EDITORIAL
Falta de
leitura
Fato
lamentável nos dias de hoje é que a falta de leitura adequada está fazendo o
ser humano retornar à barbárie. A sociedade que não gosta de ler torna-se pobre
mentalmente. O empobrecimento mental será uma catástrofe para o mundo
civilizado.
Os livros
são os instrumentos capazes de fornecer o saber e, quando não lemos, perdemos o
sentido da imaginação e da verdade.
Quando se
imaginava que a civilização, nesta era tecnológica, aliando-se à ciência,
pudesse ir além, observamos um retrocesso mental, e o povo, principalmente os
jovens, contentando-se apenas com o que é exposto através de imagens, pela TV
e/ou Internet, ou lendo apenas um livro fantasioso chamado de bíblia.
Já dizia o
educador Paulo Freyre que um povo
consciente de sua história a partir da leitura, mais facilmente percebe as
dificuldades socioeconômicas e culturais da realidade, tornando-se mais apto para
o enfrentamento e a libertação.
Infelizmente, o hábito de ler nunca foi
estimulado no Brasil. Desde a época da colônia somente a elite tinha acesso aos
livros, sendo que até hoje as famílias brasileiras não criaram o hábito. Na
verdade, livros só servem para decorar estantes.
Temos
de olhar para o céu e admirar as estrelas! Sentir a imensidão do universo e não
ter respostas para as perguntas tornou-se a maior dor do homem como animal
pensante.
Quem somos? De onde viemos? Essas perguntas nos trazem temor diante daquilo que a mente
não consegue compreender. Não temos respostas reais para elas. Nós sabemos que
a vida não tem sentido. Antes de nascer éramos Nada e para o Nada voltaremos.
Nossas relações com o meio ambiente e com os demais humanos é que oferecem
algum objetivo à existência, antes de alcançarmos esse Nada!
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O que é o livro Bíblia?
Colaboração de Décio Schroeter - Porto
Alegre/RS
A Bíblia “não é um livro científico”
(coisa que sempre suspeitei, desde que o li pela primeira vez). Mas o que é
mesmo? Um conto de fadas que começa com uma cobra falante e termina com um
dragão de sete cabeças? Um tratado de pseudo-verdades? Um livro de “auto-ajuda”
para quem levou lavagem cerebral desde a infância? Pseudo-Ciência? Astrologia
religiosa? Um código-legal ultrapassado? Um código-penal ultrapassado, mesmo
para as punições temporais na sociedade de hoje? (que dirá na eternidade!) Um
código de ética para o homem de Neantherthal?
A autobiografia de um Senhor “Javé” cruel, vingativo,
sedento de sangue, malévolo, injusto, caprichoso, com ciúme paranoico de outros
deuses rivais, bipolar, desajustado, psicopata, telepata, controlador
mesquinho, milagreiro, egocêntrico, racista, genocida étnico, infanticida,
homofóbico, eugenista e narcisista, sadomasoquista, megalomaníaco atendedor de
preces? A autobiografia de um “deus” visivelmente
desequilibrado e com mania de perseguição?
A autobiografia de um “deus” que tem inimigos
comunistas e satanistas debaixo de sua própria cama? Já sei!! Um teste
psicotécnico!?... Não! Um aferidor da idiotice humana?!! Não!
Uma “pegadinha” de programa de televisão? Um livro de piadas de humor
negro?
Há quem leve esse livro a
sério?! Claro, eu acreditava nisso. Fui cristão durante 50 anos.
Um dos maiores problemas
na fé cristã é o fato de o crente não conhecer mitologia, a origem do
cristianismo primitivo, o deus da sua própria e das outras religiões. O cristão
tem pra si uma amostra grátis de um deus da fé encarnado que "disse" três ou quatro
frases interessantes sobre amor e perdão, nada que o Confucionismo ou o Taoísmo
já não tivesse dito séculos antes, e esquece todo o resto. E o resto, sendo a
descrição detalhada de um imaginário deus que, se existisse mesmo, seria um
monstro dos mais malignos que a mente humana já conseguiu criar.
Essa visão de muitos é de
que tudo o que é "bom"
na Bíblia vem de um deus e o que não é bom vem dos seres humanos que a
escreveram. É uma visão bem perigosa de se defender. De repente, esse deus é
mesmo um deus mau, assassino, que manda matar a três por quatro, manda
exterminar povos, que afoga toda humanidade num dia que acordou de mau humor,
um deus que preparou um Inferno, um deus que é mesquinho e injusto, exatamente
como está na Bíblia; e aquelas partes que a gente acha "legais", tipo amar o próximo, dar a outra face,
sejam justamente as partes inseridas sem a autorização divina.
A "Ilíada”
e a "Odisséia”, apesar de
relatarem histórias tão fantasiosas quando as da Bíblia, não são obras
consideradas como guias espirituais e morais ou mesmo como verdades absolutas.
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