Texto de Celso Lungaretti – Jornalista – São
Paulo/SP
publicado no HUMANITAS nº 15 – Outubro/2013
Foram chocantes as reações ao beijo trocado
entre o jogador Emerson (do Corinthians Paulista) e um amigo na noite de
domingo, 18 de agosto de 2013. Expõem a enorme carga de preconceitos ainda
existente na sociedade brasileira.
A rejeição extremada do homossexualismo perdeu a razão de ser quando uma das maiores ameaças à sobrevivência da nossa espécie passou a ser o excesso de pessoas, e não a falta.
Antes era importante direcionar-se o sexo para a procriação atendendo à prioridade de se gerar mais braços para o trabalho e repor as perdas com guerras, pestes e penúrias; agora, o planeta agradeceria se, digamos 75% dos homens virassem homossexuais da noite para o dia, deixando de se reproduzirem.
As religiões expressam realidades remotas e, como tais, são péssimos guias comportamentais para a atualidade. O veto aos anticoncepcionais e abortos por parte da Igreja Católica é, no mínimo, asnático (para não dizermos criminoso!).
Hoje e enquanto persistir o quadro presente não há prejuízo real nenhum para a sociedade com a ausência de restrições à busca do prazer, salvo os sensatos limites de que ninguém deve ser coagido a coisa nenhuma e impúberes precisam ser resguardados de práticas para as quais não estão física e emocionalmente amadurecidos.
O resto são grotescas tentativas de limitar a liberdade alheia.
Extremamente nocivas, como todo e qualquer autoritarismo.
A rejeição extremada do homossexualismo perdeu a razão de ser quando uma das maiores ameaças à sobrevivência da nossa espécie passou a ser o excesso de pessoas, e não a falta.
Antes era importante direcionar-se o sexo para a procriação atendendo à prioridade de se gerar mais braços para o trabalho e repor as perdas com guerras, pestes e penúrias; agora, o planeta agradeceria se, digamos 75% dos homens virassem homossexuais da noite para o dia, deixando de se reproduzirem.
As religiões expressam realidades remotas e, como tais, são péssimos guias comportamentais para a atualidade. O veto aos anticoncepcionais e abortos por parte da Igreja Católica é, no mínimo, asnático (para não dizermos criminoso!).
Hoje e enquanto persistir o quadro presente não há prejuízo real nenhum para a sociedade com a ausência de restrições à busca do prazer, salvo os sensatos limites de que ninguém deve ser coagido a coisa nenhuma e impúberes precisam ser resguardados de práticas para as quais não estão física e emocionalmente amadurecidos.
O resto são grotescas tentativas de limitar a liberdade alheia.
Extremamente nocivas, como todo e qualquer autoritarismo.
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