sábado, 30 de junho de 2018

HUMANITAS Nº 73 – JULHO DE 2018 – PÁGINA 2

EDITORIAL
Luta contra o fascismo

Estamos vivendo uma nova época.
Dentro dessa nova época vemos renascer o perigo fascista, trazendo consigo a intolerância, o racismo, o ódio, os preconceitos, a violência, a homofobia, o caos e seus afins.
As elites e os partidos de direita, incapazes de impor derrotas eleitorais à esquerda golpeiam a democracia e entram em aliança com os doutrinatários do fascismo, utilizando todas as ações descritas acima como ferramenta de hegemonia.
No Brasil atual existe um fascismo disfarçado de democracia. Os direitos sociais estão sendo sabotados pelo Executivo e pelo Legislativo, recebendo apoio do Judiciário e também da Grande Mídia.
Isso faz parte da ideologia fascista.
E muitos de seus apoiadores aqui em nosso país são governantes, ministros, senadores, deputados, jornalistas, e, ainda, professores e juizes de direito.
Devemos ter muito cuidado.
O fascismo é o cultivo político dos piores sentimentos irracionais do homem: o ressentimento, o ódio, a xenofobia, o desejo de poder e o medo.
A luta humanista tem de aumentar a luz de seu farol sobre homens e mulheres.
Os fascistas se disfarçam como donos da verdade e se posicionam lado a lado com as armas da morte, lado a lado com as religiões organizadas, lado a lado com a mentira e com a opressão.
Eles seguem uma perigosa cartilha de manipulação. A cartilha do assassino Joseph Goebbels que dizia: “Uma mentira repetida mil vezes acaba por se tornar uma verdade”.
Os humanistas têm a obrigação de divulgar as verdades e reforçar a luta humana contra essa ideologia nociva, fugindo a todo custo do poder, pois acreditamos que quando o homem persegue o poder, perde a visão de humanismo.
Jamais esqueçamos nosso lema: “nada acima do homem e nenhum homem abaixo de outro”.

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Stephen Hawking: um exemplo de superação

Décio Schroeter – Porto Alegre/RS

Imagine a seguinte situação: você está preso a uma cadeira de rodas e a única coisa que pode fazer para se comunicar com o mundo é mover a bochecha. Assim viveu o cientista mais famoso da atualidade.
O físico inglês Stephen Hawking, como genial pesquisador, conseguia lecionar, escrever livros e calcular a densidade de buracos negros, tudo graças a um sintetizador de voz computadorizado, que interpreta pequenos movimentos dos músculos de sua bochecha, que ele usava até para falar.
O ritmo médio desse processo penoso de escolha de letras é de, aproximadamente, uma palavra por minuto.
E, no entanto, esse ser quase inerte pensava, decifrava complexas equações físicas e formulava teorias sobre a origem do universo.
Contra as previsões médicas, ele se manteve lúcido e produtivo. Sua breve história é, na verdade uma longa e extraordinária história de superação, desafio e otimismo sobre a condição humana.
Stephen Hawking nasceu em 8 de janeiro de 1942, 300 anos após a morte de Galileu, e morreu em 14 de março de 2018 no mesmo dia do nascimento de Albert Einstein
Ele mesmo nos define como “uma mera coleção de partículas fundamentais da Natureza”, mas lembra que temos o poder de buscar sentido para tudo o que existe.
Hawking, ao falar sobre sua vida, refletiu que é um “tempo glorioso para se estar vivo”, e afirmou estar feliz de ter feito uma “pequena contribuição” para o entendimento do universo.
Impulsionados pela curiosidade, adquirimos compreensão melhor do universo, domesticamos animais, atravessamos oceanos, inventamos a roda, edificamos cidades e construímos equipamentos impensáveis, que nos permitem dar a volta ao mundo em minutos.
“Sejam curiosos!”, recomendava o homem que precisava de dois minutos inteiros para dizer isso.
É tempo suficiente para relatar um acontecimento, contar um causo, escrever uma mensagem de amor.
Confio que os crentes no seu criador e na crença mística, que sempre sabem tudo do mundo, não leiam apenas lendas, mitos e “milagres”, mas leiam também assuntos que nos trazem mais provas do nascimento do Universo e usufruam o paraíso que está vivo e presente aqui na Terra.

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