O PRÍNCIPE
DA CRÍTICA LITERÁRIA BRASILEIRA
CRISTIANISMO NO BRASIL
O príncipe da crítica
literária brasileira, segundo Carlos Drummond, um dos maiores críticos que o
Brasil já teve - o pernambucano de Caruaru, Álvaro de Barros Lins - está sendo
apresentado neste Humanitas na página 4 em texto do advogado Valdeci
Ferraz. Também no campo das instituições
políticas a análise por parte de Álvaro Lins da Constituição de 1946 torna-se
alvo de especial leitura. Ele declarou, depois de mostrar o conflito de poderes
entre o Executivo e Legislativo, em face da legitimidade conferida pelo povo a
ambos, e de comentar diversos artigos do projeto dessa Carta Magna, tais como
os da reforma agrária, nacionalização dos seguros, direitos sociais etc: “Não há
opiniões diferentes. Se este projeto não for profundamente, essencialmente
modificado, a Constituição de 1946 levará o Brasil ao marasmo ou à ditadura”. Em 1964, o Golpe Civil/Militar confirmaria o caráter profético de suas
palavras.
CRISTIANISMO NO BRASIL
O artigo especial de Ivo S. G. Reis
publicado originalmente na rede http://www.irreligiosos.ning.com, tendo como abordagem principal a
possibilidade de surgimento de um Estado Teocrático no Brasil, bem como
alertando sobre o perigo do retorno ao obscurantismo está inserido na página 7 deste jornal. De acordo
com as palavras do autor do texto, “hoje as religiões cristãs estão desvirtuadas
e as igrejas foram transformadas em igrejas-empresas, não cumprindo mais seu
papel social (levar conforto espiritual e realizar obras sociais, atuando em
áreas em que o Estado não atua ou é deficiente)”. Com os evangélicos no poder o Estado Laico estaria ameaçado,
caminhando-se para a instituição de um Estado Teocrático Protestante. Propostas
de emendas constitucionais nesse sentido já estão sendo apresentadas pela
Frente Parlamentar Evangélica, no Congresso Nacional. Ivo Reis ainda faz um alerta ao salientar
que “um Estado teocrático protestante - ou
evangélico, se preferirem -, com um Presidente da República evangélico é uma
possibilidade sombria e não muito distante”.
A LOLITA DO RECIFE
Brigão, homossexual, mas acima de tudo um ser humano, Ivo Alves da Silva foi uma figura das mais conhecidas do Recife e da zona do meretrício nas décadas de 1950 e 1960. No texto do jornalista Rafael Rocha, na página 6, os leitores podem travar conhecimento com uma das últimas lendas urbanas da Veneza brasileira. Sua figura folclórica chegou a ser conhecida em diversas partes do Brasil, inclusive a sua frase emblemática sobre si mesmo: “Quem não conhece Lolita não conhece o Recife”. Ele desconstruiu padrões bem como o pudor hipócrita e a máscara de grandeza da elite pernambucana. A ditadura militar acabou à força com as suas peregrinações, mas para as gerações que o conheceram o espírito de Lolita continua vivo e atuante pelas ruas da cidade.
LUIZ GONZAGA
A historiadora Maura de Almeida Martins Lima apresenta na página 5
deste Humanitas um enfoque político, cultural e socioeconômico do cantor e
compositor Luiz “Lua” Gonzaga. Segundo ela, “a música gonzagueana é rural porque aborda a vontade
que o nordestino sente de nadar contra a maré, ou seja, voltar à terra natal, e
é urbana, pois se trata da transferência de grande parte da população do
Nordeste para o Sul e Sudeste, e é nordestina por apresentar características
dessa região do país”.
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