quarta-feira, 2 de outubro de 2019

HUMANITAS Nº 88 – OUTUBRO DE 2019 – PÁGINA 8

A sensualidade artística do pintor Di Cavalcanti
Especial do Humanitas

Com um estilo artístico marcado pela influência do expressionismo, cubismo e dos muralistas mexicanos (Diego Rivera, por exemplo), o artista plástico Di Cavalcanti se tornou um marco na arte brasileira.
Suas abordagens estavam ligadas a temas típicos do Brasil como, por exemplo, o samba, mas o cenário geográfico brasileiro e suas figuras humanas e suas praias também foram bastante retratados pelo seu pincel.
Não deixaram de faltar os temas sociais, como festas populares, operários, favelas e protestos sociais. O artista gostava de abordar a sensualidade feminina brasileira e as suas obras possuíam sentimentos marcantes e expressivos nos personagens retratados.
Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti, nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 6 de setembro de 1897, e faleceu em 26 de outubro de 1976, na cidade do Rio de Janeiro.
No ano de 1917, faz a sua primeira exposição individual para a revista A Cigarra, seguindo-se, no ano de 1919, a ilustração do livro Carnaval, de Manuel Bandeira.
Na Semana de Arte Moderna de 1922 foi um dos participantes, expondo 11 obras de arte e elaborando a capa do catálogo.
Tornou-se correspondente do jornal Correio da Manhã, na cidade de Paris, no ano de 1923, retornando ao Brasil dois anos depois.
Em 1926, faz a ilustração da capa do livro O Losango de Cáqui, de Mário de Andrade e nesse mesmo ano participa como ilustrador e jornalista do jornal Diário da Noite.
Filiou-se ao Partido Comunista do Brasil, no ano de 1928, e em 1934 vai morar na cidade do Recife, em Pernambuco.
Volta a residir na Europa entre os anos de 1936 e 1940.
Em 1937, recebe medalha de ouro pela decoração do Pavilhão da Companhia Franco-Brasileira, e, em 1938, trabalha na rádio francesa Diffusion Française.
Faz uma exposição individual de retrospectiva no IAB de São Paulo, no ano de 1948, e em 1953 é premiado como melhor pintor nacional na II Bienal de São Paulo.
Publica um livro de memórias com o título de Viagem de minha vida, em 1955; e na Mostra de Arte Sacra na Itália, recebe, em 1956, o primeiro prêmio.

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