O brasileiro pintor de grandes murais
Portinari pintou quase cinco mil obras de
pequenos esboços e pinturas de proporções padrão, como “O Lavrador de Café”, até gigantescos murais, como o painel “Guerra e Paz”, presenteado à
sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, em 1956, e que, em
dezembro de 2010, retornou para exibição no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
O artista também foi um ativista
político-partidário, candidatando-se a deputado federal em 1945 pelo Partido
Comunista Brasileiro (PCB) e a senador em 1947, pleito em que aparecia em todas
as sondagens como vencedor, mas que perdeu com uma pequena margem de votos,
fato que levantou suspeitas de fraude para derrotá-lo devido ao cerco aos
comunistas.
Ele retratou questões sociais do Brasil e
suas obras refletem influências do surrealismo, cubismo e da arte dos
muralistas mexicanos. Sua arte figurativa valorizava as tradições da pintura.
No ano de 1935 foi premiado, em Nova York, por sua obra "Café", e a partir desse momento passou a ser mundialmente
conhecido.
Seus retratos mais famosos são o seu
autorretrato, o retrato de sua mãe e o do famoso escritor brasileiro Mário de
Andrade. Autor de quase cinco mil obras, o artista tinha reconhecimento
internacional merecido, e recebia convites para exposições, além de encomendas
de diversos países ao redor do mundo.
Em 1941, Portinari pintou os painéis para a
Biblioteca do Congresso de Washington D.C. (EUA) com temas da história do
Brasil, descobrimento, desbravamento da mata, catequese e descoberta do ouro.
Em 1946 recebeu a Legião de Honra do
governo francês e, em 1956, com a inauguração dos painéis "Guerra e Paz" na sede da ONU, em Nova York, o
prêmio Guggenheim. (Texto
de Rafael Rocha)
Nenhum comentário:
Postar um comentário