A “segunda vinda” de Jesus (que não é nem a primeira)
Sérgio Mesquita Rangel – Rio de Janeiro/RJ
Não
somente não acredito como tenho a mais absoluta certeza que ele jamais virá!
Jamais virá porque jamais veio. Jesus Cristo é tão real quanto o Batman ou o
Super-Homem. Sua história não passa de uma adaptação do "Mito Solar":
"o pai, a mãe e a criança",
para explicar os movimentos celestes do Sol, e da Terra, relativos aos doze
signos do zodíaco.
Querer
uma aplicação direta da lenda de Cristo é o mesmo que pretender uma aplicação
direta da história de Hércules (com seus doze trabalhos), de Hórus, de Tamuz,
de Krishna etc. Não existe a menor evidência histórica de que tenha existido um
Jesus Cristo, filho de algum deus.
Trocando
em miúdos há milênios e milênios, as pessoas, de certa forma, já “aguardavam” o nascimento de um "Messias". Esperaram,
esperaram, esperaram, esperaram.
E
como não aparecia ninguém com suas características “proféticas”, resolveram o problema dando o seu nascimento como já
ocorrido em algum canto esquecido, há, mais ou menos uns 400 anos após os
últimos vaticínios conhecidos e, então, começaram a inventar, digo, a contar a
sua suposta história.
Aí
começou a nascer uma lenda de construção coletiva. Todo mundo queria dar o seu
palpite, a sua contribuição para a tal "História
de Jesus".
Foram
escritos mais de 4 mil documentos sobre sua personalidade, seu caráter, sua
cor, seu tamanho, sua infância, sua adolescência, seus doces preferidos,
inclusive suas opções sexuais. Todos contraditórios e muito diferentes entre si
por uma única razão: nenhum deles se baseava em fatos, apenas na imaginação de
seus autores.
Para
conquistar a credibilidade do grande público, numa época em que não havia
qualquer catalogação editorial, seus autores se faziam passar por "apóstolos",
"discípulos", "doutores", "amigos íntimos"
etc.
Assim,
todos os evangelhos, bem como todos os livros do novo testamento (por uma
incrível coincidência), são todos pseudo-epigrafados; ou seja, todos
escritos como se o fossem por Paulo, Pedro, Marcos, João etc, mas apenas
assumindo-se suas hipotéticas personalidades. Não há um único documento
atribuído a “tal autor” que tenha
sido realmente escrito por ele.
E
mais: eram cópias. Nunca, em nenhum momento da história cristã conhecida, houve
sequer qualquer menção aos originais de qualquer documento, fosse que documento
fosse.
Eram
sempre cópias, sempre cópias, desde o princípio; o que nos faz suspeitar, ainda
mais fortemente, de sua suposta “originalidade”.
A
coisa realmente estava fervilhando...
Até
que, ocasionalmente, estava passando por ali um sujeito chamado Constantino, o
Imperador de uma Roma falida e decadente. Quando viu tudo aquilo uma lâmpada se
acendeu em sua mente... Eureka!!...
“Podemos, ao invés de um Império Político,
construir um Império Religioso, pois está mais do que provado que a religião em
muito supera a política quando o objetivo é governar!”
O
medo religioso é muito maior que o simples medo político! O medo político vem
daquilo que eu vejo, peso e observo. O medo religioso vem do desconhecido e o
desconhecido fica a cargo da imaginação de cada um.
Jesus
Cristo, amigos, não virá nem daqui a dez milhões de anos!
Comparem
a "história" de Jesus, com
a de qualquer outro mito solar. Depois se perguntem se um raio cai no mesmo e
exato lugar duas vezes... Não! Três vezes... Não! É muita semelhança para ser
só coincidência...
Se
você passar, daqui pra frente, a pedir as coisas ao coelhinho da Páscoa, ao
Super-Homem ou ao Chapolin Colorado, com certeza que alguns pedidos serão
atendidos. Até mesmo a cura de um câncer desenganado. O problema é que as “orações atendidas” seguirão, à risca,
as estatísticas matemáticas para a cura de cada doença.
Se
as estatísticas dizem que 0,00001% das pessoas com câncer em estado terminal de
repente e inexplicavelmente ficam curadas, elas ficarão curadas quer você peça
ao Batman, ao coelhinho da Páscoa, ao Super-Homem, ao Chapolin Colorado ou até
mesmo a “Deus”. Ou seja, “Deus” atende aos pedidos de cura na
mesma e exata proporção em que as estatísticas apontam essa cura
matematicamente.
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