sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Jornal HUMANITAS - Janeiro de 2014

MORTE DE MANDELA DEIXA ENORME VÁCUO 
NA LIDERANÇA HUMANISTA MUNDIAL


Neste Humanitas, o jornalista Rafael Rocha disserta sobre Nelson Mandela. O grande humanista nasceu em Mvezo, África do Sul, no dia 18 de julho de 1918, e morreu numa quinta-feira, 5 de dezembro de 2013, em Johannesburg. Ele foi o fundador da África do Sul moderna e comandou esse país em seu momento mais crítico - quando as tensões e ressentimentos acumulados após 42 anos de segregação poderiam ter levado brancos e negros a uma guerra civil. Mandela será lembrado não apenas como o grande estadista que foi. Sua incrível trajetória de vida, marcada por força de vontade e senso de justiça, o transformou em um ícone universal da luta a favor da tolerância e contra a desigualdade. Dois acontecimentos ajudaram a moldar o Mandela guerrilheiro que acabaria no banco dos réus. Primeiro, em 1948, o governo liderado pelo Partido Nacional - legenda formada pelos africâneres, os brancos descendentes de colonos europeus - oficializou a segregação racial no país e deu início ao regime do “apartheid”, categorizando os negros como uma subclasse. O golpe tornou a militância de Mandela mais ativa e ele iniciou uma campanha de resistência pacífica ao regime. O segundo evento decisivo na vida do ativista foi o fatídico “Massacre de Sharperville”, em 1960, quando tropas do governo abriram fogo contra um protesto, matando 69 negros. Concluindo que a resistência pacífica seria insuficiente para combater o “apartheid”, ele começou a coordenar pequenos atentados de sabotagem contra o governo à frente da Lança da Nação, o braço armado do Congresso Nacional Africano (CNA). Perseguido, passou dois anos na clandestinidade até ser capturado. Falando em defesa própria, usou o julgamento como palanque para expor os fundamentos de sua luta - e começou a ficar conhecido no resto do mundo. "Tenho nutrido o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas possam conviver em harmonia e com igualdade de oportunidades. É um ideal pelo qual espero viver e que espero ver realizado. Mas, se preciso for, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer", discursou, ciente da possibilidade de ser enviado para a forca. 
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INEXISTÊNCIA DE UM DEUS

O colaborador Ivo Reis diz nesta edição do Humanitas que “a inexistência de deus está sendo provada diariamente e isso fica cada vez mais certo quando ocorrem desastres naturais no planeta, deixando desabrigadas e matando milhares de pessoas”. Ele traz à tona o famoso Paradoxo de Epicuro para fornecer apoio ao seu pensamento, e ainda pergunta que “se nós, seres humanos, (com muito menos poderes que um deus) fomos capazes de prever com antecedência que o furacão Hayan” iria desabar sobre as Filipinas, mas não tínhamos meios nem poderes para evitar isso, por que “Ele” tão onipotente e onisciente não desviou a rota do fenômeno natural ou fê-lo se dissolver na atmosfera? Não sabia? Não podia fazer isso? Ou será que não quis? Ou simplesmente: não existe?”

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