REFÚGIO POÉTICO – CARTAS DOS LEITORES
CHEGA DE SAUDADE
João
Gilberto
Vai minha tristeza
E diz a ela
Que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
Chega de saudade, a realidade é que sem ela
E diz a ela
Que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
Chega de saudade, a realidade é que sem ela
Não há paz, não há beleza, é só tristeza
E a melancolia que não sai de mim
Não sai de mim, não sai
Mas se ela voltar, se ela voltar
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca
E a melancolia que não sai de mim
Não sai de mim, não sai
Mas se ela voltar, se ela voltar
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca
Dentro dos meus braços
os abraços hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio
de viver longe de mim
Não quero mais esse negócio de você viver assim
Vamos deixar desse negócio de você viver sem mim
Não quero mais esse negócio de você viver assim
Não quero mais esse negócio de você viver assim
Vamos deixar desse negócio de você viver sem mim
Não quero mais esse negócio de você viver assim
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João Gilberto - foi um cantor, violonista e compositor
brasileiro. Considerado um artista genial por musicólogos e jornalistas
especializados, revolucionou a música brasileira ao criar uma nova batida de
violão com influências do jazz para tocar samba: a "bossa nova"
Nasceu em Juazeiro/BA em 10 de junho de 1931 e faleceu no Rio de Janeiro, em 6
de julho de 2019.
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GOSTO PARNASIANO
Gastão
Torres
Agosto, mês das árvores despidas;
Os ventos, entre as moitas eriçadas,
Revelam um clamor de suicidas
E a contrição das almas condenadas.
Um funeral de folhas ressequidas
Desprende-se das últimas ramadas;
Contrasta no fulgor das avenidas
A solidão das noites prolongadas.
Definham os narcisos impotentes,
Crispando as longas pétalas dormentes
Na convulsão das flores moribundas.
Paisagem incolor de sóis fugazes,
Sem os matizes e os clarões vivazes
Das estações alegres e fecundas.
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Gastão Torres nasceu em Venâncio Aires/RS, em 7 de maio de 1926. Foi revisor do Correio
do Povo; colaborou no extinto jornal O Dia com estudos literários
e assuntos de economia histórica; na quarta página do Correio do Povo
em 51/52 e, desde 1975, no Caderno de Sábado, posteriormente Letras e Livros,
do mesmo periódico. Colaborou ainda no caderno Mulher da Folha da Tarde
e na revista Cultura Contemporânea, Porto Alegre.
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CARTAS DOS LEITORES
Estou feliz de me ver tantas vezes no
jornal Humanitas. É sempre bom que as pessoas gostem do que escrevo!
Sempre é uma PUTA recompensa! Uma pena que o Humanitas impresso tenha
deixado de existir. Pena mesmo, mas é esse o futuro no qual estamos vivendo.
Tudo acaba tendo que ter a Nuvem como veículo. Divina de Jesus Scarpim – São
Paulo/SP
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Vou
sentir muita falta do Humanitas impresso. Era algo especial de ler. Para
quem ama a leitura em papel, esse pequeno/grande jornal trazia até seus fãs
inúmeras contribuições, e depois de ser manuseado podia ser entregue aos amigos
que se interessavam pelos assuntos que eram divulgados. Ricardo de Almeida –
Olinda/PE
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