REFÚGIO
POÉTICO
POETA DO MÊS - Valdeci Ferraz,
advogado, escritor e poeta. Natural do Recife/PE, onde ainda hoje vive. Militar reformado como
coronel PM/CB. Tem um livro publicado Almas Negras (romance) no ano de 2010.
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A Árvore
Francisca Clotilde – Fortaleza/CE
Ao contemplá-la, triste, emurchecida,
Os galhos nus de folhas despojados,
Sem a seiva que outrora tanta vida
Lhe trazia em renovos delicados;
Os galhos nus de folhas despojados,
Sem a seiva que outrora tanta vida
Lhe trazia em renovos delicados;
Ao vê-la assim tão só, tão esquecida,
Tendo gozado dias tão folgados,
Ao som dos passarinhos namorados,
Que nela achavam sombra apetecida:
Tendo gozado dias tão folgados,
Ao som dos passarinhos namorados,
Que nela achavam sombra apetecida:
Ai! Sem querer encontro semelhanças
Entre meus sonhos, minhas esperanças
E a mirrada árvore dolente.
Entre meus sonhos, minhas esperanças
E a mirrada árvore dolente.
Ela perdeu as folhas verdejantes,
Bem como eu as ilusões fragrantes
Que outrora me embalavam docemente.
Bem como eu as ilusões fragrantes
Que outrora me embalavam docemente.
Amor e medo
Antonio Rangel Bandeira – Recife/PE
És bela, eu velho;
Tens amor, eu tédio.
Que adianta seres
Bela, se a beleza
É coisa externa que
Não está no coração?
E minha velhice
Não te interessa
Já que, na vida,
Seguimos destinos
Opostos.
Tens amor, eu tédio.
Que adianta seres
Bela, se a beleza
É coisa externa que
Não está no coração?
E minha velhice
Não te interessa
Já que, na vida,
Seguimos destinos
Opostos.
Tens amor, bem sei
É próprio da idade,
Que amor é
Tão somente impulso
Da natureza cega,
Para perpetuar
A miséria amarga
De nosso próprio
Infortúnio.
És bela, fui moço,
Tens amor, eu... medo.
É próprio da idade,
Que amor é
Tão somente impulso
Da natureza cega,
Para perpetuar
A miséria amarga
De nosso próprio
Infortúnio.
És bela, fui moço,
Tens amor, eu... medo.
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CARTAS DOS LEITORES
Tive em mão pela primeira vez três exemplares do Humanitas dos
meses de março, abril e maio de 2016. Confesso que não esperava que um pequeno
jornal apresentasse tanta coisa boa e interessante. Espero ver e ler os
próximos. Natanael C. Lima – Fortaleza/CE
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Vida longa, Humanitas! Sou um daqueles leitores que esperam
ansioso pelo exemplar do mês. Claudionor Silva Rocha – Salvador/BA
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Não
sei quem distribui o Humanitas aqui no Rio, mas sempre consigo achar um
exemplar na Lapa no começo de cada mês. Carmencita Lins de Albuquerque – Rio de
Janeiro/RJ
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