terça-feira, 2 de outubro de 2018

HUMANITAS Nº 76– OUTUBRO DE 2018 – PÁGINA SEIS

NOSSOS ANCESTRAIS MERECEM RESPEITO
Rafael Rocha é jornalista e editor geral deste Humanitas. Atua no Recife/PE

Muito pouco se fala dos nossos ancestrais no Brasil.
De nossa descendência ligada aos indígenas, europeus, africanos, asiáticos etc.
Na verdade, não sabemos nada sobre nossos antepassados.
De quem viemos? Qual a real origem de nossa descendência?
O brasileiro vive mergulhado numa total falta de conhecimentos. Essa ignorância sobre si mesmo e sobre seus ramos familiares está expressa na política criada pelos donos do poder e na qual somos obrigados a viver.
Uma política onde a deseducação é preponderante e faz o seu trabalho, com apoio do Governo, do Parlamento e ainda mais de todos aqueles que têm responsabilidade de fugir do lugar comum da “história oficial” e levar o mais real conhecimento aos jovens desde a mais tenra idade.
É bom lembrar que na Roma Antiga o culto familiar e o culto público também estavam ligados à religião. A família romana cultuava seus antepassados.  Todos os bens da família e todos os alimentos estavam sob a guarda de deuses especiais, os Penates.
Esses deuses eram cultuados junto ao fogo sagrado que permanecia sempre aceso. Nos túmulos dos seus mortos os antigos romanos colocavam alimentos.
Na Roma Antiga, antes do surgimento e crescimento do cristianismo, as pessoas seguiam o politeísmo, ou seja, acreditavam em vários deuses. Estes, apesar de serem considerados imortais, possuíam comportamentos e atitudes semelhantes aos dos seres humanos.
Eles também cultuavam os deuses Lares. Um grupo de deuses que cuidava das casas e das encruzilhadas.
A família fazia oferendas a esses deuses em ocasiões importantes, como casamentos, nascimentos e enterros, uma vez que eles eram representações dos antepassados.
É bom lembrar que o que nós somos hoje é porque outros foram antes de nós.
O primeiro capítulo da história da nossa vida não foi escrito por nós, mas pelos nossos ancestrais.
Poucos por este imenso Brasil, sabem da sua herança ancestral. Ninguém imagina que poderá ser apenas um item da página de um livro deixado de ler, porque não buscou conhecimentos para saber de onde veio e quais pessoas lutaram tanto neste mundo para que a vida tivesse continuidade.
Devemos pensar mais detidamente em quem nos fez e desde quando fomos feitos, ainda que não possamos conhecer mais as suas pessoas, já que a passagem do tempo fez seu trabalho. Porém, nós estamos aqui por obra e graça de uma determinada linha de DNA, que determina quem somos e de quem viemos.
Vejam como é interessante a quantidade dos nossos antepassados: Dois pais, dois avós, oito bisavós, dezesseis trisavós.
E mais:
32 Tetravós; 64 Pentavós; 128 Hexavós; 256 Heptavós; 512 Octavós; 1024 Eneavós; 2048 Decavós.
Um total de onze gerações e, contando em miúdos, 2.048 ancestrais!
Isso sem contar os tios e as tias!
E tudo cerca de 300 anos antes de nascermos!
De onde vieram?
Nós só existimos graças ao que cada um deles viveu e passou por este mundo. Curvemos-nos!
Muitos brasileiros nos dias de hoje acham que não vale a pena voltar tão longe no tempo para estudar nossa herança familiar.
Acreditam que por estarem a viver em um mundo repleto de alta tecnologia, seus ancestrais não têm nada a oferecer de importante em termos de conhecimentos.
Como bem disse Mariano José Pereira da Fonseca, mais conhecido como Marquês de Maricá:
“Condenamos por ignorantes as gerações passadas, e a mesma sentença nos espera nas gerações futuras”.
Vamos reverenciar nossos ancestrais e mostrar gratidão e respeito a todos!
Sem eles não teríamos a felicidade e o prazer de saber/conhecer o que é a "Vida"!

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