Editorial publicado no HUMANITAS nº 17 – Dezembro/2013
Estamos vivendo uma era onde as pessoas estão totalmente contaminadas
pelo poder do mercado. Tudo o que elas fazem é pensando em como adquirir tudo
sem perder nada, esquecendo-se do espírito de solidariedade e criando uma
sociedade individualista.
Hoje os valores cultuados não ensinam o jovem a buscar a essência da vida e muito menos a sabedoria. Tais valores desvirtuam o indivíduo, retirando suas possibilidades de encontrar-se consigo mesmo. São enganados diariamente e não podem sequer optar pela defesa do intelecto, já que ficam inundados de informações fúteis e mentirosas que os despertam para a falsa necessidade comercial. Assim, o dia 25 de dezembro é apenas uma data corrompida. O objetivo é simples: explorar a crendice popular e lucrar com a alienação humana.
O fim do ciclo de um ano na cultura ocidental pode, sim, ser comemorado. Mas seria bom que as pessoas não deixassem suas mentes serem invadidas por uma insanidade de compras e de sonhos capitalistas. Essa é uma estupidez que os políticos, a religião e a imprensa burguesa empurram na mente do povo.
A história do dia 25 de dezembro começou, na verdade, pelo menos 7 mil anos antes da Era Comum. É tão antiga quanto a civilização. Na época tinha um motivo bem prático: celebrar o solstício de inverno, a noite mais longa do ano no hemisfério norte, que acontece no final de dezembro. Dessa madrugada em diante, o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. É o ponto de virada das trevas para a luz: o "renascimento" do Sol.
Num tempo em que o homem deixava de ser um caçador errante e começava a dominar a agricultura, a volta dos dias mais longos significava a certeza de colheitas no ano seguinte. Então, tudo era festa. Na Mesopotâmia, durava doze dias. Os gregos aproveitavam o solstício para cultuar Dionísio, o deus do vinho e da vida mansa, Os egípcios relembravam a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Na China, as homenagens eram (e ainda são) para o símbolo do yin-yang, que representa a harmonia da natureza. Até povos antigos da Grã-Bretanha, mais primitivos que seus contemporâneos do Oriente, comemoravam em volta de Stonehenge, monumento que começou a ser erguido em 3100 antes da Era Comum para marcar a trajetória do Sol ao longo do ano.
Na Roma Antiga, o deus Mitra ganhou celebração exclusiva: o festival do Sol Invicto. Esse evento passou a fechar outra festa dedicada ao solstício: a Saturnália, que durava uma semana e servia para homenagear Saturno, senhor da agricultura. "O ponto inicial dessa comemoração eram os sacrifícios ao deus. Enquanto isso, dentro das casas, todos se felicitavam, comiam e bebiam", dizem os historiadores Mary Beard e John North no livro Religions of Rome (Religiões de Roma). Os mais animados se entregavam a orgias (mas isso era muito comum na civilização romana).
Depois, o cristianismo romano incorporou todos os festejos dedicados ao deus Mitra, seguindo a ideologia de um livro denominado Novo Testamento, criando e perpetuando, violentamente, através da cruz e da espada, essa data de 25 de dezembro como sendo a do nascimento de uma lenda chamada Jesus Cristo.
Hoje os valores cultuados não ensinam o jovem a buscar a essência da vida e muito menos a sabedoria. Tais valores desvirtuam o indivíduo, retirando suas possibilidades de encontrar-se consigo mesmo. São enganados diariamente e não podem sequer optar pela defesa do intelecto, já que ficam inundados de informações fúteis e mentirosas que os despertam para a falsa necessidade comercial. Assim, o dia 25 de dezembro é apenas uma data corrompida. O objetivo é simples: explorar a crendice popular e lucrar com a alienação humana.
O fim do ciclo de um ano na cultura ocidental pode, sim, ser comemorado. Mas seria bom que as pessoas não deixassem suas mentes serem invadidas por uma insanidade de compras e de sonhos capitalistas. Essa é uma estupidez que os políticos, a religião e a imprensa burguesa empurram na mente do povo.
A história do dia 25 de dezembro começou, na verdade, pelo menos 7 mil anos antes da Era Comum. É tão antiga quanto a civilização. Na época tinha um motivo bem prático: celebrar o solstício de inverno, a noite mais longa do ano no hemisfério norte, que acontece no final de dezembro. Dessa madrugada em diante, o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. É o ponto de virada das trevas para a luz: o "renascimento" do Sol.
Num tempo em que o homem deixava de ser um caçador errante e começava a dominar a agricultura, a volta dos dias mais longos significava a certeza de colheitas no ano seguinte. Então, tudo era festa. Na Mesopotâmia, durava doze dias. Os gregos aproveitavam o solstício para cultuar Dionísio, o deus do vinho e da vida mansa, Os egípcios relembravam a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Na China, as homenagens eram (e ainda são) para o símbolo do yin-yang, que representa a harmonia da natureza. Até povos antigos da Grã-Bretanha, mais primitivos que seus contemporâneos do Oriente, comemoravam em volta de Stonehenge, monumento que começou a ser erguido em 3100 antes da Era Comum para marcar a trajetória do Sol ao longo do ano.
Na Roma Antiga, o deus Mitra ganhou celebração exclusiva: o festival do Sol Invicto. Esse evento passou a fechar outra festa dedicada ao solstício: a Saturnália, que durava uma semana e servia para homenagear Saturno, senhor da agricultura. "O ponto inicial dessa comemoração eram os sacrifícios ao deus. Enquanto isso, dentro das casas, todos se felicitavam, comiam e bebiam", dizem os historiadores Mary Beard e John North no livro Religions of Rome (Religiões de Roma). Os mais animados se entregavam a orgias (mas isso era muito comum na civilização romana).
Depois, o cristianismo romano incorporou todos os festejos dedicados ao deus Mitra, seguindo a ideologia de um livro denominado Novo Testamento, criando e perpetuando, violentamente, através da cruz e da espada, essa data de 25 de dezembro como sendo a do nascimento de uma lenda chamada Jesus Cristo.
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