Muitos
dos que se dizem ateus, sequer sabem a verdadeira história do ateísmo como, por
exemplo, quando, como e por que surgiu, quem foram os seus precursores, quem
foi o primeiro ateu e o que se podia entender como ateísmo até o século XVIII.
Poderíamos dizer que não existiam ateus antes do século XVIII?
A bem da verdade há que se dizer que não existe consenso acadêmico sobre como e quando surgiu o ateísmo que hoje conhecemos, mas pode-se afirmar com alguma segurança que esse ateísmo surgiu em oposição ao cristianismo.
Que dizer então dos filósofos da Antiguidade Grega, Epicuro, Demócrito e Lucrecius, que já em seu tempo questionavam a existência de Deus? Seriam eles ateus? O que a história nos conta sobre isso?
“Na cultura ocidental, assume-se frequentemente que os ateus são irreligiosos, embora alguns ateus seam espiritualistas. Ademais, o ateísmo também está presente em certos sistemas religiosos e crenças espirituais, como o jainismo, o budismo e o hinduísmo. O jainismo e algumas formas de budismo não defendem a crença em deuses, enquanto o hinduísmo mantém o ateísmo como um conceito válido, mas difícil de acompanhar espiritualmente” (vide Wikipédia).
Então podemos dizer que o ponto comum do ateísmo é a descrença em deuses e/ou a sua não-aceitação. Oficialmente, o ateísmo, tal como o conhecemos hoje, só surgiu no século XVIII, com o Barão D’Holbach (1723-1789), um profundo conhecedor da Bíblia e autor da obra “O Sistema da Natureza” (1770).
É considerado o primeiro ateu que assim se assumiu, embora também se diga que as bases do ateísmo foram lançadas antes pelo padre francês Jean Meslier (1664-1729), em uma obra somente publicada postumamente (Memória dos Pensamentos e dos Sentimentos de Jean Meslier, 1720). Nessa obra, Meslier negava veementemente o dogma da criação do universo, bem como as idéias de divindade, e tecia duras críticas à religião cristã, ao catolicismo e às religiões, em geral.
Na sua visão, todos os deuses, inclusive o deus judaico-cristão, são falsos e fabricados, utilizados como instrumentos de dominação, e Jesus Cristo foi um louco, fanático, ignorante e charlatão, um messias fracassado, mas que astutamente se aproveitou da credulidade e do desespero das pessoas ignorantes para estabelecer o seu ministério, cabendo à Igreja mitificá-lo e endeusá-lo, criando o cristianismo.
Seguramente este homem era o que poderia se chamar de “um verdadeiro ateu”, mas não chegou a colocar em prática o seu ativismo, mantendo suas ideias ocultas, que só vieram a ser divulgadas após a sua morte.
Presume-se que não o tenha feito em vida, devido à perseguição religiosa que ainda existia em sua época.
Não obstante, estudando-se profundamente a história do ateísmo pode-se inferir tranquilamente ter sido D’Hollbach, possivelmente com a colaboração do filósofo Denis Diderot, o primeiro a sistematizar o que hoje se chama “ateísmo”. Suas posições acerca do cristianismo não diferiam muito das de Meslier. Antes dele o ainda seu contemporâneo, o filósofo David Hume (1711-1776) também já revelava fortes inclinações ateístas, porém, sem se definir como tal.
Tivemos outros pensadores e filósofos como Thomas Paine (1737-1809), Robert G. Ingersoll, Auguste Comte, Ludwig Feuerbach, Friedrich Nietzsche, Kant, Schopenhauer e Bertrand Russell, dentre outros, que vieram a defender ideias semelhantes, apesar de alguns não serem propriamente ateus, mas agnósticos.
O termo ateu origina-se do "atheos" grego, que significa "sem Deus", do século 5 de antes da Era Comum. A palavra tinha tomado uma conotação mais intencional indicando uma negação dos deuses, ao invés de seu significado inicial de mera impiedade. No debate religioso entre cristãos e helenistas, cada lado acusava o outro de ser ateu (quase sempre em um sentido pejorativo).
Da mesma forma, os antigos romanos consideravam os cristãos como ateus pela sua recusa a adorar os deuses romanos pagãos. O ateísmo não é necessariamente equivalente à irreligião, embora a maioria dos ateus também seja irreligiosa, no sentido de que não praticam nenhuma crença.
A bem da verdade há que se dizer que não existe consenso acadêmico sobre como e quando surgiu o ateísmo que hoje conhecemos, mas pode-se afirmar com alguma segurança que esse ateísmo surgiu em oposição ao cristianismo.
Que dizer então dos filósofos da Antiguidade Grega, Epicuro, Demócrito e Lucrecius, que já em seu tempo questionavam a existência de Deus? Seriam eles ateus? O que a história nos conta sobre isso?
“Na cultura ocidental, assume-se frequentemente que os ateus são irreligiosos, embora alguns ateus seam espiritualistas. Ademais, o ateísmo também está presente em certos sistemas religiosos e crenças espirituais, como o jainismo, o budismo e o hinduísmo. O jainismo e algumas formas de budismo não defendem a crença em deuses, enquanto o hinduísmo mantém o ateísmo como um conceito válido, mas difícil de acompanhar espiritualmente” (vide Wikipédia).
Então podemos dizer que o ponto comum do ateísmo é a descrença em deuses e/ou a sua não-aceitação. Oficialmente, o ateísmo, tal como o conhecemos hoje, só surgiu no século XVIII, com o Barão D’Holbach (1723-1789), um profundo conhecedor da Bíblia e autor da obra “O Sistema da Natureza” (1770).
É considerado o primeiro ateu que assim se assumiu, embora também se diga que as bases do ateísmo foram lançadas antes pelo padre francês Jean Meslier (1664-1729), em uma obra somente publicada postumamente (Memória dos Pensamentos e dos Sentimentos de Jean Meslier, 1720). Nessa obra, Meslier negava veementemente o dogma da criação do universo, bem como as idéias de divindade, e tecia duras críticas à religião cristã, ao catolicismo e às religiões, em geral.
Na sua visão, todos os deuses, inclusive o deus judaico-cristão, são falsos e fabricados, utilizados como instrumentos de dominação, e Jesus Cristo foi um louco, fanático, ignorante e charlatão, um messias fracassado, mas que astutamente se aproveitou da credulidade e do desespero das pessoas ignorantes para estabelecer o seu ministério, cabendo à Igreja mitificá-lo e endeusá-lo, criando o cristianismo.
Seguramente este homem era o que poderia se chamar de “um verdadeiro ateu”, mas não chegou a colocar em prática o seu ativismo, mantendo suas ideias ocultas, que só vieram a ser divulgadas após a sua morte.
Presume-se que não o tenha feito em vida, devido à perseguição religiosa que ainda existia em sua época.
Não obstante, estudando-se profundamente a história do ateísmo pode-se inferir tranquilamente ter sido D’Hollbach, possivelmente com a colaboração do filósofo Denis Diderot, o primeiro a sistematizar o que hoje se chama “ateísmo”. Suas posições acerca do cristianismo não diferiam muito das de Meslier. Antes dele o ainda seu contemporâneo, o filósofo David Hume (1711-1776) também já revelava fortes inclinações ateístas, porém, sem se definir como tal.
Tivemos outros pensadores e filósofos como Thomas Paine (1737-1809), Robert G. Ingersoll, Auguste Comte, Ludwig Feuerbach, Friedrich Nietzsche, Kant, Schopenhauer e Bertrand Russell, dentre outros, que vieram a defender ideias semelhantes, apesar de alguns não serem propriamente ateus, mas agnósticos.
O termo ateu origina-se do "atheos" grego, que significa "sem Deus", do século 5 de antes da Era Comum. A palavra tinha tomado uma conotação mais intencional indicando uma negação dos deuses, ao invés de seu significado inicial de mera impiedade. No debate religioso entre cristãos e helenistas, cada lado acusava o outro de ser ateu (quase sempre em um sentido pejorativo).
Da mesma forma, os antigos romanos consideravam os cristãos como ateus pela sua recusa a adorar os deuses romanos pagãos. O ateísmo não é necessariamente equivalente à irreligião, embora a maioria dos ateus também seja irreligiosa, no sentido de que não praticam nenhuma crença.
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