Texto de Ana
Maria Leandro – Jornalista – Belo Horizonte/MG
Publicado no
HUMANITAS nº 19 – Fevereiro/2014
Ele empreende a
vida. Acertou umas vezes e errou em outras, sem jamais deixar de aprender nas
duas situações. Organizou a família e compreendeu que uma parceira não é uma
metade. Ambos têm que ser inteiros. Pois essa história de “dois em um” é ilusão
de tese romântica que sucumbe ante a realidade... Ninguém quer ser anulado.
Tem filhos vivendo a infância, a adolescência e adultos. Mas não faz questão de ser julgado super-herói, nem tem aquela mania de dizer: “Quero que meu filho tenha o que eu não pude ter”. Quer sim, que eles conquistem o que “eles” desejarem da vida.
Não perde a reunião da diretoria da empresa e nem o encontro pedagógico mensal da escola, agendadas ambos com o mesmo cuidado. Entende que se os pais não fizerem interatividade com a escola dos filhos, será difícil desenvolver linhas educacionais convergentes.
Sai cedo para o trabalho e se possível retorna antes do anoitecer. Aí acha tempo para estimular a “virada” do filho que perdeu média na escola; ou elogiar o outro, que caprichou no dever. E faz caminhada em torno do quarteirão com quem estiver afim.
Na empresa parece repassar aos auxiliares o mesmo espírito de equipe que equilibra a família. A ética de respeito ao próximo faz com que trate com transparência todos os assuntos, por mais delicados que pareçam, sem nunca fugir ao enfrentamento da verdade. Esse comportamento desenvolve em seus auxiliares alto nível de confiança em sua liderança, pois sabem que ele jamais usaria bastidores para qualquer ofensiva. Afirma que “uma equipe tem mais capacidade de atingir metas, do que qualquer um isoladamente. Desde que o objetivo seja comum e claro para todos”.
Tem problemas sim, como todo mundo. O filho mais velho, quando ainda adolescente, usou sem autorização o carro e provocou uma batida. Resolvidas as sequelas legais ele planejou com o mesmo filho, um “seminário” em família, sobre o tema “direção responsável de veículos”.
Montou-se um painel com filmes sobre o trânsito, palestras e debates abertos. Ao final o rapaz tinha uma missão: decidir qual seria sua própria penalidade pelo erro cometido.
Foi com brandura que o pai explicou: “Também já cometi muitos erros. Aos dezoito anos bati com meu carro, porque estava embriagado. Felizmente não houve vítimas, mas o carro acabou. Assumi meu erro e jurei que só teria outro carro aos vinte e cinco anos. Namorei sua mãe andando a pé. E você, ao que se propõe?” Em meio ao silêncio da plateia o rapaz disse:
"Está certo, devo responder pelo meu erro. Abro mão do carro que o senhor ia me dar aos dezoito anos. Esperarei até os vinte e um anos e pouparei até lá para comprar eu mesmo o carro”. Decisão fielmente cumprida. Nada como uma autoavaliação sem medos.
Contar a história deste amigo real tem uma finalidade: mostrar que os problemas são iguais para todos. A forma como lidar com eles é que faz o diferencial. A tradicional figura do chefe ríspido, inacessível, centralizador se soma ao perfil do pai que não constrói com os filhos uma educação participativa. São características muito afins.
Nem o pai precisa ser herói, nem o chefe precisa provar onipotência. O que ambos precisam é ouvir, sentir e construir com seus grupos um caminho de confiabilidade recíproca e de alcance das metas desejadas. Estes são os que de fato empreendem o sucesso na empresa e na família.
Tem filhos vivendo a infância, a adolescência e adultos. Mas não faz questão de ser julgado super-herói, nem tem aquela mania de dizer: “Quero que meu filho tenha o que eu não pude ter”. Quer sim, que eles conquistem o que “eles” desejarem da vida.
Não perde a reunião da diretoria da empresa e nem o encontro pedagógico mensal da escola, agendadas ambos com o mesmo cuidado. Entende que se os pais não fizerem interatividade com a escola dos filhos, será difícil desenvolver linhas educacionais convergentes.
Sai cedo para o trabalho e se possível retorna antes do anoitecer. Aí acha tempo para estimular a “virada” do filho que perdeu média na escola; ou elogiar o outro, que caprichou no dever. E faz caminhada em torno do quarteirão com quem estiver afim.
Na empresa parece repassar aos auxiliares o mesmo espírito de equipe que equilibra a família. A ética de respeito ao próximo faz com que trate com transparência todos os assuntos, por mais delicados que pareçam, sem nunca fugir ao enfrentamento da verdade. Esse comportamento desenvolve em seus auxiliares alto nível de confiança em sua liderança, pois sabem que ele jamais usaria bastidores para qualquer ofensiva. Afirma que “uma equipe tem mais capacidade de atingir metas, do que qualquer um isoladamente. Desde que o objetivo seja comum e claro para todos”.
Tem problemas sim, como todo mundo. O filho mais velho, quando ainda adolescente, usou sem autorização o carro e provocou uma batida. Resolvidas as sequelas legais ele planejou com o mesmo filho, um “seminário” em família, sobre o tema “direção responsável de veículos”.
Montou-se um painel com filmes sobre o trânsito, palestras e debates abertos. Ao final o rapaz tinha uma missão: decidir qual seria sua própria penalidade pelo erro cometido.
Foi com brandura que o pai explicou: “Também já cometi muitos erros. Aos dezoito anos bati com meu carro, porque estava embriagado. Felizmente não houve vítimas, mas o carro acabou. Assumi meu erro e jurei que só teria outro carro aos vinte e cinco anos. Namorei sua mãe andando a pé. E você, ao que se propõe?” Em meio ao silêncio da plateia o rapaz disse:
"Está certo, devo responder pelo meu erro. Abro mão do carro que o senhor ia me dar aos dezoito anos. Esperarei até os vinte e um anos e pouparei até lá para comprar eu mesmo o carro”. Decisão fielmente cumprida. Nada como uma autoavaliação sem medos.
Contar a história deste amigo real tem uma finalidade: mostrar que os problemas são iguais para todos. A forma como lidar com eles é que faz o diferencial. A tradicional figura do chefe ríspido, inacessível, centralizador se soma ao perfil do pai que não constrói com os filhos uma educação participativa. São características muito afins.
Nem o pai precisa ser herói, nem o chefe precisa provar onipotência. O que ambos precisam é ouvir, sentir e construir com seus grupos um caminho de confiabilidade recíproca e de alcance das metas desejadas. Estes são os que de fato empreendem o sucesso na empresa e na família.
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