Jogo
Antonio Carlos Gomes - SP
No jogo da vida
Os dados correm
Mas são sem
números
As mãos escorrem
Por entre cartas
Que não têm
figuras
E a esperança
Mistura-se
Com lamentos e
risos
E a vida corre
Entre improvisos
No jogo
Do dia
Da noite
Por entre peões
Que não param de
rodar
Numa música
monótona
De um só acorde.
E um vislumbre
Que pode ser passado
Ou então futuro
Apenas esfumaça
E a vida passa
Porque tem que
passar
Pela roleta do
tudo
E do nada.
Até que acaba.
**********
Lamento
Thiers Rimbaud - RJ
Pelas noites jogando xadrez
onde o cavalo
com pata quebrada
não mais se movia
onde rei e rainha perderam coroas
onde o tabuleiro
era rio deslizando dor.
Ali a pena branca do vento
rugiu tempestades
esfolando corações de espinho
sangrando artérias
cortando dedos
inviabilizando
beijos colados na face de sorrisos borboleta
onde o cavalo
com pata quebrada
não mais se movia
onde rei e rainha perderam coroas
onde o tabuleiro
era rio deslizando dor.
Ali a pena branca do vento
rugiu tempestades
esfolando corações de espinho
sangrando artérias
cortando dedos
inviabilizando
beijos colados na face de sorrisos borboleta
Nenhum comentário:
Postar um comentário