NOSSOS ANCESTRAIS MERECEM RESPEITO
Rafael Rocha é jornalista e editor geral
deste Humanitas. Atua no Recife/PE
Muito pouco se fala dos nossos
ancestrais no Brasil.
De nossa
descendência ligada aos indígenas, europeus, africanos, asiáticos etc.
Na verdade, não
sabemos nada sobre nossos antepassados.
De quem viemos?
Qual a real origem de nossa descendência?
O brasileiro
vive mergulhado numa total falta de conhecimentos. Essa ignorância sobre si
mesmo e sobre seus ramos familiares está expressa na política criada pelos
donos do poder e na qual somos obrigados a viver.
Uma política
onde a deseducação é preponderante e faz o seu trabalho, com apoio do Governo,
do Parlamento e ainda mais de todos aqueles que têm responsabilidade de fugir
do lugar comum da “história oficial”
e levar o mais real conhecimento aos jovens desde a mais tenra idade.
É bom lembrar
que na Roma Antiga o culto familiar e o culto público também estavam ligados à
religião. A família romana cultuava seus antepassados. Todos os bens da família e todos os alimentos
estavam sob a guarda de deuses especiais, os Penates.
Esses deuses
eram cultuados junto ao fogo sagrado que permanecia sempre aceso. Nos túmulos
dos seus mortos os antigos romanos colocavam alimentos.
Na Roma Antiga,
antes do surgimento e crescimento do cristianismo, as pessoas seguiam o
politeísmo, ou seja, acreditavam em vários deuses. Estes, apesar de serem
considerados imortais, possuíam comportamentos e atitudes semelhantes aos dos
seres humanos.
Eles também
cultuavam os deuses Lares. Um
grupo de deuses que cuidava das casas e das encruzilhadas.
A família fazia
oferendas a esses deuses em ocasiões importantes, como casamentos, nascimentos
e enterros, uma vez que eles eram representações dos antepassados.
É bom lembrar
que o que nós somos hoje é porque outros foram antes de nós.
O primeiro
capítulo da história da nossa vida não foi escrito por nós, mas pelos nossos
ancestrais.
Poucos por este
imenso Brasil, sabem da sua herança ancestral. Ninguém imagina que poderá ser
apenas um item da página de um livro deixado de ler, porque não buscou
conhecimentos para saber de onde veio e quais pessoas lutaram tanto neste mundo
para que a vida tivesse continuidade.
Devemos pensar
mais detidamente em quem nos fez e desde quando fomos feitos, ainda que não
possamos conhecer mais as suas pessoas, já que a passagem do tempo fez seu
trabalho. Porém, nós estamos aqui por obra e graça de uma determinada linha de
DNA, que determina quem somos e de quem viemos.
Vejam como é
interessante a quantidade dos nossos antepassados: Dois pais, dois avós, oito
bisavós, dezesseis trisavós.
E mais:
32 Tetravós; 64
Pentavós; 128 Hexavós; 256 Heptavós; 512 Octavós; 1024 Eneavós; 2048 Decavós.
Um total de
onze gerações e, contando em miúdos, 2.048 ancestrais!
Isso sem contar
os tios e as tias!
E tudo cerca de
300 anos antes de nascermos!
De onde vieram?
Nós só
existimos graças ao que cada um deles viveu e passou por este mundo.
Curvemos-nos!
Muitos
brasileiros nos dias de hoje acham que não vale a pena voltar tão longe no
tempo para estudar nossa herança familiar.
Acreditam que
por estarem a viver em um mundo repleto de alta tecnologia, seus ancestrais não
têm nada a oferecer de importante em termos de conhecimentos.
Como bem disse Mariano José Pereira da Fonseca, mais conhecido como Marquês de
Maricá:
“Condenamos por ignorantes as gerações
passadas, e a mesma sentença nos espera nas gerações futuras”.
Vamos
reverenciar nossos ancestrais e mostrar gratidão e respeito a todos!
Sem eles não
teríamos a felicidade e o prazer de saber/conhecer o que é a "Vida"!
Nenhum comentário:
Postar um comentário