quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

A globalização e o fim dos sonhos

Texto de Manfred Grellmann – Autodidata – Camaragibe/PE
publicado no HUMANITAS nº 13 – Agosto/2013

O homem continua sendo enganado por algo chamado de democracia que tem a incapacidade de dar aquilo que mais propaga: a liberdade

A pior coisa que pode acontecer a um povo é perder sua identidade cultural. Seja isso através de sorrateira infiltração de filosofias estranhas ou modismos. Ao longo da história, por motivos de guerras de conquistas, divisões territoriais impostas e até devido a fenômenos naturais, culturas foram mudadas ou destruídas.
Encontra-se em fase derradeira um fenômeno raramente citado ao longo das décadas passadas, porém agora com mais intensidade pelos meios de comunicação, conhecido como globalização ou New World Order (NWO).
Muitas vezes tenho abordado este assunto para saber o que as pessoas pensam sobre o tema. Resumindo as várias respostas, concluí que são as comunicações rápidas que ligam os países e diminuem as distâncias, a intensidade do comércio e evolução cultural. Esta última confundida quase sempre com desenvolvimento tecnológico!
São razões últimas, ingenuidade e desconhecimento de causa. A massa teleguiada não percebe o que está se passando, pois quem dorme não ouve nem enxerga.
O anseio da  globalização, cuja filosofia foi criada em tempos muito antigos, vem se arrastando como sombra maligna atrás da maioria dos povos e nações desde o século XIX. Perdurou em forma de sonho na cabeça de poucas pessoas este tempo todo, como herança de ensandecida teimosia, numa surpreendente esperança de se realizar algum dia, já que os meios para sua concretização não estavam disponíveis.
Assim, a partir do século XIX, o desenvolvimento da sociedade humana no que concernia às comunicações, foi se aperfeiçoando, criando a ponte entre o anseio e a realização. A tecnologia também começou a mostrar a possibilidade de colocar em marcha o trem carregado com o pior e mais fatal engodo que jamais se viu na história humana: a globalização. Os artífices da globalização não mais estão se preocupando com o ocultamento de suas intenções. O trabalho de imbecilização das massas no passado foi conduzido com sucesso.
Destruíram-se as ligações sociais que fundamentavam uma sociedade equilibrada, fazendo-a acreditar que uma elite “escolhida”, dissolvendo todos os países em um  único país trará a solução redentora para todos os problemas que afligem a humanidade.
Na verdade todos os problemas da sociedade humana são criados por essa mesma elite! Na verdade, estabelecer um governo único não é de importância. O importante é estabelecer o domínio de poucas empresas sobre tudo o que existe no planeta.
Para simplificar, o conceito de casa própria não existirá  mais, assim como o conceito de herança será extinto. Ninguém mais será dono de nada! Tudo será propriedade desse grupo. Os escravos trabalharão apenas para comer, se vestir e ter o direito de viver se não incomodarem. Pena de morte hoje é uma blasfêmia  grave. Sob o NWO será a solução  e recurso básico de controle.
Quase ninguém se dá conta que a tamanha massa humana dos dias atuais é impossível de ser controlada, fora a enorme necessidade de recursos que o planeta não mais consegue fornecer. Para esta nova ordem  funcionar, terá que haver uma drástica redução da população mundial de 7 bilhões para algo por volta de 1 bilhão.
Em qual tempo? Será com certeza em um curto espaço de tempo. O método para isto será a velha forma da guerra e a nova, através da tecnologia e alimentação. Alimentos transgênicos, doenças produzidas em laboratórios, fármacos que, além de criarem dependência econômica e física, matarão os pacientes, não antes de o deixarem pagando tratamentos e remédios caros e mais planos de saúde. Até a última gota de sangue, o último respiro!
Em um tempo tão perigoso, mais uma vez a mente satânica do ser humano tem as rédeas nas mãos com sanguinário gosto pelo poder e pelo ouro. Tempos para libertação de toda ânsia enlouquecida  de realizar esse antigo sonho. Dessa vez o poder de poucas pessoas ameaçando o destino de todos os povos da terra! Além do mais, a coceira para apertar botões e gatilhos esta ficando incontrolável! Paulatinamente o país que não é a favor deste plano é eliminado. A Rússia e a China serão os últimos dois ossos duros de roer.
Este silencioso plano só foi possível usando-se a imprensa, instrumento fundamental desse processo. Sem a atuação desta, esse plano criminoso ainda estaria dormindo. Isto pode ser confirmado pelas palavras do filantropo judeu no século XIX, Conde Moses Montefiore: “Perdem tempo falando! Nada conseguireis enquanto a imprensa não estiver sob vosso controle total!” 
As escolas também não escaparam desse controle e assim se formaram defensores intransigentes deste devastador sistema econômico e monetário que funciona com base na forma de olhar o mundo sob um ângulo apenas, o que resultou em compartimentização ou especialização, dando o todo para uma visão desfalcada da essência.
Tudo se baseia numa elite escravagista modernizada. Os antigos índios se contentavam com bugigangas coloridas, generosamente distribuídas pelos “visitantes” conquistadores. Os “indígenas” globalizados  são mantidos em constante “alegria” com o oferecimento de pão e circo. A educação é apenas instrução técnica. O raciocínio integrativo, comunitário à formação do homem integral  é ciosamente ocultado. O ser humano continua como escravo, enganado por algo chamado de democracia que tem a incapacidade de dar aquilo que mais propaga: a liberdade. Pois a suposta liberdade está nos conduzindo à escravatura total.
Nosso mundo “moderno” entulhado de bugigangas desnecessárias e modismos “evoluídos” entope nossos cérebros com costumes–bugigangas, que nos cegam para a verdadeira realidade, entorpecendo-nos  com a impressão de que esta forma de vida, o American Way of Life, é o superlativo da evolução. É outro tipo de  droga  não menos deletéria. Em vez de ser injetada, fumada ou aspirada, entra pelos olhos e ouvidos, propagando a violência da mesma forma! A tecnologia embalada pela  ciência era aquilo que faltava para revelar o gigantismo do  caráter humano para criar o mal. Provou também que raciocinar é um elemento para resultados devastadores. A escola “forma” o indivíduo e a Mídia o mantém nos trilhos da submissão do “conhecimento” dirigido.

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