Texto de Marisa Soveral – Porto/Portugal
Publicado no HUMANITAS nº 17 – Dezembro/2013
Esta é uma questão que tem tido muitos
intervenientes. Mas é um assunto que me interessa, mais no aspecto da
necessidade do espírito religioso do homem, até fiz um curso, História das
Religiões, onde eram abordadas todas as religiões. Sobre este assunto estive a
reunir umas notas e vou deixar aqui o que penso.
Considero que o espírito religioso, foi uma necessidade para o homem desde que tomou consciência de si e do mundo envolvente. Essa confrontação com o desconhecido motivou o culto, que foi surgindo de variadas formas, elementos da natureza, objectos, monstros… até à aproximação à sua própria figura, começando por uma plêiade de homens e mulheres, de especiais atributos e cada qual com o seu objectivo, até chegar a um só Deus, fisicamente semelhante ao homem.
Tudo isto se foi sucedendo, num processo de assimilação e desenvolvimento das religiões anteriores, também com a alteração dos rituais. Num estudo mais profundo, podem analisar-se essas heranças. Por exemplo, há bastante similitude na religião cristã, com a religião egípcia, que já tinha uma trindade. Osíris, o pai, Ísis, a mãe e Hórus o filho.
O homem, foi o criador da religião, depois de tê-la extraído do nada, sem disso se dar conta, pôs-se de joelhos perante ela, adorou-a e proclamou-se sua criatura e tornou-se seu escravo.
Criou um Deus autoritário e juiz e deu-lhe a sua liberdade. Isso agradava ao poder político: a submissão das pessoas devido a um medo transcendente. Poderemos também fazer considerações de éticas criadas, via religião, no relacionamento entre as pessoas, mas também o que esse temor motivou, causando guerras, torturas, mortes arbitrárias, tudo em benefício de uma hipotética divindade, mas muito mais em nome de uma instituição que se foi fortalecendo ao ponto de manejar o próprio poder e ser um poder em si.
O cristianismo é a religião por excelência, mas não é a única. Há outros deuses poderosos: Maomé, Buda… Para todos os cristãos o seu Deus é que é o verdadeiro, mas qual é o verdadeiro? Nenhum!...
A Bíblia é um livro fascinante, mas desse livro nada se pode retirar de concrecto relativamente à existência de Deus. Até posso acreditar que existiu um homem que vivendo em tempos conturbados, pregava por um mundo de amor, mas que ele fosse filho de Deus, com toda a envolvência de milagres e profecias, que arrastava consigo, considero isso muito fantasioso.
A evolução do homem, depois de um período medievalista, onde predominou muita guerra e peste e no qual a igreja atingiu os píncaros, seguiu-se a era moderna e o conhecimento científico e muitas coisas foram postas em causa e com o avançar do tempo muitas mais, e, no entanto, até hoje o mistério prevalece.
Como surgiu o Universo? Tudo começa pelo big-bang e por aí em diante, mas a ciência, por muitas teorias que tenha apresentado, deixa também muitas dúvidas!... Sequencialmente a isso, outra questão se levanta, existe realmente algo superior a tudo?
Pergunta sem resposta!...
Devido a essas interrogações e as mais que se podem fazer, cheias de incertezas, como: “de onde viemos, o que somos e para onde vamos?”, o homem teve a necessidade da IDEIA de um DEUS.
Considero que o espírito religioso, foi uma necessidade para o homem desde que tomou consciência de si e do mundo envolvente. Essa confrontação com o desconhecido motivou o culto, que foi surgindo de variadas formas, elementos da natureza, objectos, monstros… até à aproximação à sua própria figura, começando por uma plêiade de homens e mulheres, de especiais atributos e cada qual com o seu objectivo, até chegar a um só Deus, fisicamente semelhante ao homem.
Tudo isto se foi sucedendo, num processo de assimilação e desenvolvimento das religiões anteriores, também com a alteração dos rituais. Num estudo mais profundo, podem analisar-se essas heranças. Por exemplo, há bastante similitude na religião cristã, com a religião egípcia, que já tinha uma trindade. Osíris, o pai, Ísis, a mãe e Hórus o filho.
O homem, foi o criador da religião, depois de tê-la extraído do nada, sem disso se dar conta, pôs-se de joelhos perante ela, adorou-a e proclamou-se sua criatura e tornou-se seu escravo.
Criou um Deus autoritário e juiz e deu-lhe a sua liberdade. Isso agradava ao poder político: a submissão das pessoas devido a um medo transcendente. Poderemos também fazer considerações de éticas criadas, via religião, no relacionamento entre as pessoas, mas também o que esse temor motivou, causando guerras, torturas, mortes arbitrárias, tudo em benefício de uma hipotética divindade, mas muito mais em nome de uma instituição que se foi fortalecendo ao ponto de manejar o próprio poder e ser um poder em si.
O cristianismo é a religião por excelência, mas não é a única. Há outros deuses poderosos: Maomé, Buda… Para todos os cristãos o seu Deus é que é o verdadeiro, mas qual é o verdadeiro? Nenhum!...
A Bíblia é um livro fascinante, mas desse livro nada se pode retirar de concrecto relativamente à existência de Deus. Até posso acreditar que existiu um homem que vivendo em tempos conturbados, pregava por um mundo de amor, mas que ele fosse filho de Deus, com toda a envolvência de milagres e profecias, que arrastava consigo, considero isso muito fantasioso.
A evolução do homem, depois de um período medievalista, onde predominou muita guerra e peste e no qual a igreja atingiu os píncaros, seguiu-se a era moderna e o conhecimento científico e muitas coisas foram postas em causa e com o avançar do tempo muitas mais, e, no entanto, até hoje o mistério prevalece.
Como surgiu o Universo? Tudo começa pelo big-bang e por aí em diante, mas a ciência, por muitas teorias que tenha apresentado, deixa também muitas dúvidas!... Sequencialmente a isso, outra questão se levanta, existe realmente algo superior a tudo?
Pergunta sem resposta!...
Devido a essas interrogações e as mais que se podem fazer, cheias de incertezas, como: “de onde viemos, o que somos e para onde vamos?”, o homem teve a necessidade da IDEIA de um DEUS.
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