EDITORIAL
BRASIL DECADENTE
O Brasil entrou em decadência. O Executivo, o Congresso Nacional e o
Judiciário atuaram de mãos dadas para alcançar esse objetivo.
O país agora vive em estado de barbárie ao se desvincular de
governos progressistas e retroceder a um tempo morto que é o dos fins do século
XIX e início do século XX.
A prostituição dos três poderes da República prova essa assertiva, a
partir do momento em que todos os três desrespeitaram a Carta Magna.
A História mostra que a decadência do Império Romano, antes de sua
divisão em Ocidental e Oriental, começou com a desmoralização e a prostituição
dos seus governantes.
O povo romano, “tal como acontece agora no Brasil”, tornou-se
massa de manobra, recebendo apenas pão e circo para esquecer a própria miséria.
O Senado transformou-se em uma prostituta e a identidade de Roma
perdeu a moral e o mando junto aos dominados.
Resultado: o Império ruiu!
No Brasil, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário enveredaram por
esse mesmo caminho. Esses três poderes traíram os cidadãos da República e
perderam a confiança da população.
Isso se manifestou a partir do momento em que Legislativo e
Judiciário deixaram de tomar posições enérgicas, defendendo a Constituição.
E nem se pode falar do Executivo, “pois, na sua ilegitimidade”,
acha que pode tudo e entrega de graça aos capitalistas e aos neoliberais as
riquezas da terra, acabando ainda com a realidade trabalhista, educacional e
humana da população brasileira.
Neste setembro não temos mais a esperança do grito do príncipe: “Independência
ou Morte!” Os ideais desse grito ficaram no passado. Foram extintos e
solapados pelos canalhas que assaltaram e tomaram o país das mãos de uma
presidente eleita pelo povo.
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TIPOS DE BANDIDOS
Manfred Grellmann – Colaborador do Humanitas - Camaragibe/PE
De há
muito a sociedade humana é assolada e escravizada por três tipos de bandidos.
O primeiro tipo é mais antigo e é aquele
que se arma com o que consegue ou compra para se apossar do que não é dele.
Irrompe, mata, fere, humilha, espalha o terror e depois vai embora com o
produto de seu “trabalho”.
Para a vítima ainda fica alguma esperança
de que o criminoso seja apanhado por um instrumento chamado polícia e julgado
por outro instrumento chamado justiça.
O segundo tipo, totalmente desarmado, “pessoa de bem”, aparece com uma
verborréia convincente fazendo promessas, inclusive, convencendo as pessoas a
lhe darem voto de confiança. Este é o político!
Quando sua vontade se realiza, ele assume
seu lugar e abre um fosso intransponível entre ele e quem confiou nele, inverte
todos os valores sociais e recebe um poder que o criminoso anterior nem pode
sonhar.
Um exército poderosamente armado, uma
polícia e um tribunal que ele vai usar contra as pessoas que lhe deram voto de
confiança.
Vive empoleirado como um carrapato e com
liberdade para confabular com outras estirpes de bandidos.
Não tendo que prestar contas, ele mata,
fere e se apodera de maneira insaciável dos bens trabalhados, cobrando
impostos, destruindo ou abandonando bens construídos pelos antecessores, agride
a natureza de todas as maneiras, traumatiza, física e moralmente milhões, sendo
que, para isso, usa de forma sistemática a mentira, a traição e o lesa-pátria.
A confiança totalmente traída deixa as vítimas no inferno terrestre.
O terceiro tipo é muito bem vestido,
educado, de fala agradável, não é mágico, mas do nada ele faz dinheiro. Só
trabalha em prédios e instalações caras, transita por todo o globo, oferecendo
soluções de ajuda para construir ou reconstruir, defende ferreamente a
democracia e a liberdade e também pratica ações humanitárias, usando o rótulo
de espírito ecológico e se farta em dizer às pessoas que ele é a solução única
e definitiva para todos resolverem seus problemas com algo que sempre cabe no
seu bolso, cujo nome é “dinheiro”.
Ele se chama banqueiro. Ele é como aranha
venenosa. Tece sua rede para aprisionar sua vítima e depois lhe suga até a
última gota de sangue. Traz a morte lenta e sofrida.
O
banqueiro é o chefe de todos os outros bandidos.
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