sexta-feira, 24 de junho de 2016

HUMANITAS Nº 49 – JULHO DE 2016 – PÁGINA TRÊS

REFÚGIO POÉTICO

POETA DO MÊS - Valdeci Ferraz, advogado, escritor e poeta. Natural do Recife/PE, onde ainda hoje vive. Militar reformado como coronel PM/CB. Tem um livro publicado Almas Negras (romance) no ano de 2010.
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A Árvore
Francisca Clotilde – Fortaleza/CE

Ao contemplá-la, triste, emurchecida,
Os galhos nus de folhas despojados,
Sem a seiva que outrora tanta vida
Lhe trazia em renovos delicados;

Ao vê-la assim tão só, tão esquecida,
Tendo gozado dias tão folgados,
Ao som dos passarinhos namorados,
Que nela achavam sombra apetecida:

Ai! Sem querer encontro semelhanças
Entre meus sonhos, minhas esperanças
E a mirrada árvore dolente.

Ela perdeu as folhas verdejantes,
Bem como eu as ilusões fragrantes
Que outrora me embalavam docemente.

Amor e medo
Antonio Rangel Bandeira – Recife/PE

És bela, eu velho;
Tens amor, eu tédio.
Que adianta seres 
Bela, se a beleza
É coisa externa que
Não está no coração?
E minha velhice
Não te interessa
Já que, na vida,
Seguimos destinos
Opostos.

Tens amor, bem sei
É próprio da idade,
Que amor é
Tão somente impulso
Da natureza cega,
Para perpetuar
A miséria amarga
De nosso próprio
Infortúnio.
És bela, fui moço,
Tens amor, eu... medo.
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CARTAS DOS LEITORES

Tive em mão pela primeira vez três exemplares do Humanitas dos meses de março, abril e maio de 2016. Confesso que não esperava que um pequeno jornal apresentasse tanta coisa boa e interessante. Espero ver e ler os próximos. Natanael C. Lima – Fortaleza/CE
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Vida longa, Humanitas! Sou um daqueles leitores que esperam ansioso pelo exemplar do mês. Claudionor Silva Rocha – Salvador/BA
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Não sei quem distribui o Humanitas aqui no Rio, mas sempre consigo achar um exemplar na Lapa no começo de cada mês. Carmencita Lins de Albuquerque – Rio de Janeiro/RJ

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