quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

HUMANITAS Nº 80 - FEVEREIRO DE 2019 - PÁGINA 8

“O Grito” foi roubado em um mês de fevereiro
Especial do Humanitas

“O Grito” (Skrik) é uma série de quatro pinturas do norueguês Edvard Munch, a mais célebre das quais datada de 1893. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial. O plano de fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo) ao pôr-do-Sol. O Grito” é considerado como uma das obras mais importantes do movimento expressionista e adquiriu um estatuto de ícone cultural, a par da “Mona Lisa”, de Leonardo da Vinci.
Em 12 de Fevereiro de 1994, “O Grito” da Galeria Nacional de Oslo foi roubado em pleno dia, por um conjunto de ladrões que se deu ao trabalho de deixar uma mensagem que dizia: Obrigado pela falta de segurança”. Três meses depois, os assaltantes enviaram um pedido de resgate ao governo norueguês, exigindo um milhão de dólares americanos. No dia 7 de Maio, o quadro foi recuperado numa ação conjunta da polícia local com a Scotland Yard.
A dor do grito está presente não só no personagem, mas também no fundo do quadro, o que destaca que a vida para quem sofre não é como as outras pessoas a enxergam.
A paisagem também fica dolorosa, e talvez por essa característica do quadro é que nos identificamos com ele e podemos sentir a dor e o grito dado pelo personagem. Outras telas de Munch também são famosas, entre elas: “Ansiedade”, “Madonna”, “A Dança da Vida”, “Melancolia”. 
Edvard Munch também foi uma das vítimas do nazismo. Entre os anos 1930/1940 teve suas obras retiradas dos museus da Alemanha por ordem de Hitler, sob o argumento de que as peças não valorizavam a cultura alemã. Morreu aos 81 anos de idade, no dia 23 de janeiro de 1944, na Noruega.

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