos.
Onde estava o problema? Com aquela pessoa ou com a nossa
imaginação? Ao comentarmos essa experiência com outro alguém, podemos ouvir o
seguinte do confidente:
- Ora, fulano sempre foi assim. Desde criança.
Mas nós não sabíamos. Até aquele momento, fato novo algum
havia sugerido mudança em nossa opinião. O nosso modo de ver os demais com
simpatia nos habituou assim. A tal pessoa se assemelhava em nossa imaginação a
tantas outras comuns por aqui. Por isso, nem nos demos conta do indevido
apreço.
Contudo, não se trata de uma pessoa a protagonizar esse
exemplo, mas a religião do simpático
comerciante libanês que também nos parecia simpática por causa dele. O nosso
desconhecimento a respeito dela pegou-nos desprevenidos. O fato novo foi que
essa religião surpreendeu
negativamente o mundo inteiro que a imaginava outra pessoa.
Hoje sabemos quem ela é, mas ela não quer que a vejamos
assim. Insiste para que a contemplemos com o nosso olhar antigo, dos olhos da
imaginação. Senão é preconceito da nossa parte. Acontece que nesse contexto,
preconceito é um conceito que não se renova, e, renovação, é justamente o que
acaba de acontecer.
O libanês gente boa e o sírio gente boa etc, continuarão
assim. A criatura humana, no fundo, é uma só. O problema é a cultura que eles
abraçaram, pois esta não se renova como os conceitos e nem permite que se
cogite em seu seio o termo renovação.
E, ideologicamente, o
islã não é um abraço de vida, mas um abraço de morte. Basta ler o Alcorão para
saber disso, além de acompanhar o noticiário internacional. Enquanto nós temos
pelo que viver, os muçulmanos têm pelo que morrer.
Que o islamismo seja mantido sob contenção. Nem que seja
intelectual. Essa cultura jamais teve a intenção de se fundir às nossas
sociedades ou a quaisquer outras. A fusão é ideia fundamental em um país feito
por estrangeiros.
Queremos gente que nos acrescente, não que nos amordace.
O islã não é uma simples religião como as muitas que conhecemos aqui e atendem
a diferentes costumes. Sua intenção é islamizar, isto é, impor ao mundo as suas
leis e costumes medievais em detrimento dos costumes e crenças há muito
estabelecidos nas terras de outrem.
O comportamento intencional dessa crença política se
compara ao de alguém que se hospedasse em sua casa e lhe dissesse:
- Olha só, achei o meu quarto muito pequeno. A comida
também não é boa. Quer saber? Também não gosto do jeito como você conduz a sua
família. Em breve as coisas vão mudar muito por aqui. Ah, se vão! Pode apostar!
A Arábia Saudita, inventora do islã, não recebeu
refugiados da guerra da Síria e do Iraque ou capitaneou um plano de ajuda
substancial, inclusive para o fim do conflito e para zerar o sofrimento daquela
gente.
Porém, se ofereceu para construir centenas de mesquitas
na Europa. Qual é? Enquanto esse estado líder muçulmano diz para a mídia internacional
que combate o terrorismo, juntamente com a Turquia, apoia substancialmente por
baixo do pano o maldito e carniceiro Estado Islâmico. São somente hipócritas?
Claro que não.
Essa pessoa
arrogante, hipócrita, perversa etc, que ainda se faz de boazinha e vítima do
mundo ocidental, pode se fazer conhecida aqui no Brasil do futuro próximo, caso
não se acorde para tamanha e aberrante realidade. Difundir as manhas desse
perigo à consciência nacional, não é discurso de ódio, é legítima defesa.
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