Refúgio Poético – Cartas dos Leitores – Teste de Xadrez
Nostalgia
Valdeci Ferraz – Recife/PE
Onde está aquele olor inebriante
que tornava a emoção tão comestível
como as pétalas de uma rosa branca?
Onde estão aquelas notas
que de tão harmoniosas
geravam rios de lágrimas e arco-íris inversos?
Onde está aquela luz
que emanava dos nossos corpos
despertando as estrelas
tornando nossas noites muito mais iluminadas?
Onde se escondeu o beijo
que não aconteceu
e tornou mágica a manhã de abril?
que tornava a emoção tão comestível
como as pétalas de uma rosa branca?
Onde estão aquelas notas
que de tão harmoniosas
geravam rios de lágrimas e arco-íris inversos?
Onde está aquela luz
que emanava dos nossos corpos
despertando as estrelas
tornando nossas noites muito mais iluminadas?
Onde se escondeu o beijo
que não aconteceu
e tornou mágica a manhã de abril?
Em alguma esquina,
na ponta de um iceberg,
no topo de um mastro,
nas brumas de um sonho
alguém encontrará o nosso cheiro.
E por ele se guiará ao paraíso,
pois diante de nossos olhos desfilam os mortos,
enquanto os vivos vagueiam
na neblina de sua existência medíocre.
na ponta de um iceberg,
no topo de um mastro,
nas brumas de um sonho
alguém encontrará o nosso cheiro.
E por ele se guiará ao paraíso,
pois diante de nossos olhos desfilam os mortos,
enquanto os vivos vagueiam
na neblina de sua existência medíocre.
Eles voltam para refazer a sua história
que alguém não registrou como devia
ou morreu antes de escrevê-la.
que alguém não registrou como devia
ou morreu antes de escrevê-la.
Nas ruas se erguem paliçadas
para barrar o inevitável,
enquanto os mísseis cruzam o ar
e o homem da caneta de ouro distribui migalhas.
para barrar o inevitável,
enquanto os mísseis cruzam o ar
e o homem da caneta de ouro distribui migalhas.
Onde está o violão
que fumegava tarântulas assustadoras
sobre a mesa do homem nu?
Onde estão os guardanapos
sobre os quais os poetas escreviam as suas profecias
embriagados de cerveja e sexo?
que fumegava tarântulas assustadoras
sobre a mesa do homem nu?
Onde estão os guardanapos
sobre os quais os poetas escreviam as suas profecias
embriagados de cerveja e sexo?
No tempo que se fez de chumbo
ergueram-se as baionetas
e amordaçaram o espantalho que vigiava o campo.
E veio a noite e veio o dia
as aves do céu devoraram o fígado do espantalho
enquanto Quíron dormia
ergueram-se as baionetas
e amordaçaram o espantalho que vigiava o campo.
E veio a noite e veio o dia
as aves do céu devoraram o fígado do espantalho
enquanto Quíron dormia
sob as marquises dos velhos pardieiros.
O que fizeram dos corrimões de sonhos dourados?
O que fizeram dos caracóis alados?
Cadê o meu cavalo de pau?
As ruas estão desertas ou repletas de homens vazios
embora conduzam o mundo nas mãos.
O que fizeram dos caracóis alados?
Cadê o meu cavalo de pau?
As ruas estão desertas ou repletas de homens vazios
embora conduzam o mundo nas mãos.
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CARTAS DOS LEITORES
Adoro a página de poesias do Humanitas.
E agora está muito melhor com o diagrama
de xadrez para desvendar o xeque-mate. Ricardo Oliveira Ferraz – João Pessoa/PB
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Em cada mês uma surpresa. Parabéns Humanitas.
Maria do Socorro de Lima – Recife/PE
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Uma publicação dinâmica e de qualidade
especial. Leonardo da Silva – Manaus/AM
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