sexta-feira, 24 de junho de 2016

O TERRORISMO CRISTÃO NO MUNDO (PARTE 7)

Especial para o Humanitas
Pedro Rodrigues Arcanjo-  Olinda/PE

Semelhança com o atual fundamentalismo islâmico não
 é mera coincidência
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O cristianismo (através da Igreja Católica e a sua congênere protestante) usou o “TERROR” para manter as pessoas subjugadas.

Durante mais de mil anos, entre os séculos V e XV, utilizando o terror como sua principal arma, os prelados e dirigentes cristãos (católicos, protestantes e ortodoxos) conseguiram manipular a mente dos seres humanos “(através do medo)” de tal forma, que hoje fica muito difícil para a raça humana desacreditar, já que tudo foi algo imposto em suas mentes através do terror.

Assim, hoje, as pessoas que se dizem cristãs, vão às igrejas católicas, ortodoxas e aos templos protestantes, “crendo que estão a adorar um deus de amor e de piedade”. Na verdade, suas mentes foram manipuladas desde as mais antigas eras pelo medo e pelo idealismo da morte.

O cristianismo idealizou a morte, quase como numa tragicomédia, onde o senhor supremo promete um paraíso que não existe e leva seus seguidores ao fanatismo, crendo num pai que deixa o filho morrer numa cruz e a imaginar que ter é o essencial na vida.

A “fé” é, nada mais e nada menos, que “falta de argumentos” para explicar o inexplicável da existência e também da inexistência de deus e deuses e santos.

 No ano de 1633, por ter duvidado da teoria geocêntrica de Ptolomeu (que, diga-se de passagem, não tinha nada de cristão), o cientista Galileo Galilei é obrigado a se retratar. Caso não fizesse isso, seria levado à câmara de tortura. As obras de Galileo já tinham sido postas no Índex em 1616.

Apesar de ter-se retratado, ele passou o resto de sua vida confinado em sua casa, numa espécie de prisão domiciliar. Sua reputação de grande pensador e de cientista evitou consequências mais graves para sua vida.

No ano de 1992, a sua memória é reabilitada, parcialmente, pelo papa João Paulo II, após uma pequena revisão de todo o processo.

As igrejas (católica e protestante) gostam de levar os seres humanos a crer que não ocorreram guerras religiosas e que todas as guerras têm apenas teor político.
Mas religião é algo muito complicado. Todas as guerras que aconteceram no mundo têm mais conteúdo religioso do que político, apesar de muitos historiadores devidamente manipulados, gostarem de dizer o contrário.
Na guerra dos 30 anos (1618 a 1648), os reis católicos de Habsburgos forçaram a conversão dos seus súditos protestantes da Boêmia, iniciando a maior guerra religiosa que o continente europeu tinha conhecido.
A Reforma Protestante e a invasão turca da Europa Oriental obrigaram os ramos dos Habsburgos a juntarem forças para preservar o estado europeu. Por causa dessa guerra, a população da Alemanha é reduzida à metade e numerosas cidades são devastadas. As igrejas tentaram mostrar que se tratava de um conflito político.
No ano de 1776, em pleno século das luzes, um jovem de 19 anos, o cavalheiro francês Jean-François de La Barre passa “a vinte passos duma procissão católica, sem tirar o chapéu”.
É preso, torturado e, finalmente, depois de ter a sua língua cortada, seu corpo é colocado sobre uma fogueira e queimado junto com um exemplar do Dicionário Filosófico de Voltaire”, diante de uma multidão fanática e entusiasmada.
Immanuel Kant (1724-1804), professor de Filosofia na Universidade de Konigsberg e estrela internacional da filosofia moderna, no ano de 1793, depois da publicação da sua Crítica da Razão Pura”, publica o tomo A religião nos limites da Razão”, onde coloca as doutrinas cristãs à prova do raciocínio e do “imperativo categórico”.
Isso acende a ira dos piedosos reis da Prússia, que empurrados pelos prelados protestantes intervém, obrigando Kant a se retratar em público, sob pena de perder, imediatamente, seu posto de mestre na Universidade de Konigsberg. Como no caso de Galileu, a fama internacional de Kant o salva de consequências mais severas.

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