terça-feira, 27 de setembro de 2016

HUMANITAS Nº 52 – OUTUBRO 2016 – PÁGINA 2

EDITORIAL
Hábito de ler e a criança

Um fato lamentável que constatamos nos dias atuais é que a falta de leitura está fazendo o ser humano retornar à barbárie. Sim, porque a sociedade que não gosta de ler torna-se empobrecida mentalmente. O empobrecimento mental será uma catástrofe para o mundo civilizado.
Os livros são os instrumentos capazes de fornecer o saber e, quando não lemos, perdemos o sentido da imaginação e da verdade.
Quando se imaginava que a civilização, nesta era tecnológica, aliando-se à ciência, pudesse ir além, observamos um retrocesso mental, e o povo, principalmente os jovens, contentando-se apenas com o que é exposto através de imagens, pela TV e/ou Internet.
Já dizia o educador Paulo Freyre que “um povo consciente de sua história a partir da leitura, mais facilmente percebe as dificuldades socioeconômicas e culturais da realidade, tornando-se mais apto para o enfrentamento e a libertação”
Infelizmente, o hábito de ler nunca foi estimulado no Brasil. Desde a época da colônia somente a elite tinha acesso aos livros, sendo que até hoje as famílias brasileiras não cultivam o hábito. Na verdade, livros só servem para decorar estantes. 
É necessário que a leitura esteja presente nas vidas dos seres humanos. Ler é um instrumento de conquista da liberdade porque amplia a visão de mundo, traz a transformação, a compreensão do cotidiano e retira o ser humano da alienação.
E mais: neste mês em que se festeja a passagem de mais um Dia da Criança, estamos aqui a postos para lembrar que não há futuro num presente que não se constrói.
E tal como salientou o educador Paulo Freire, “a criança não pode ser esperança, algo que se espera”. A criança é SER DO HOJE, do agora.
Por que então uma instituição midiática é que tem de levar adiante o processo de esperançar a criança? Apenas para conseguir se alavancar a si mesma, utilizando a seu favor um poderoso marketing e fazendo um circo para angariar mais e mais recursos financeiros?
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O socialismo enriquece a Humanidade - Vladimir Lênin

Os capitalistas chamam “liberdade” a dos ricos de enriquecer, e a dos operários para morrer de fome; e liberdade de imprensa “a compra dela pelos ricos”, servindo-se da riqueza para fabricar e falsificar a opinião pública, provando que uma mentira repetida muitas vezes se torna uma grande verdade.
É preciso sonhar, com a condição de crer em nosso sonho, de observar com atenção a vida real, de confrontar a observação com o nosso sonho, de realizar escrupulosamente nossas fantasias.
Na luta pelo poder, o proletariado tem como única arma a organização. As ideias são mais letais do que armas. As revoluções são as festas dos oprimidos e dos explorados.
Toda instituição tem sua estrutura natural determinada pelo conteúdo de sua ação. A revolução começa em casa e o marxismo é onipotente porque é verdade.
O Imperialismo surgiu como desenvolvimento e continuação direta das propriedades fundamentais do Capitalismo. Por outro lado, você se torna um socialista quando enriquece sua mente com todos os tesouros criados pela Humanidade.
Poderá uma nação que oprime outras nações ser livre? Não, não poderá.
Se o Socialismo somente pode ser realizado quando o desenvolvimento intelectual de todos os povos o permitir, não veremos o Socialismo no mundo, pelo menos, por uns quinhentos anos.
E democracia (sejamos claros) é uma forma de Governo em que a cada quatro anos muda-se apenas o tirano que está no poder.
Karl Marx concebeu o movimento social como um processo regido por leis que não são independentes da vontade, da consciência e da intenção dos homens, mas que determinam sua vontade, sua consciência e suas intenções.
Quem ignora que, ao examinar qualquer fenômeno social no processo de seu desenvolvimento, sempre se encontrarão nele vestígios do passado, bases do presente e sementes do futuro?
Em política, os homens sempre foram vítimas ingênuas do engano dos outros e do próprio, e continuarão a sê-los, enquanto não aprenderem a descobrir por trás de todas as frases, declarações e promessas morais, religiosas, políticas e sociais os interesses de uma ou de outra classe.

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