OS POEMAS DE AMOR DE UM
CHILENO E A BELEZA DE UMA MUSA DO CINEMA
(Texto de Rafael Rocha)
Algumas
pessoas apregoam que é fácil escrever. Basta começar com uma letra maiúscula,
colocar ideias no meio e terminar com um ponto final. Só que a maioria das
pessoas não tem noção de suas ideias e muito menos de como é ser poeta.
Tal como foi o chileno Pablo Neruda, prêmio
Nobel de Literatura em 1971, que traz poesias escritas do tamanho de todos os
seres humanos que possam se emocionar ao lê-las, como em “Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada”, livro
lançado há 93 anos, no dia 15 de junho de 1924.
E Marilyn Monroe, musa do cinema ianque,
nascida no dia 1º de junho de 1926, tornou-se um dos “sex symbols” mais populares da década de 1950, época emblemática
em relação às atitudes envolvendo sexualidade.
Completaria 91 anos hoje se ainda fosse viva.
A mistura dos poemas de amor do grande
Pablo Neruda com a imagem da bela Marilyn Monroe é um tributo deste HUMANITAS
a tudo que a humanidade oferece como estimulante ao cérebro humano (a poesia) e
como colírio aos olhos (a beleza de uma mulher).
Pablo Neruda, seus “20 Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada”, e Marilyn
Monroe são os dois seres humanos que ganharam vida e espaço dentro deste mês
chamado junho.
Trinta dias dedicados à deusa “Juno”,
a Grande Mãe. Na mitologia romana, “Juno”
é a rainha dos deuses, sendo representada pelo pavão, sua ave favorita. Sua
equivalente na mitologia grega é “Hera”.
Pablo Neruda cantava em versos a vida e o
amor, como neste trecho do “Poema 20”: “Porque em noites como esta eu a tive nos meus braços / minha alma se
exaspera por havê-la perdido// Mesmo que seja esta a última dor que ela me
causa / e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo”. Ou neste trecho
da “Canção Desesperada”:
“Aparece tua recordação dentro da noite
em que estou/ O rio junta ao mar seu lamento obstinado / Abandonado como o
impulso das auroras / É a hora de partir, oh abandonado!”
Marilyn Monroe possuía o dom de saber
flertar com as pessoas e ironizar o mundo:
“Se eu tivesse cumprido todas as regras, eu nunca teria chegado a lugar algum.
A imperfeição é bela. A loucura é genial e é melhor ser absolutamente ridículo
do que absolutamente chato. Mulheres comportadas raramente fazem história”.
Sem mais a explicar ou criar ou evoluir em
textos, que os leitores olhem, leiam, julguem. Neruda tem livros para serem
lidos. Marilyn tem filmes para serem vistos. E fazem parte da história humana.