quinta-feira, 27 de outubro de 2016

HUMANITAS Nº 53 – NOVEMBRO DE 2016 – PÁGINA 3

REFÚGIO POÉTICO

POETA DO MÊS -  Charles-Pierre Baudelaire (1821-1867) foi um poeta francês e um dos precursores do simbolismo. Seu principal livro “As Flores do Mal”, lançado em 1857, foi considerado um ultraje à opinião pública. Os exemplares foram recolhidos e o poeta obrigado a pagar cerca de 300 francos de multa.
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Canto de gratidão
Zélia Barreto
Recife/PE

Por entre escória
e escolhos,
fui escolhida
colhida
pela palavra.

Já que não moldo,
emolduro
a minha dor
e dou
como presente.

Cada coisa em seu lugar
Cada coisa em seu lugar
Cada coisa em seu lugar

- é a cantiga que se ouve
com as cantigas de ninar.

Onde é o lugar das coisas?

Última canção
Rafael Rocha - Recife/PE
Do livro “Poemas Escolhidos”

No momento de compor a última canção
lembre de escrever no papel a partitura.
Porque a letra dessa música é a figura
do amor intenso a morar no coração.

Lembre o quanto a vida foi uma loucura
na intensidade mais frenética da paixão
e que o ritmo musical deixa de ser ilusão
quando um sonho até hoje se perdura.

E que eu possa em qualquer espaço escutar
tua voz límpida cantando os tempos idos:
as alegrias e os momentos mais sofridos
trazendo a nós o saber o que foi amar.

Então assim poderemos sem lamentos
nas rimas da canção recriar laços
que mesmo alheios a velhos cansaços
são as relíquias de saudosos sentimentos.

Enfim, quando outras vozes passionais
cantarem a música inteira para o mundo
possamos regredir ao mais profundo
tempo de antanho que não volta mais.
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CARTAS DOS LEITORES

Gostaria de parabenizar aos colaboradores e editores do Humanitas pelo belo trabalho apresentado durante todos estes anos. Os elogios são extensivos, principalmente, para os textos do médico Antônio Carlos Gomes, inclusive para o espaço dado aos poetas. Muito bom este jornal! Cláudia Barros da Costa – São Paulo/SP
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A edição deste jornal denominado Humanitas segue uma linha muito específica, como qualquer pessoa pode ver. O que mais interessa, na verdade, é sentir o idealismo palpitante em todas as suas páginas e curtir temas polêmicos que mostram o elevado grau de conhecimento dos autores dos textos. Vale a pena ler este jornal. Maria do Carmo Siqueira de Albuquerque – Rio de Janeiro/RJ

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