MORTE DE MANDELA DEIXA ENORME VÁCUO
NA LIDERANÇA HUMANISTA MUNDIAL
NA LIDERANÇA HUMANISTA MUNDIAL
Neste Humanitas, o jornalista Rafael Rocha disserta
sobre Nelson Mandela. O grande humanista nasceu em Mvezo, África do Sul, no dia
18 de julho de 1918, e morreu numa quinta-feira, 5 de dezembro de 2013, em
Johannesburg. Ele foi o fundador da África do Sul moderna e comandou esse país
em seu momento mais crítico - quando as tensões e ressentimentos acumulados
após 42 anos de segregação poderiam ter levado brancos e negros a uma guerra
civil. Mandela será lembrado não apenas como o grande estadista que foi. Sua
incrível trajetória de vida, marcada por força de vontade e senso de justiça, o
transformou em um ícone universal da luta a favor da tolerância e contra a
desigualdade. Dois acontecimentos ajudaram a moldar o Mandela guerrilheiro que
acabaria no banco dos réus. Primeiro, em 1948, o governo liderado pelo Partido
Nacional - legenda formada pelos africâneres, os brancos descendentes de
colonos europeus - oficializou a segregação racial no país e deu início ao
regime do “apartheid”, categorizando os negros como uma subclasse.
O golpe tornou a militância de Mandela mais ativa e ele iniciou uma campanha de
resistência pacífica ao regime. O segundo evento decisivo na vida do ativista
foi o fatídico “Massacre de
Sharperville”, em 1960, quando tropas do governo abriram fogo contra um
protesto, matando 69 negros. Concluindo que a resistência pacífica seria
insuficiente para combater o “apartheid”,
ele começou a coordenar pequenos atentados de sabotagem contra o governo à
frente da Lança da Nação, o braço armado do Congresso Nacional Africano (CNA).
Perseguido, passou dois anos na clandestinidade até ser capturado. Falando em
defesa própria, usou o julgamento como palanque para expor os fundamentos de
sua luta - e começou a ficar conhecido no resto do mundo. "Tenho nutrido o ideal de uma sociedade
democrática e livre, na qual todas as pessoas possam conviver em harmonia e com
igualdade de oportunidades. É um ideal pelo qual espero viver e que espero ver
realizado. Mas, se preciso for, é um ideal pelo qual estou preparado para
morrer", discursou, ciente da possibilidade de ser enviado para a forca.
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INEXISTÊNCIA DE UM DEUS
O colaborador Ivo Reis diz nesta edição do Humanitas que “a inexistência de deus está sendo provada diariamente e isso fica cada vez mais certo quando ocorrem desastres naturais no planeta, deixando desabrigadas e matando milhares de pessoas”. Ele traz à tona o famoso Paradoxo de Epicuro para fornecer apoio ao seu pensamento, e ainda pergunta que “se nós, seres humanos, (com muito menos poderes que um deus) fomos capazes de prever com antecedência que o furacão “Hayan” iria desabar sobre as Filipinas, mas não tínhamos meios nem poderes para evitar isso, por que “Ele” tão onipotente e onisciente não desviou a rota do fenômeno natural ou fê-lo se dissolver na atmosfera? Não sabia? Não podia fazer isso? Ou será que não quis? Ou simplesmente: não existe?”
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