Poemas publicados no HUMANITAS nº 21 –
Abril/2014
Desafio
Rafael Rocha – Recife/PE
Quando a paixão disser-se alimento dos poetas
E muitos corpos suarem nos embalos dos lençóis...
Quando o amor mostrar suas loucuras inquietas
E as carnes gemerem no calor de muitos sóis...
Então o mundo estará vivo e em consistência
Desafiando o marco do fim e dos sete palmos.
Poetas malditos criarão a nova consciência
Rindo daqueles que lhes acham seres calmos.
Quando a dor do fim trouxer amargos sabores
E almas humanas definirem-se intranquilas...
Quando saudades marcarem novos dissabores
E os versos dos poetas buscarem repeti-las...
A vida deixará de lado a graça de um nome
E mergulhará na intensidade do ser triste.
Eis o poeta desvendando o próprio codinome:
Desafiando a mentira do deus que não existe.
******
A música do corpo
Genésio Linhares – Recife/PE
Vislumbrei teu corpo delgado
Como instrumento musical
Vendo-te nua, angelical
E o sol sobre ti embriagado
Pensei: és o meu piano alado
Dei início ao meu recital
No mamilo extraí som astral
Vibrava um tom nunca escutado
Do ventre belas harmonias
Fui com dedos divinos criando
Uma música foi então brotando
Em teu sexo fiz sinfonias
Dentro de ritmos galopantes
Até o ápice dos sons estonteantes.
******
Poesias
Antônio Carlos Gomes – Guarujá/SP
Poesias:
São palavras
Ao arrepio do vento
Ecoando retornos
A corações apaixonados.
Das letras em claves
O poeta toca a lira
Das palavras melodias
No acorde do sentir.
A Paixão
Qual furacão
Desafia o vento
E dá contornos
Aos sentimentos.
******
No limiar da vida
Marisa Soveral – Porto/Portugal
Penumbra na minha alma
impregnada da tua ausência…luz
dos meus dias que levaste
deixando-me na noite escura
pregada a uma cruz!
Em mim, forças contrárias chocam-se
É um corpo a corpo
Do meu corpo, com o meu corpo!
Contacto, sem contornos de subtileza,
Bestialidade de desconforto!
Rafael Rocha – Recife/PE
Quando a paixão disser-se alimento dos poetas
E muitos corpos suarem nos embalos dos lençóis...
Quando o amor mostrar suas loucuras inquietas
E as carnes gemerem no calor de muitos sóis...
Então o mundo estará vivo e em consistência
Desafiando o marco do fim e dos sete palmos.
Poetas malditos criarão a nova consciência
Rindo daqueles que lhes acham seres calmos.
Quando a dor do fim trouxer amargos sabores
E almas humanas definirem-se intranquilas...
Quando saudades marcarem novos dissabores
E os versos dos poetas buscarem repeti-las...
A vida deixará de lado a graça de um nome
E mergulhará na intensidade do ser triste.
Eis o poeta desvendando o próprio codinome:
Desafiando a mentira do deus que não existe.
******
A música do corpo
Genésio Linhares – Recife/PE
Vislumbrei teu corpo delgado
Como instrumento musical
Vendo-te nua, angelical
E o sol sobre ti embriagado
Pensei: és o meu piano alado
Dei início ao meu recital
No mamilo extraí som astral
Vibrava um tom nunca escutado
Do ventre belas harmonias
Fui com dedos divinos criando
Uma música foi então brotando
Em teu sexo fiz sinfonias
Dentro de ritmos galopantes
Até o ápice dos sons estonteantes.
******
Poesias
Antônio Carlos Gomes – Guarujá/SP
Poesias:
São palavras
Ao arrepio do vento
Ecoando retornos
A corações apaixonados.
Das letras em claves
O poeta toca a lira
Das palavras melodias
No acorde do sentir.
A Paixão
Qual furacão
Desafia o vento
E dá contornos
Aos sentimentos.
******
No limiar da vida
Marisa Soveral – Porto/Portugal
Penumbra na minha alma
impregnada da tua ausência…luz
dos meus dias que levaste
deixando-me na noite escura
pregada a uma cruz!
Em mim, forças contrárias chocam-se
É um corpo a corpo
Do meu corpo, com o meu corpo!
Contacto, sem contornos de subtileza,
Bestialidade de desconforto!
Ritmo
visceral
ritual intrincado
delirante motim,
de territórios obscuros do corpo e do espírito
num frenesi!
Fogos fátuos…
inundação de lava
lama incandescente a queimar
sinergias, gemidos e gritos
cheiros acres
carne ensandecida
a esbrasear!
******
ritual intrincado
delirante motim,
de territórios obscuros do corpo e do espírito
num frenesi!
Fogos fátuos…
inundação de lava
lama incandescente a queimar
sinergias, gemidos e gritos
cheiros acres
carne ensandecida
a esbrasear!
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Se o amor deitasse em asas...
Karline Batista – Aracati/CE
Se o amor deitasse em asas
Travesseiros secos
Nuvens escassas
Teria aroma ameno
Menos amargo
E de pouca graça.
Mas posto assim
Em cama de espim
Lençóis de rosa
Embrulhamenta o desejomedo
Do ter, do não, do ser
Do favo beijocimento
Que se acontecer,
Prefiro viver morrer
Que conservá-lo solto no vento.
Karline Batista – Aracati/CE
Se o amor deitasse em asas
Travesseiros secos
Nuvens escassas
Teria aroma ameno
Menos amargo
E de pouca graça.
Mas posto assim
Em cama de espim
Lençóis de rosa
Embrulhamenta o desejomedo
Do ter, do não, do ser
Do favo beijocimento
Que se acontecer,
Prefiro viver morrer
Que conservá-lo solto no vento.
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